Traição.

134 10 6
                                    

POV – Santana

Eu estava sentada no sofá da sala, organizando as fotos na mesa de vidro bem na minha frente, para provar o que eu já sabia.

Observei as fotos e meu estômago revirou.

Como ela pôde?

Depois de tudo que fiz por ela.

Como ela pôde fazer isso comigo?

Dei todo meu amor para ela e o que recebo?

Uma puta traição.

Meu estômago revirou mais uma vez e a vontade de vomitar voltou.

Corri para a cozinha e antes que eu me desse conta, vomitei todo o jantar que tinha acabado de comer.

Lágrimas se misturavam e minha barriga doía bastante.

Depois de alguns minutos parada, limpei a pia e lavei meu rosto.

Observei meu reflexo na janela.

Horrível.

Eu Santana Lopez, estava HORRÍVEL.

Sorri, mas não um sorriso feliz, um sorriso de dor, tristeza.

Raiva.

Sim, esse era o sentimento.

Raiva.

Raiva, por ter amado.

Raiva, por ter confiado.

Raiva, por ter me entregado.

Corri escada acima.

Não podia demonstrar fraqueza.

Deveria mostrar a ela que pouco estava me importando com a traição.

Cheguei ao quarto e tirei minha roupa.

Não daria tempo de encher a banheira, ela chegara daqui à uma hora.

Então liguei o chuveiro e fiquei por alguns minutos apenas me molhando

. Desliguei o chuveiro.

Peguei o sabonete e passei lentamente pelo meu corpo moreno.

Percebi que minhas mãos tremiam e me repreendi mentalmente por isso.

Guardei o sabonete e voltei a ligar o chuveiro.

Olhei para o chão e observei a espuma do sabonete descendo pelo ralo.

Assim como meu casamento.

Terminei o banho e me enrolei na toalha.

Parei em frente ao espelho e encarei meu reflexo no mesmo.

Estava pálida, com olheira e o rosto inchado.

Horrível.

Então notei algo se mexendo no espelho.

Um reflexo apareceu.

Era eu.

Mas não era meu EU de agora.

Eu estava arrumada, o cabelo em rabo de cavalo e com a roupa de líder de torcida.

Era meu Eu de antigamente.

Snixx.

– Credo Santana, você era MUITO mais arrumada. – A imagem á minha frente falou com um sorriso irônico.

– Snixx? – Perguntei pasma.

Silencio. – Ela falou ríspida.

– Eu falo você escuta. – Ela disse mandona.

Elas e Eu - Quinntana/PezberryOnde histórias criam vida. Descubra agora