My way - He XinLong [hiatus]

Cap.2 - Notícias... Não tão boas

*S/n*

Aquilo não saiu da minha cabeça a manhã toda, e como esperado, destruiu meu bom humor. Então, depois daquela notícia eu nem terminei meu café e peguei minha mochila pra sair. Eu tentei ao máximo passar, pelo menos uma expressão aceitável pra minha mãe, eu não podia preucupa-la mais do que ela ja estava.

(...)

- O QUÊ?! - minha melhor amiga gritou enquanto eu contava a situação pra ela. Andavamos pelo corredor e quando ela simplesmente berrou aquelas palavras, ela parou do nada me olhando com os olhos mais arregalados possíveis - VOCÊ NÃO PODE IR!

- Você poderia parar de gritar? - eu olhei reparando em todas as pessoas que passavam olhando pra gente - Zhou Li, você sabe que eu preciso. Eu não posso ficar sozinha aqui e deixar minha mãe ir. Ela só tem a mim e meu avô, que bom... Vai ser com ele que nos vamos morar.

- O QUÊ?! - ela gritou de novo e dessa vez eu apertei o braço dela - Mas ele mora em Taiyuan! - eu já esperava o desespero dela. Eu morava em Xangai, não era o lugar mais longe, mas considerando que não nos afastavamos desde os 4 anos, é uma distância imensa. Ela morava no mesmo prédio que eu, então realmente vai ser difícil.

- Você pode ir me visitar e eu vou ficar vindo sempre. Se acalma, Li.

- Me acalmar? O que eu vou fazer com você do outro lado do país?

- Não é do outro lado do país! Taiyuan é só um pouco mais pra cima - eu percebi que ela estava tentando se segurar pra não chorar.

- Eu vou estar sempre aqui. - eu disse e a abrecei na intenção de confortá-la.

(...)

O sinal demorava de tocar. Eu estava aérea e não conseguia prestar atenção. Eu não era a melhor aluna mas também não era pior, e naquele momento eu não ligava pra aula mesmo. Tudo que eu reparava era na expressão de Zhou Li. Eu não sabia o que fazer sem ela, eu não era das melhores pessoas pra fazer amizade, as unicas que eu tinha eram com umas duas ou três meninas da sala que as vezes conversavamos e um amigo que é um ano mais velho, Li Zihao. Ele passava o intervalo das aulas com a gente e quando ele tinha horário vago ele ia pertubar a nossa aula. Eu gostei dele quando estava no sexto ano e ele no sétimo - era recíproco mas eramos muito novinhos - hoje em dia nos vemos mais como irmãos. Ele é o irmão mais velho - o mais chato e pirracento também -, eu e Lili eramos as irmãs mais novas e, segundo ele, mais imaturas.

Eu ainda não tinha contado minha situação pra ele. Eu não sabia como. Minha vida estava prestes a desmoronar totalmente. Sim, aquela notícia acabou com meu humor, e com o de Lili também. Estavamos pra baixo e as vezes davamos suspiros, não tão altos para não atrapalhar a aula. De repente o sinal tocou e continuamos paradas olhando pro nada com a mão no queixo, "em outro mundo".

- Por que as pirralhas estão assim? - Zihao entrou na sala passando pelas carteiras, agora vazias, nós não nos movemos até ele sentar numa cadeira na frente da nossa mesa e eu pisquei forte voltando à realidade - desembucha.

- Eu vou me mudar.- disse fechando os olhos esperando ele dar uma de Zhou Li comigo - Eu vou morar em Taiyuan com meu avô.

Eu esperava um discurso como: "você vai me abandonar?!". Mas tudo o que eu tive foi um abraço. Ele veio por trás e me abraçou.

- Vou sentir sua falta.- quando ele disse isso eu me levantei correspondendo seu abraço e senti uma lágrima quente descer pelo meu rosto.

A Zhou Li se juntou a nós e ficamos abraçados até a moça da limpeza nos dizer pra irmos embora logo. Vamos nos lembrar disso. Voltamos a pé pra casa, queriamos aproveitar o tempo que tinhamos juntos antes de ir. Rimos muito e passamos pra pegar sorvete, o qual fazia me cérebro "congelar" e rendia muitas caretas, nos fazendo rir mais ainda. O que eu farei sem meus melhores amigos?

A medida que minha casa ia chegando mais perto, meu coração apertava mais. Eu ia amanhã. Isso foi uma coisa que eu não contara aos meus amigos, eu odeio despedidas e isso só tornaria as coisas mais difíceis. Foi bom aproveitar com eles hoje. Saber que eu os tinha ao meu lado me fazia sorrir involuntariamente, como uma boba apaixonada. Não era paixão, mas eu amava os meus amigos e queria que hoje não chegasse ao fim, ai eu não teria que me mudar e minha vida virar de ponta cabeça. Literalmente.