One Shot

395 50 1
                                    

Boa leitura.

Jaebum destrancou a porta e entrou em sua casa. Em seguida, passeou os olhos pelo lugar procurando os seus dois gatos, e, assim que os encontrou em seu campo de visão, andou até o sofá e sentou-se, soltando um suspiro fundo.

Era um sábado e, como todos os outros, havia acordado cedo, ido para o trabalho e voltado às seis horas da noite.

A única válvula de escape de Jaebum de sua vida monótona era Youngjae. Encontrar o Choi era como se estivesse nas nuvens. Sonhar com ele. Pensar nele. Não importava mais. Sabia que não podia tê-lo ao seu lado todos os dias e tentava se conformar com a situação como podia.

Embora soubesse que Youngjae não estava ao seu lado, gostava de fechar os olhos e imaginar que ele estava em algum lugar de seu apartamento, olhando diretamente para si e chamando o seu nome. Havia relatado isso para um amigo, o Jackson, e ele o havia encarado de maneira preocupada nos minutos seguintes. Também achava que aquilo não era normal, mas não se importava. Qualquer lugar que tivesse Choi Youngjae era o melhor para si.

Imaginava-o perguntando como havia sido no trabalho e sentando-se ao seu lado. Gostava de sentir as mãos gentis do menor e de ouvir a sua respiração calma ao seu lado, mesmo sabendo que ele não estava ali e que era tudo fruto de sua imaginação.

Após meia hora sentado no sofá, levantou-se e colocou ração para os seus gatos de estimação. Por um momento, observou-os comer.

— Não olhe para mim assim, Nora. Não vou lhe dar mais ração. — Disse para a gata, que havia subido no móvel da cozinha e o encarava quase na mesma altura da linha de seus olhos.

Após alguns segundos, Nora desviou o seu olhar para algum ponto atrás de si. Jaebum virou-se, seguiu sua linha de visão e lá estava ele. Às vezes, ficava confuso com o que era real ou não quando concernia ao Youngjae.

Com os olhos arregalados, em surpresa, encarou o homem, vestido com uma camisa social vermelha, com alguns botões abertos, e uma calça em um tom escuro da mesma cor. Youngjae fechou a porta atrás de si, meticulosamente, e aproximou-se de Jaebum em passos lentos.

— Boa noite, Jaebum hyung. — Tocou-lhe os cabelos. Era real. Jaebum paralisou por uns segundos. A única coisa que poderia sentir era seu coração batendo covardemente rápido. Batendo por um homem comprometido.

— Boa noite. — Jaebum passeou seus olhos dos pés à cabeça do homem à sua frente. Ele parecia bem. Vestia roupas de marca e um relógio grande e caro, e o cabelo estava arrumado perfeitamente. Tudo isso por causa do marido que conseguia prover aquele estilo de vida ao menor. Jaebum nunca poderia dar nada daquilo para Youngjae. — Não precisava se vestir assim para mim. — Pois me recorda do seu marido. A última parte não saiu. Não queria se sentir humilhado.

— Eu e Jooho vamos a uma festa no começo da madrugada.

— Ele acha que você está se arrumando? — Jaebum queria se bater. Não queria saber sobre o marido de Youngjae, embora houvesse muita curiosidade. Só queria passar um tempo com o menor e esquecer do mundo. Era isso o que almejava tanto todos os dias.

— Hm... sim. Ele não vai desconfiar de nada se é isso o que está o preocupando. — Era claro que ele estava desconfortável com o seu amante perguntando sobre o seu marido, mas tentou não deixar isso evidente. Logo o puxou para perto de si e colou seus corpos. Youngjae rodeou o pescoço de Jaebum com os seus braços e apoiou a sua cabeça em um de seus ombros largos , absorvendo o odor do suor e o cheiro do velho perfume, que era inconfundível. Sabia que ele havia acabado de voltar do trabalho, pois ainda usava a farda da corporação que trabalhava, mas não se importava.

VERMELHO - 2jaeOnde histórias criam vida. Descubra agora