Meu Futuro Rei - Vol. 01 - Série Maghi's

Capítulo 12

DANTE MAGHIS

— Divertido, como sempre, Majestade. — comentou e eu apenas mexi com a cabeça.

Um milésimo de segundo mais tarde, lembrei-me da expressão da minha futura rainha enquanto eu lhe dizia às duras palavras. Então, um milésimo de segundo mais tarde que o anterior, eu quis ir até ela e fazer o que Arthur disse: pedir desculpa mesmo estando certo. Mas não o faria. Com certeza, não. Para meu completo desespero, Arthur disse-se levantando:

— Foi um enorme prazer, Rei Dante, mas, tenho um compromisso agora.

Assenti, me levantando e ele estendeu a mão. Agarrei ela por alguns instantes e depois ele saiu na minha frente, me fazendo perguntar-me: será que esse não é um sinal dos Deuses?

E, foi assim que acabei caminhando sorrateiramente até o aposento da Princesa Dalila. Foi assim que acabei pedindo desculpas e me deitado com ela, sem saber como ela reagiria em relação às regras— que eu nem sabia que ela se importava até ontem, foi assim também que acariciei seus cabelos até que ela pegasse no sono e, foi assim que observei-a dormir durante boa parte da noite — que não consegui dormir.

Pela manhã, acabei saindo sorrateiramente do quarto— para não causar nenhum problema a sua reputação. Mesmo que eu não tenha conseguido dormir, estava satisfeito e isso me assustou muito. Muito e muito.

Depois de me banhar-me vestir e comer, fui resolver uns pequenos detalhes para que nossa partida tivesse êxito.

Estávamos em silêncio durante todo o percurso e eu não quis quebrá-lo. Acho, pensei, que estou forçando muito as coisas com ela. Dalila precisa de...

— Dante.— escutei sua voz firme interrompendo meus pensamentos e ergui o olhar para ela, que engoliu em seco.

Passaram-se alguns poucos segundos que pareceram uma eternidade, até que decidi falar algo.

— Sim?

Continuamos nos olhando fixamente nos olhos, sem desviar por um segundo.

— Eu... Eu não sei.— ela confessou, o que me deixou surpreso.

Fiquei surpreso por ela ter gaguejado e por ela ter admitido que não sabia. Isso me pareceu tão vulnerável que não parecia com aquela pestinha que — estranhamente — estava acostumado.

— Como? — murmurei, para ter certeza e ela bateu com as mãos no colo e me olhou, irritada.

— Eu disse que não sei.— vociferou.— Não. Sei.

Ao reconhecer que ela tinha voltado a sua... naturalidade, sorri, divertido e ergui os braços em sinal de rendição.

— Calma, Principessa— a última palavra, falei com um sotaque das línguas humanas, o italiano.

A linda morena bufou e revirou os olhos, abrindo um pouco a janela da carruagem para olhar mundo a fora.

— Assim que chegarmos – comecei, quebrando o silêncio e ela me encarou.— Antonnela já estará te esperando para que possamos dar início à semana do casamento. — percebi que a Princesa ficou surpresa, então, perguntei:— Tem algo contra?

Ela negou, lentamente, com a cabeça mesmo tendo um olhar um tanto duvidoso.

— Não, milorde.— sussurrou.— Mas, percebi que em suas festividades levam várias amigas e eu não as tenho.

Acabei sorrindo com sua confusão.

— Leve as suas amigas, mesmo sendo poucas. Depois escolha algumas mulheres que você possa gostar— o que não deve ser muitas, pensei. — e as anciãs você não precisa conhecer. Elas só irão.— Dalila fez menção de falar e eu me apressei em acrescentar: — Antonnela guiará tudo, não se preocupe.

Ela se empertigou e murmurou algo como " hum". Seus dedos batiam levemente contra seu colo e eu me perguntei o que lhe deixava inquieta.

– O que...– comecei, mas, ao mesmo tempo ela começou a falar também.

— Antonnela guiará tudo? Ah, ok! Ela guiará nossa noite de núpcias também? Porque se ela for em meu lugar, devo ficar mais tranquila.

Apertei os lábios tentando não rir. Não acredito nisso! Pelos Deuses!

— Querida, devo informá-la que a Antonnela não guiará esse momento íntimo. Na verdade, seria incesto se ela fosse em seu lugar. — tentei imaginar a cena ( o que não foi nada agradável) e fiz careta.– O que não é nada excitante. Ah!– me aproximei dela, ajoelhando já que ela estava na minha frente e toquei sua face. Seus fios estavam presos em uma trança, o que achei um desperdício já que ela era mais linda com eles soltos. Quando cheguei meu rosto próximo dela o bastante para achar que minhas palavras fossem fazer ela tremer, eu continuei:— devo informá-la, também, que não escapará de mim.

Vi ela arregalar um pouco os olhos — não muito, foi quase imperceptível— e ela apertou os lábios por alguns segundos, depois desviou o olhar.

— Você deveria se afastar. Se alguém nos pegar assim... tão próximos, minha mãe seria capaz de ignorar os Vossos costumes e nos casar no momento seguinte.

Gargalhei, sem me mover um centímetro para longe dela.

— Ah, querida, se você estivesse preocupada com todas as regras, teríamos viajado com uma acompanhante. — ela corou, o que foi muito encantador para uma Pestinha Petulante.— Mas, tudo bem.

Então, acatei seu pedido e me afastei mesmo querendo fazer o contrário. Queria me aproximar mais. Mais. E mais um pouco. E mais. Até que estivéssemos unidos, como um só. Até que eu estivesse dentro dela. Aaaaah! Só essa ideia acordou o meu...

—Dante?— Dalila murmurou, foi quase inaudível  e percebi que ela olhava para minha ereção, corada.— Vo-você...

— Não se preocupe, Dalila.— vociferei ríspido ,o que não foi a intenção, já que eu me divertia com a situação. Acrescentei, suavemente: — Não farei nada que lhe comprometa.

Observei ela assentir, encabulada e desviar o olhar. Sorri, orgulhoso por ter conhecido essa nova face da Brava Dalila. A face tímida, o que, suponho, ser raro ela mostrar.

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Quiz dos personagens:
https://pt.quizur.com/quiz/qual-personagem-voce-e-z598

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