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Demorei muito tempo para escrever a carta, terminei era uma da manhã.

Quando levantei da cadeira para acordar Verônica, meu estômago embrulhou (pela milésima vez), corri para o banheiro.

Dessa vez eu estava passando muito mal, por algum motivo.

    — Betty? — Escutei Verônica abrir a porta ainda com um tom de voz sonolento. — Merda... enjoada de novo? — Ela disse amarrando me cabelo em um coque e fazendo um carinho em meu ombro. — Vou pegar um daqueles remédios para enjoo.

Verônica saiu correndo para pegar o remédio. Encostei a cabeça na parede, agora as náuseas haviam aumentado muito.

Verônica me deu o remédio, e me levou para deitar um pouco.

    — Conseguiu terminar a carta? — Ela perguntou.

    — Sim. — Sussurrei.

Escutei um barulho de chuva forte.

    — Está chovendo? — Perguntei baixinho.

    — Deixe-me ver... — Verônica disse se levantando e indo até a janela. — Está sim...

    — Vou esperar esse enjoo passar para ir até a casa de Jughead. — Falei.

    — Mas, não está muito tarde? — Ela disse enquanto me pus sentada na cama.

    — Eu acho que isso não pode esperar mais. — Falei.

    — E você vai ficar lá e esperar ele terminar de ler a carta ou vai e entregar e ir embora? — Verônica perguntou como se a resposta não fosse óbvia.

    — Vou ficar e esperar ele terminar de ler, óbvio. Ele vai querer perguntar um milhão de coisas. — Falei.

    — É... Tem razão. — A morena concordou.

Na minha opinião, Jughead é sim um Fuckboy, mas não é daqueles que abandona suas responsabilidades. Bom, pelo menos isso foi o que ele sempre demonstrou... Concordam?

Realmente não sabia como seria minha vida a partir do momento em que essa criança nascer.

Eu teria que abrir mão dos meus estudos, da minha faculdade, minha vida social... e tudo bem, isso tudo faz parte das consequências, eu entendo. Minha vida mudaria por completo.

Nunca pensei em ter filhos, Jack e eu sempre nos previnimos muito no quesito sexo, camisinhas, anticoncepcionais, e etc. Sempre fomos responsáveis nessa questão.

E eu realmente me preveni com Jughead, eu meio que mudei meu posicionamento sobre nossa "falta de irresponsabilidade".

Isso não foi exatamente nossa culpa, nunca fizemos nada sem camisinha, e todas as vezes, sempre tomei a pílula do dia seguinte. Isso infelizmente foi questão de falta de sorte... afinal, nenhum método é 100%.

Passava novamente pela minha cabeça, um milhão de coisas.

Como minha mãe reagiria? Eu não teria como esconder dela por muito tempo, e nem deveria! O quanto antes eu contasse para ela, melhor. Ela ficaria extremamente chateada se descobrisse depois que a barriga começasse a crescer.

Eu estava no último ano! Eu tinha um futuro todo planejado, mas eu teria que ser responsável nisso.

Não penso, e não pensarei em abortar esse bebê, independentemente do que Jughead achar sobre isso, eu vou ficar com ele. Acho que essa é a coisa certa que eu tenho que fazer.

    — Pode conferir para mim se eu salvei a carta? — Falei.

    — Claro... — Ela foi até o computador. — Não salvou, mas vou salvar na minha pasta ok?

Ok... — Falei.

Daqui a um tempo, eu realmente iria entregar a carta para Jughead, dizendo tudo o que eu sinto, e contando a verdade, e sim, eu estavam morrendo de medo.

Pronto. Agora está salva! — Verônica disse. — Vou imprimir e colocar um envelope.

Assenti com a cabeça e fui até o banheiro e escovei meus dentes. Arrumei meu cabelo com um rabo de cavalo.

Depois de um tempo encarando meu reflexo abatido no espelho, virei de lado e levantei a blusa, passando a mão pela minha barriga. Daqui a uns sete meses ela já estaria enorme!

    — Acho que já vou ir. — Falei para Verônica.

    — Betty, acho meio perigoso você dirigir até o Jughead de noite sozinha, chovendo, e no seu estado. Não acha melhor eu ir com você? — A morena sugeriu.

    — Não Vee... Acho que é melhor eu ir sozinha, não sei quanto tempo vou demorar lá. E não é perigoso, eu dirijo com cuidado.

    — Promete? — Ela disse me entregando o envelope com a carta.

    — Prometo. — Sorri.

Verônica me acompanhou até a porta.

    — Tome cuidado, por favor. — A morena lembrou.

    — Eu vou, Vee. — Falei e ela me abraçou.

    — Estou muito orgulhosa de você. — Ela sussurrou e me entregou a chave do carro.

Eu apenas sorri e entrei no elevador que me levaria ao subsolo, onde ficava estacionado o lindo Camaro branco de Verônica, no qual ela nunca se importou em me emprestar.

Dei a partida e sai com o carro. Realmente estava chovendo muito forte, teria que tomar cuidado ao pegar a pista para chegar ao lado sul, já que provavelmente estaria muito escorregadia.

Enquanto dirigia, eu estava ficando cada vez mais preocupada com a reação de Jughead. Vocês podem achar que é besteira, mas isso realmente é uma coisa muito importante para mim.

Pegando a pista para o lado sul, aumentei os faróis do carro, já que estava escura.

Estava ocorrendo tudo bem, até que me assusto com as buzinas de um caminhão na contra mão vindo para cima do carro.

Desviei, mas o carro derrapou e capotou na pista.

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Último capítulo amanhã em galeraaaaa!!!!!

Ps: nem tudo é o que realmente parece ser.

Não se esqueça de clicar na estrelinha se gostou💕⭐️

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