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On

- Por favor não! Nós lamentamos! Por favor! Eu tenho uma família! - Escuto alguém gritar e logo em seguida tudo fica silêncioso. Mal consigo registrar a informação quando meu corpo começa a se mecher praticamente por conta própria, as drogas me deixam anestesiada de mais. Tropeço antes de ficar em pé, preciso encontrar um esconderijo novo.
Escuto a voz de novo e ela estava abafada, eles devem estar em outra sala. Ao me levantar, olho pela janela em busca de uma van da SWAT ou de uma quantidade suspeita de carros pretos, mas não encontro nada além dos poucos carros habituais parados na rua.

Escuto outra voz, e essa vindo da escada à minha esquerda, e ela me dá um calafrio na espinha.

- Talvez você devesse ter pensado em sua família antes de se juntar a essa pequena 'gangue'. - Eu posso imaginar o sorriso assustador por trás dessa voz.

Olho para a escada, esperando e rezando para que essas pessoas estejam longe o suficiente para que eu possa pelo menos descer até o primeiro andar. Encontro um homem, pressionado contra a parede no pé da escada, e ninguém menos que "Capitão pátria" o segurando pela garganta com aquele maldito sorriso que está estampado em toda parte. Nem uma coisa está fora de lugar nele, seu cabelo loiro está penteado, seu uniforme é o mais arrumado possível.
Ele parece o super herói perfeito. Mas o corpo cortado em pedaços nas escadas conta uma história diferente.

- Não faça isso! Não vou contar a ninguém !Eu juro! - O homem contra a parede implora pela vida, como o outro homem havia feito.

Penso em pular da janela mas. É melhor esperar que ele não procure no local. De mansinho eu volto para a minha barraca improvisada e me escondo. Sento-me contra a parede, puxando meu cobertor sujo sobre mim, fecho os olhos e finjo dormir. O tempo todo o homem está implorando por sua vida até que de repente ele simplesmente para. E logo em seguida eu ouço a voz do Capitão Pátria dizer.

- Se eu deixar você ir, você se tornará uma pessoa melhor? Você deixará esse tipo de vida para trás e se concentrará no seu relacionamento com Deus e sua família?

- Sim! Eu prometo que vou! - O homem responde imediatamente.

- Tudo bem, vou lhe dar mais uma chance na vida. Você está livre para ir - Talvez ele não seja tão ruim assim, escuto os passos apressados ​​se afastando das escadas, seguidos rapidamente por um barulho alto.

Eu apenas sento e espero, não sabendo ao certo se o cara sobreviveu ou não.
A lona me escondendo é subitamente arrancada e eu estou cara a cara com aquele sorriso de merda. Eu não sei o que ele esperava encontrar escondido aqui, mas pela maneira como suas sobrancelhas se erguem, eu suponho que ele não pensou que seria eu. Ele olha, os olhos varrendo sobre mim e o lixo que me rodeia antes de pousar no meu rosto. Eu sei que pareço nojento e provavelmente não cheiro muito bem , mas a maneira como o nariz dele se dobra é apenas rude.
Ele parece chateado quanto mais ele olha, seu rosto se contrai e sua boca se curva em uma carranca apertada. Isso é até que ele percebe que eu estou olhando de volta, toda emoção parece desaparecer, deixando apenas seu rosto perfeito.

- Posso ajudá-lo? - Falo e ele ri casualmente

- Não é a reação usual que eu recebo. Estou aqui limpando o cartel que usa drogas neste edifício. Você está envolvido com eles?

- Não. Pareço um maldito membro de gangue?

- Você parece um maldito viciado - Eu reviro os olhos enquanto tento acalmar a enorme bagunça de cachos na minha cabeça.

- bem, você não está errado, mas... - Estava falando mas ele né interrompe

- Deixe-me adivinhar, você está limpo e tentando se recuperar - Fala me cortando e eu serro os olhos o encarando.

The GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora