ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída)

45°

- Ficou doida, mãe? Eu saberia se fosse meu casamento.

- Esta é a surpresa, querida. Col preparou tudo. Você não tinha tempo, então-

- Isso não é possível. - O ar começa a fugir dos meus pulmões e não consigo mantê-lo.

- Senta aqui. Você vai desmaiar assim. - A obedeço. - Precisamos de você bem. Nosso itinerário está cheio e não temos tempo para imprevistos e atrasos.

Eu acordei mesmo? Porque parece que isto não está acontecendo. Sou levada a um hotel. Lá faço cabelo, depilação, unha, massagem... tudo que é preciso para que eu me sinta uma verdadeira princesa. Maria Alice sempre comigo e minha mãe também. Minha sogra aparece pelo meio da tarde. Ela já está toda arrumada. Minha ficha ainda não caiu.

Eu vou me casar?

Enquanto terminam minha maquiagem, minha mãe leva meu bebê e a trás com um vestidinho branco e uma coroa de flores. Ela está uma verdadeira mini diva. Fico babando na minha menina até que minha mãe e minha sogra entram. Elas estão lindas. Minha mãe em um vestido vermelho rubi, modelo sereia com pedraria no busto. Minha sogra em um vestido azul petróleo, modelo em A. Parece uma princesa.

Ambas me encaminham ao closet. Me deparo com o vestido que sempre sonhei. A saia armada de tule com pequenos pontos de luz espalhando-se por seu cumprimento, enquanto o busto tomara que caia é branco e simples. Um cinto de pedrarias prateado abraça minha cintura. Uma pequena coroa é anexada ao meu coque.

Me olho no espelho e sim, eu vou me casar!

Meu pai entra e me vê. Minha mãe, que até então estava segurando o choro, desaba. Reviro meus olhos, claro que ela ia chorar. E meu pai também.

Abro um sorriso enorme para ele e digo:

- Vou me casar, papai!

- Isso eu já notei, bebê. - Rimos juntos. Ele vem e me dá um beijo na testa. - Vim te buscar. O noivo já está a sua espera.

Meu paizinho eterno, eu vou me casar. Vou me casar.

Minha mãe leva Maria Alice, minha sogra a acompanha. Ficamos eu e meu pai. Estou tão nervosa. Meu melhor amigo está em algum lugar, vestido de terno e gravata e pronto para passar o resto de sua vida comigo.

- Onde será a cerimônia, papai?

- Aqui mesmo, querida. Tudo está lindo. O garoto me impressionou.

- Ele fez tudo sozinho?

- Cada detalhe. Acho que teve um pouco do dedo da mãe dele e da sua. Mas eu sei que o principal e a maioria foi ele. - Meu vestido?, penso. E ele, como se lesse meu pensamento, diz: - Seu vestido foi você mesma, com sua mãe.

- Eu não me lembro disso.

- Pode ter sido involuntariamente e até inconsistentemente também. Mas, se lembra quando sua mãe ia com várias revistas de vestidos de noiva?

Claro que sim, eu escolhi o meu vestido. E, caramba, eu vou me casar!

Descemos para o salão. Meu coração quase salta pela boca. Todos já fizeram sua entrada, quando eu paro em frente à duas portas francesas.

As portas se abrem e a marcha nupcial é tocada. Não vejo os convidados, tampouco sei quem está presente. Porque, ao fim do corredor, está o meu melhor amigo.

Sim, gente, ele está chorando. Eu já esperava por isso. Ele vem até meu pai, aperta sua mão e me beija na testa.

- Oi, amor! - Ele diz.

- Eu vou te matar. - Sussurro com o maior sorriso do mundo no rosto.

- Não vai não.

Nos dirigimos até o altar. A cerimônia é realizada. Trocamos as alianças, que lindamente Maria Alice nos entregou.

Chega a hora dos votos. E agora ferrou tudo. Cole começa:

"Certa vez acordei para mais um dia da minha vida. Eu odiava as segundas-feiras, mas, quem nunca? Naquele intervalo eu já estava morrendo de tédio, então você me olhou de tal forma que eu sabia que estava realmente perdido. E então me beijou e... uau, que beijo gente. Cara, como eu passei a amar a segunda-feira depois daquele beijo. Você virou meu mundo de cabeça pra baixo, Lírio. Me mostrou que a vida não é só um jogo, e ela pode ser bem mais divertida que um. Entre verdades e desafios, hoje eu posso te chamar de minha esposa. E será assim para o resto de nossas vidas. Eu te amo, minha pequena! E prometo te amar, respeitar e ser fiel a você por todas os dias da minha vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe."

Chorei? Claro que chorei. Pouco? Não, muito! E chegou a minha vez de dizer meus votos. Agora me responda: Que votos?

- Hm.. Me desculpem, eu não sabia... e-eu-

- Shhh... - Col me cala. Seu sorriso cínico me diz que ele aprontou. - Eu cuidei de tudo, meu bem. - Ele me entrega uma folha.

- Claro que cuidou! Sorrio cínica

____________