Capítulo 34

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Jamie Dornan

Que merda acabou de acontecer?

Quando Dak me ligou, dizendo que minha mãe estava na nossa casa, eu me desesperei.

Eu nunca, mas nunca, pensei que ela soubesse onde eu morava, nem que ela tivesse coragem para ir lá.

Eu fiquei chocado, por a sua revelação, mas não acho que, por eu não ter sido um filho desejado, que me deviam ter tratado assim.

Visto assim, Alicia, que também não estava nos nossos planos, também a devemos a deixar para trás.

Assim que ela passa pela porta da saída, eu sigo atrás dela.

- Você nunca terá o meu perdão. - ela para de caminhar e olha para mim. - Dakota acabou de dar à luz a três bebês, sendo que ao início eram só dois, dois meninos. Minha filha, Alicia, pode não ter sido planejada, mas será muito amada. Como seria se ela fosse criada, do mesmo jeito que eu fui? Como é que ela, daqui a uns anos, iria reagir ao saber que não foi planejada, por isso, é que não tem nem metade daquilo que os irmãos têm?!

- Você não entende...

- Não, eu realmente não entendo, mas também não quero entender. Infelizmente, eu carrego o mesmo sangue que você e o mesmo nome, e são as únicas coisas que irei carregar. Meus filhos irão sim saber que têm avós paternos, assim como Nell soube. Mas, ao contrário de Nell, que ouviu poucas histórias sobre a minha infância, em que vocês participaram, os trigêmeos não irão saber. Não é porque eles não merecem, porque os meus filhos não têm culpa dos avós que têm, e sim porque vocês não merecem que meus filhos tenham boas recordações de vocês. Talvez, eu apenas fale que eles têm avós paternos e nem o nome deles mencione.

Me viro e entro em casa. Fecho a porta e caio de bunda, derramando as lágrimas que segurei o tempo todo.

Dakota se aproxima de mim, se abaixa e me abraça. Ela não fala nada. Nell faz o mesmo. Eu abraço duas das minhas mulheres da minha vida.

- Me desculpem, por ter me metido. - Nell fala, ligeiramente, envergonhada.

- Você não tem que pedir desculpa. - eu digo, alisando o seu rosto. - Você até foi muito corajosa.

- Eu não gostei da maneira como ela falou da mamãe. Pode ter sido a primeira vez que a vi, mas já nao gostei nada dela.

- Apesar de tudo, ela é sua avó.

- Não mais.

Ela beija o meu rosto e se levanta.

- Vou comer bolo de chocolate, que Gail fez para o lanche. Pena que meus irmãos ainda não possam comer.

Eu e Dakota rimos, da forma como ela fala.

- Você está bem? - minha esposa responde, olhando nos meus olhos.

- Agora sim, mas confesso que estava quase a passar mal, quando a vi. Foram doze anos sem a ver.

- Acredito que seja difícil. - ela faz um carinho na minha bochecha.

- Mas já passou. Espero que ela nunca mais volte. Não querendo desejar o mal a ela.

Dak me ajuda a levantar e seguimos também para a cozinha, onde Nell já tinha atacado metade do bolo.

Gail foi uma espécie de anjo que apareceu na nossa vida. Ela é mulher de um dos seguranças do hotel, o Taylor.

💨❤

Amanhã irá ser o dia da nossa mudança para a casa nova. Já arrumamos as nossas roupas todas em caixas, assim como os pratos e esses bens essenciais.

- Jamie, troca a fralda a Lucca. - Dakota aparece no quarto, com o meu pequeno. Ele tem os olhinhos tão vermelhos.

Os três andam com muitas cólicas e isso faz com que eles dormam apenas entre três a quatro horas por dia.

Coloco meu filho em cima da cama, depois de o pegar do colo da minha mulher. Abro seu body e aquele cheiro horroroso logo invade as minhas narinas. Faço uma careta.

- Filho, você terá que começar a comer rosas. Seu coco cheira muito mal.

Meu pequeno abre um sorriso e balança as perninhas.

- Pronto, agora vamos estar quietinho, para o papai trocar esta fralda e ficar cheiroso para as garotas.

Troco-lhe a fralda, visto o macacão que Dak já deixou separado e dou um cheirinho nele.

Dakota entra com Theo e Alicia no seu colo, calminhos. Ajudo ela com os meus filhos. Levamos os três para o sofá, onde Dakota deitou os três, ficando por trás deles.

- Vou tomar banho e já venho tomar conta deles, para você se ir arranjar

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- Vou tomar banho e já venho tomar conta deles, para você se ir arranjar.

- Gostava que o nosso último banho nesta casa, fosse especial. - diz maliciosa. Eu sorrio.

- Infelizmente, mas por uma razão muito boa, não será, mas nada nos impede que o banheiro do nosso quarto, seja batizado à grande.

Seu sorriso cresce. Beijo sua testa e sigo para o quarto, tomando um banho. Visto uma roupa, passo um perfume e sigo para a sala, para vir Dakota tomar banho.

Não demora e estamos todos prontos

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Não demora e estamos todos prontos. Nell está tão empolgada que não para de saltar de um lado para o outro.

- Filha, por favor, se acalme. - digo, apertando a fivela do bebê conforte de Theo.

- Não dá. Eu comi muito chocolate.

- Vou ter que pedir a Gail para deixar de fazer bolo de chocolate e fazer um de abóbora.

Ela para de saltar na hora e me olha. Dakota sorri.

- Isso não. Eu paro se saltar, mas bolo de abóbora não!

Balançando a cabeça, pego no bebê conforte de Lucca e Theo e saio de casa, seguindo para o carro. Tive que pedir um carro emprestado, pois são três bebês confortos e mais uma cadeirinha, a de Nell.

O caminho até à casa nova é longo e tivemos que fazer duas paragens, pois os meus filhos odeiam andar de carro e não paravam de chorar.

Assim que chegamos, Nell fica de boca aberta.

- A casa está linda.

Do Ódio ao Amor (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora