Estávamos deitados ali mesmo, no meio do rinque, sem quebrar nosso contato visual, enquanto o único barulho presente era dos patins que raspávamos preguiçosamente contra o gelo, que por incrível que pareça, não trazia nenhum incômodo para meu corpo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
{Jack Finnegan Gilinsky Point of View}
Confesso que quando Cora disse que precisava falar comigo, eu imaginei tudo, menos que fosse confessar ter sentimentos por mim. Tentei manter meu orgulho e ser forte, resistir a ela tanto quanto ela resistiu a mim, mas quando vi que chorava e parecia tão vulnerável e desesperada que não resisti ao impulso de abraçá-la.
Ainda um pouco sem reação seguro seu rosto entre minhas mãos e a encaro, sentindo suas lágrimas escorrerem até minhas mãos, enxuguei uma por uma e aproximei mais meu rosto do seu.
Depois de tanto tempo, era estranho não ter Cora evitando contato comigo e tão perto sem hesitação alguma ou algum empecilho. Sinto um sentimento gelado e agradável tomando meu estomago, as borboletas voam por todo o meu corpo em antecipação e sorrio. Beijo seus lábios rapidamente e em seguida espalho beijos quentes por todo o seu rosto, Cora Wintour gosta de mim, a minha Kory, minha melhor amiga, a menina ranzinza e reclamona de sempre, gosta de mim.
Beijo cada canto do seu rosto e cada lágrima que insistia em correr em seu rosto até que se acalme, quando ela se afasta e me encara insegura sorrio sem mostrar os dentes e levanto levemente a sobrancelha, sei que Kory tem algo a dizer.
-Me desculpa Jack, me desculpe por tudo, por cada momento em que coloquei alguém acima de você, por cada momento que te fiz se sentir mal por causa dos meus interesses, por ter fugido na noite da apresentação e por não te valorizar o quanto você merece.-ela fala tudo de uma vez e suspira exasperação, tentando colocar tudo o que sente pra fora de uma única vez. -Você é meu amigo, meu melhor amigo, eu não deveria agir assim com você. Nunca, também não deveria gostar de você, mas não é algo que posso evitar e eu não sei mais o que fazer eu simplesmente não consigo não gostar de você, Finn.
Sem conseguir me conter por nem mais um segundo eu a beijo, em uma tentativa bem sucedida de mostrar tudo o que eu sinto sem precisar falar, eu definitivamente não sou bom com palavras, por mais que tenha milhões de coisas a dizer para Cora. Prefiro demonstrar cada uma delas a ter que me expressar dessa forma.
Quando separamos o beijo, ela me encara esperançosa e até mesmo um pouco desesperada, me encara curiosa e sua voz sai como um sussurro.
-Então... você também gosta de mim? -pergunta hesitante e assinto com a cabeça, revirando os olhos dramaticamente.
-Sempre gostei, Kory.
Ela assente com a cabeça, tentando assimilar as novas informações, e então sorri. Meu coração das cambalhotas e mais cambalhotas dentro do meu peito e sinto-me na obrigação de beijá-la. Nossas línguas se enrolam sincronizadamente e ainda seguro sua nuca de forma firme, suas mãos vão descendo lentamente pelo meu peito até entrarem na minha blusa e meu corpo inteiro se arrepia com o contato.
Segurando suas coxas, a levanto e sento sobre o balcão, sem separar o contato das nossas bocas enquanto suas unhas arranham minha barriga e me posiciono entre suas pernas, nos afastamos por um segundo e Cora encosta sua testa na minha, nossos narizes se tocando de leve e ela sorri de forma brilhante, tenho certeza que sorrio da mesma forma.
