Depois de certo tempo procurando o amigo por não estar na sala de aula, o encontrou sentado em baixo de uma das enormes árvores da pracinha ne frente da escola. Certamente se meteria em encrenca mais tarde por ter fugido do local.
Andou até o garoto e ao tomar certa proximidade percebeu que o mesmo soluçava entre o choro, mas nada disse, apenas sentou-se no seu lado e abraçou seus ombros, deitando a cabeça sob um deles. Haechan nem ao menos se assustou, já que o Canadense era ótimo em descobrir seus lugares secretos.
— Mark. - Chamou o amigo depois de alguns minutos confortáveis de silêncio, o qual logo teve sua atenção toda pra si.
— Diga.
— Tu acha que um dia... alguém pode... me amar?
O branquinho somente sorriu sem mostrar os dentes, deslizando um dos dedos pela bochecha molhada de lágrimas do Coreano, enxugando tudinho. — Você só tem que se permitir.
Haechan ficou confuso com aquilo e fez sem perceber uma de suas expressões mais fofas, fungando e limpando as gotas insistentes de lágrima no cantinho de seu olho. — Como assim?
— É quase impossível alguém não gostar de ti, amor. É só que tu não enxerga ainda.
E mais uma vez o menor dali se afundou na própria confusão, suspirando leve e fixando o olhar no de Mark. — E tem alguma coisa pra enxergar?
O branquinho balançou a cabeça uma vez apenas, em afirmação. O sorriso do maior de alguma forma sempre o acalmava, mas ele nunca entendia o motivo daquilo.
O silêncio voltou a tona e os dois ficaram observando a laguinho que tinha logo ali na frente, vendo os peixinhos pequenos pularem vez ou outra.
Haechan buscou sua lancheira, tirando de lá uma vasilha com pedaços de melância dentro e entregando nas mãos de Mark, que mordeu um pedaço alegremente. — São tuas favoritas, aí eu pedi pra mamãe comprar.
O Canadense sorriu largo com o comentário, fazendo o outro rir pelos dentes manchados de vermelhos do amigo.
— Eu te amo. - Falou Mark.
O moreno congelou e sentiu o coraçãozinho quase pular pra fora do peito, e suas bochechas respondendo com um rubor forte. — V-você...
— É, eu te amo. - Repetiu, óbvio.
Talvez aquilo fosse uma frase normal para outras pessoas, mas Donghyuck sequer tinha ouvido aquilo alguma vez em seus quase dezesseis anos de vida. Sentiu um misto de felicidade e medo, sabia bem que as reações que tinha em relação ao amigo não eram "normais" mas jamais imaginou que aquilo fosse amor. Ele havia gostado.
— Então isso é amar?
Mark balançou a cabeça em concordância, repetindo o ato de antes. — Eu te disse, era só enxergar.
Haechan sorriu pela primeira vez no dia, encarando o de fios escuros. O qual passou uma mecha dos fios alheios pra trás da orelha, carinhosamente.
O mais novo se aproximou derrepente e selou os lábios doces de melância do Canadense, ficando vermelhinho por isso. — É isso que fazem quando se amam, não é?
— Então você me ama?
O moreno ainda era inseguro e tímido demais pra dizer aquilo em palavras altas e claras, então somento murmurrou um uhum em resposta.Então Mark ficou eufórico, depositando vários outros beijinhos na boca do menor.
" you don't have to say you love me, you dont have to say nothing
you don't have to say you're mine
honey, i'd walk through fire for you
just let me adore you "
- harry styles, adore you.
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just let me adore you. | markhyuck
Fanfictiononde haechan não conseguia imaginar que algum dia alguém pudesse criar sentimentos por si, mas mark apenas queria o adorar.