dark romance | enemies to lovers | i hate everyone but you | forced proximity
"Um único toque foi o suficiente para mudar tudo, destruir tudo."
Michelle Brown tinha uma tendência de quebrar regras, mas uma que ela sabia que poderia levar seu fim se...
"sinto-me como uma nova pessoa mas cometendo os mesmos velhos erros. então como saberei que fui longe demais? pare antes que seja tarde demais."
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Seattle, Washington
Meu estômago se revirava dentro de mim, enquanto eu continuava encarando o prato de comida na minha frente.
Parecia suculento. Um enorme prato de macarrão com almôndegas, que costumava ser um de meus pratos favoritos quando eu era criança.
Mas ultimamente a única coisa que tem composto minhas refeições são um copo de água acompanhado de alguma pastilha de menta. Exatamente como minha querida mãe aprovaria, mesmo que fingisse não notar meu comportamento em relação a comida e até tivesse elogiado meu suposto emagrecimento nos últimos dias.
Não conseguia parar de pensar naquela comida, estando na mesa com minha família. Eu estava enlouquecendo.
— Pensei que gostasse de almôndegas. — meu pai diz, me tirando de meus devaneios.
Ele me observava do outro lado da mesa, com a cabeça inclinada e os lindos olhos azuis me encarando como se tentasse extrair algo de mim.
— Eu gosto. — concordo, dando um meio sorriso.
— Não parece, já que você não tocou no seu prato. Na verdade, faz alguns minutos que você está parada encarando esse macarrão como se isso fosse fazê-lo sumir. A única maneira de fazer com que ele suma é comendo-o. — seu tom é brincalhão, embora seu semblante pareça preocupado.
Ele demonstra, enfiando uma grande colherada de macarrão na boa. Eu sorrio com o gesto, tendo quase esquecido o quão feliz meu pai me faz às vezes.
— Ela não tem comido. — Michael denuncia — Eu nunca a vejo comendo e ela sempre diz que está de barriga cheia. Nem na escola ela come.
Eu olho para meu irmão como se pudesse matá-lo por dizer isso. Essa era minha vontade naquele momento.
Uma traição tão baixa me denunciar na frente de nossos pais, como se eu ainda fosse uma criança com a qual eles precisam se preocupar.
— Eu tenho reparado que você nunca está nessa mesa na hora do jantar. — Klaus concorda, fazendo com que eu queira sumir daquele ambiente naquele mesmo segundo — Estou preocupado, Michelle.
— Oras, se ela não quer comer não adianta forçar. Sabe como nessa idade elas se preocupam com o próprio corpo. — Miranda sorri de forma amigável, mesmo que a ofensa esteja oculta em meio às suas palavras quase gentis — Se você quer emagrecer, eu apoio completamente.
Desvio meus olhos do seu rosto, porque mesmo olhá-la por muito tempo parecia fazer com que eu me sentisse mal.
— Por que ela precisaria emagrecer? — minha irmã Vivian pergunta, entrando no meio da conversa enquanto descansa o celular em cima da mesa — Michelle é perfeita. Eu a acho perfeita. Queria ser mais parecida com ela do que com você.
