CAPÍTULO 64.

3K 496 110
                                    

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CAPÍTULO 64 HORTÊNCIA

CAPÍTULO 64 HORTÊNCIA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Ver ele com aquela espada nas mãos foi como se o sonho fosse se tornar real. Era confuso e ao mesmo tempo aterrador, eu amava um monstro, e se esse monstro fizesse mal a unica família que eu tinha, eu ainda seria capaz de estar com ele de amá-lo?

Cheguei na minha casa na companhia de Jacinto, não me despedi não agradeci simplesmente o deixei e subi para o meu quarto igual a um zumbi. A casa estava em silêncio e a minha respiração era o único som ouvido.

Abri a porta do quarto e fui na direção do Closet em uma poltrona no canto avistei a boneca que ganhei do seu José. Andei até ela em passos vacilantes, fechei meus olhos e me concentrei buscando as imagens do sonho que vivi horas atrás, era tudo tão real, tão doloroso.

Minha mente tinha apagado o que eu vivi naquele acidente, eu não me lembrava de ter visto e ouvido o Cezar, mas ele estava lá, ele me punia com golpes, ofensas ele era..... não tenho nem coragem de dizer o que minha mente me mostrou.

E quando meu corpo se apagou e a escuridão se apoderou as memórias foram acionadas, como o apertar de um botão. 

Eu vivi toda a dor novamente, peguei a boneca e me sentei na poltrona. Eu sentia medo de olhar sua costura e achar que estava ficando louca, porque o corpo da boneca que estava nas minhas mãos era idêntico a boneca do sonho.

As lágrimas invadiram meus olhos e nem sabia porque elas caiam uma atrás da outra meu corpo tremia compulsivamente.

Toquei os cabelos da boneca e eram tão parecidos com os meus, levantei sua roupinha e olhei sua costura, meu Deus!  A costura era feita de fios de cabelos negros como a noite, o que significava DEUS me ajude! 

Me lembrei da vila, os moradores o fogo do sonho os porcos mortos, a fúria do coronel contra aquele povo sofrido e maltratado meu pai sendo morto por sua espada somente o fogo fugia da ordem.

Meu coração disparou, era o mesmo lugar, as mesmas pessoas, mas a época era diferente como era possível? Era o inverso do presente. O povo foi devastado por sua espada, eu os defendi os alimentei matei a sede deles hoje. Quase fui morta pelos porcos na Santa Ana, e no sonho minha vida foi salva porque me escondi entre suas carcaças no passado. Meu pai foi morto porque me escondeu dele e consegui fugir do seu domínio. Me levantei olhava o objeto nas minhas mãos.

A história da esposa que enganou o demônio com o perfume, meu perfume, a vida do filho sendo ceifada, meu primogênito foi tirado porquê....Não pode ser, não pode ser. Eu girava em torno do meu próprio corpo soluçava, desespero dor angustia. Como isso é possível como?

Meu Deus, meu pai está envolvido ou deu permissão ao doutor Vermont. Eu olhei nos olhos dele eu vi a sinceridade, ele prometeu que eu faria minhas próprias escolhas. A angustia me dominava, meu pai eu preciso ir até ele. Peguei uma bolça grande no cabideiro de chão, enfiei a boneca dentro e sai correndo porta a fora.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora