Treze

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---JungKook's Point of view---

Quando, sutilmente, seus lábios grossos se encontraram com os meus, eu poderia jurar que tudo estava em silêncio... Um silêncio que nos acomodou tão bem que nada parecia errado ou conflituoso.
Prensei seus lábios nos meus, suguei-os devagar, apreciando a sua textura macia e morna nos meus próprios lábios.
Separei-nos por alguns segundos, apreciando seus olhos amendoados me olhando diretamente, os lábios entreabertos e um tanto úmidos.
Seus lábios sugaram os meus de forma tímida, passou uma das mãos entre nós e a pousando espalmada sobre meu peito, ainda meio acuado. Levei minhas mãos para seu rosto delicado, o mantendo firme.

O sabor adocicado de sua boca se misturando ao meu.

Suspirei sentindo meu peito acelerado, apesar de estarmos sentados meio tortos na pedra, eu poderia jurar que era tão confortável e aconchegante quanto qualquer abraço.

— Jungkookie — disse assim que nos separamos, as suas bochechas tão rosadas quanto os próprios lábios inchados.

— Vieram aqui sem mim? — a voz de Holland preencheu o lugar.

Nos viramos imediatamente e nos colocando de pé, instantaneamente meus olhos buscavam a minha camiseta.

— O-oi Holl — disse limpando a garganta.

— Então, vamos nadar? — disse me olhando.

— Na verdade já estávamos indo embora agora — respondi enquanto colocava a minha camiseta novamente.

— Que horas vocês vieram?

— Ahn... A-acho que por volta das quatro horas... — concluiu tímido e se afastando alguns passos de mim.

— Por que não me esperaram?! Vocês sabem que eu adoro nadar — disse com um tom de voz raivoso.

— Esquecemos... Voltamos outro dia — pousei a bolsa no meu ombro.

Estava tão inerte em meu primeiro beijo com Jimin, que nem por um segundo pude notar que o ômega estava alí. Devagar juntei as nossas coisas ainda espalhadas, as guardando em seguida na bolsa que havíamos trazido.

Jimin balançou a cabeça em afirmativa, abraçando o ômega e abrindo um sorriso despojado. Olhei discretamente ambos, Holland fazia uma careta estranha.
Seguimos pela trilha em um silêncio desconfortável, enquanto nós nos distanciávamos do rio e sua trilha sonora natural, por sobre as pedras. Algumas vezes ouvia Jimin fazer algum comentário que era cortado rudemente pelo outro ômega, que estava estranhamente irritado. Permaneci calado, andando na frente dos ômegas. Meu lobo estava alegre tanto quanto eu, podia senti-lo abanar a cauda animado, sentia também minhas bochechas quentes e meu sorriso aberto a ponto de quase rasgar minhas bochechas, num conjunto que eu mantia na minha bolha, enquanto andava a frente dos ômegas.

— Ai!

— O que aconteceu? — disse já largando as coisas no chão.

— A-acho que torci meu pé — o ômega disse, enquanto permanecia sentado no chão.

Os pés, agora descalços, eram massageados pelas mãos arduamente.

— Me deixa ver — me agachei diante do ômega.

Toquei-lhe devagar, e olhei de perto o pé delicado e magro de Holland.

— Não parece uma torção... Mas é melhor tomarmos cuidado. Jimin-ssi, você pode levar a cesta por favor? Irei levá-lo nas costas — disse já puxando o ômega para as minhas costas, procurando um meio de o deixar o mais confortável possível.

— Tá bom — o ômega ruivo que até então não tinha dito nada, e nem reagido, se pronunciou e já pegando a cesta.

— Está confortável Holland?

Pela mão de Park Jimin - {Jikook Abo}Onde histórias criam vida. Descubra agora