você sabe que eu amo puxar eles, não sabe?

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— Se você cortar seu cabelo, eu corto teu pau. — deu o ultimato, andando pela sala desarrumada do outro.

Jungkook levou a mão ao peito, abrindo a boca em uma comoção falsa.

— Não é minha vontade, acredite. — jogou o corpo no sofá, desistindo da falsa atuação. — É que está meio ressecado...

— Ressecado tá o seu cu, Jungkook!

— Dá pra você parar de falar das minhas partes íntimas, por favor? — fingiu alguma sensatez, a verdade era que queria rir da frase alheia. — Você conseguiu incluir minha bunda e meu pau numa conversa sobre o meu cabelo, cara.

Jimin empacou na sala, cruzando os braços que cabiam aquele maromba quando necessário. Acontece que era apaixonado naquele cabelo, e é claro que nunca proibiria o amigo do fazer algo, longe dele ser abusivo, credo! E outra, era óbvio nos olhos amendoados do moreno que ele partilhava da mesma vontade do loiro, queria manter suas madeixas longas, quem sabe viraria até um rockeiro! A grande questão que atormentava a dupla – ok, só o Jeon – era a paranóia de estar ressecado.

Enquanto encarnava no papel de estátua, pensava em como poderia convencê-lo de não cortar aquela beldade que carregava na cabeça de vento (muito lerda também, vale ressaltar, pois só uma pessoa muito avoada não enxergaria o penhasco que Ji carregava por ele). Jungkook, por sua vez, observou o amigo pequenininho, todo embrulhado num moletom – que ele tinha quase certeza que era seu – no centro de tudo, precioso como sempre.

Como se uma epifania atingisse o mais velho, ele deu um pulinho nada másculo no tapete peludo; Jun riu, caidinho por ele. Andou até o homem que encasquetou que o cabelo estava ressecado, pondo-se no meio das pernas bonitas.

— Você sabe o quanto eu amo puxar eles, não sabe? — segredou, levando os dedos gordinhos até o couro cabeludo.

Jeongguk meneou a cabeça, concordando.

— Sofro com isso toda manhã, quando você surta que estamos atrasados e-

— Não, garoto! Não é sobre isso. — indignou-se, formando um biquinho. — Você sabe o quanto eu gosto de puxar quando estamos fazendo aquilo...

— Aquilo? — repetiu Jungkook, confuso.

— É, aquilo...

Silêncio.

Park esperou uma pegada na bunda, um grunhido excitado, uma mensagem de texto, que fosse! Mas, nada! Aquele catarrento metido a maromba só o olhou, aturdido.

Dado as circunstâncias, largou-o, jogando-se no sofá pequeno, afundando a cabeça nas poucas almofadas que ali residiam. É humanamente impossível alguém ser tão desatento. Por outro lado, Jeon soltou o ar pelo nariz, num riso baixinho que antecedeu as mãos grandes irem atrás das canelas marcadas por arranhões de Gillette, massageando-as.

— Eu realmente não entendi, vida.

Ah, aquele apelido, deveria ser crime Jungkook usar consigo. Reduziam sua braveza a nada, transformando-o numa gosma nojenta pelo maromba. Se ele ao menos soubesse o que aquilo causava no loiro.

— Sexo, Jeonie. Eu gosto de puxá-los quando estamos fazendo sexo.

— Ah, sim! — riu, bobinho. — E eu gosto mais do termo "fazer amor". — corrigiu.

Jimin desenterrou o rosto das almofadas, sentando-se corretamente no espaço pequeno.

— Você é precioso demais para esse mundo. — boiolou, esmagando as bochechas daquele garoto, formando um relevo na boca vermelha. — Vai ter dias que eu vou querer te matar de amor, tá bom?

E Jungkook sorriu, radiante, antes de puxar aquele monumento que um dia teria o prazer de chamar de namorado para o colo, enchendo o pescoço cheiroso de beijos.

— Eu sei o quanto ama puxá-los quando fazemos amor. — sussurrou rente ao ouvido do loiro. — Eu sinto, vida.

Park suspirou, laçando os ombros largos com os braços, querendo se fundir à ele. Talvez não fosse a ideia de cortar o cabelo longo – mesmo que amasse seu amigo daquela forma –, porém, existia a possibilidade de mudanças assustarem o menor, e talvez a simples possibilidade de ele mudar, o jogasse longe demais. Amava-o, amava-o muito, e nunca restringiria nada que não o fizesse feliz, mesmo que longe de si.

— Ei...

— Hm?

— Você sabe, eu nunca irei embora, Ji. Se você me quiser aqui, eu estarei aqui. — avisou, surpreendendo o garoto agarrado à si. — Isso tudo não é sobre meu cabelo, né?

Park redarguiu, e levantou para olhar nos olhos grandinhos.

— Eu sou um grande idiota, apenas ignore.

Jungkook balançou a cabeça, eliminado qualquer alternativa que não fosse amar aquele serzinho até ele aprender que era o homem mais especial de todo o universo. Ele mostrou seu sorriso de novo, na expectativa de o ter sorrindo consigo, o que não aconteceu.

— Smile with me... — cantarolou, arrancando fragmentos de um sorriso perfeito. Jogando tudo para o alto, beijou-o na boca.

Era apaixonado nos beijos alheios, pois tinham o poder de reconstruir, de curar.

Após deixar a boca, abraçou o corpinho decorado com algumas dobrinhas – às quais era apaixonado, vale dizer. Adorava mordê-las, ou então, fazer barulhinhos engraçados. – aconchegando-se no ombro, ficando lá por um bom tempinho, antes da voz dele preencher o cômodo outra vez:

— Ainda vai cortar o cabelo? — Jimin debochou, deixando um selar na bochecha gordinha.

— Acho que tudo não passou de uma livosia.

— Livo de quem?

— Livosia... Lovosia... Um negócio assim.

— Aleivosia, Jungkook.

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eu sou a pessoa mais boiola do mundo pelo casal de Busan😭😭😭😭😭😭😭😭😭

Gente, em nenhum momento eu quis romantizar algo sobre mudança ou sobre o Ji mandar no Jun, em nome de Min Yoongi, é só uma one inocente. Se o JK quiser ficar careca, ele fica.

Quem percebeu que ela tem relação com "A Netflix Não!"? Nhonho, sou muito boiola por ela também jahsjajsj

É isso, agora eu vou arranjar uma capa pra ela, fiquem bem!

O Long Hair Não!Onde histórias criam vida. Descubra agora