Acordo na manhã de domingo embriagada de sono à procura de algo. É uma dor que não cabe no peito, seca a garganta e faz o estômago embrulhar. E tudo isso, a que custo?
Depois de uma noite de sono, tenho que me esforçar para colocar a mente no eixo, separar o que é real e o que é fruto da minha imaginação. Seria uma lembrança ou simples indício do quanto a minha mente é perturbada?
Me encho de esperanças para esquecer. Estufo o meu ego e digo para mim mesma que não importa o que houve. Quando na verdade, sou mais uma criança carente à procura de abrigo e afago para fugir da realidade.
Insisistindo em me apaixonar pela tristeza e desde de muito jovem ansiando pela morte, eu não tenho tantas expectativas para o futuro. Logo, você volta para a minha mente, bagunça e destrói tudo o que construí ao longo dos anos. Fragiliza minhas barreiras e me faz questionar minha sanidade. Quando te vejo passar meu coração aperta como se estivesse próxima do fim. Minhas mãos congelam. Minha garganta seca. E ainda que a tua presença não seja física, teu semblante me assombra durante o meu sono mais profundo. Ainda que dure só alguns segundos parece uma eternidade. Sobrevivendo no inferno, eu temo que nunca consiga de fato seguir em frente.
Hoje, eu tenho uma nova relação com o nosso encontro. Meus medos se multiplicaram, se expandiram. Não consegui dar um passo adiante, mas finalmente posso me autoafirmar mais forte.Para a minha sorte, foi apenas mais uma noite de sonhos ruins.
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VOLTANDO PRA MIM
ChickLitIsso é sobre os processos dar dor, da aceitação e da cura. Não necessariamente nessa ordem por acreditar que são sentimentos imprevisíveis. Expressei todas as coisas que um dia senti e ainda sinto, em momentos de lucidez e crises, como uma forma de...