Um romance perturbador!
Não se enganem, leitor. O que chamamos de romance, pode assumir uma conotação assustadoramente aterrorizante. Dizemos isso, pois estamos falando de pessoas totalmente diferentes, e não venha com essa de "os opostos se atraem...
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Atenção!
O capítulo faz alusão a abuso infantil, abuso psicológico e assassinatos.
Caso seja sensível não leia, lembrando que o capítulo só faz alusão e não diz diretamente sobre abuso infantil, é apenas uma citação do pensamento da protagonista "Violet".
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A escuridão e o fedor me deixavam com nojo. Quando o sequestrador voltou, trouxe uma lâmpada, que atarraxou em um bocal na parede. A luz brilhante, que acendeu tão subitamente, que machucou os meus olhos e não trouxe nenhum alívio como esperava que acontecesse, pois agora eu via onde estava e meu estômago embrulhou. O cômodo era pequeno e vazio, as paredes eram revestidas de madeira, e um estrado estava preso com ganchos na parede.
O chão era de laminado claro porém, tinha uma camada espessa de poeira. No canto, havia um vaso sanitário sem tampa e, em uma das paredes, uma bancada com duas pias de aço. Era assim que deveria parecer o esconderijo de uma quadrilha de bandidos? Um clube de sexo? As paredes de madeira clara me lembravam uma sauna e me despertaram uma sequência de ideias: pedófilos - bandidos.
Minha mente fez com que imaginasse crianças indefesas sendo abusadas brutalmente, esse pensamento me fez querer vomitar. Meus olhos lacrimejando juntamente com minha boca salivando como se fosse vomitar a qualquer momento ali mesmo, em cima do meu próprio corpo.
O estranho me disse para ficar de pé a certa distância dele e não me mover. Depois, começou a soltar o estrado de madeira e a desparafusar da parede os ganchos aos quais ele estava preso. Enquanto isso, falava com uma voz que as pessoas normalmente reservam para afastar e assustar alguém, rouca, grave e extremamente intimidadora.
Eu não deveria sentir medo, tudo daria certo se eu fizesse o que ele mandava ou não. Ele me olhava como um dono observa orgulhosamente seu novo troféu, ou pior: como uma criança olha para um brinquedo novo, antecipando e, ao mesmo tempo, incerta sobre tudo o que poderá fazer com esse novo brinquedo. Meu corpo travou ao encontrar o olhar gélido e intimidante, me arrepiei e todos os pelos corporais ficaram atiçados, estava literalmente paralisada com o olhar sobre mim.
