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Mizuki on:

    Não tinha percebido que meu pai me seguia mas ele além de me seguir ouviu minha conversa com o Sasuke. Deixar que ele saiba da dor que será ver ele partir novamente tirou de mim um fardo enorme, eu pensei que não seria capaz de ser honesta com ele mas o destino se encarregou de deixá-lo ciente da falta que ele me faz.

    Nos braços do meu pai eu me sinto como uma criança que sempre desejou receber carinho, eu estava necessitada de afeto paternal. Num determinado momento ele me puxou pra um banco da praça para que nós converséssemos.

   Algumas pessoas olhavam pra ele como se ele fosse um monstro, e incomodada com aquilo eu mais uma vez dei showzinho na rua.

- Vai procurar o que fazer bando de fofoqueiros sem coração, vocês tem sorte desse homem ter mudado porque se fosse em outra ocasião vocês já estariam agonizando de dor sob um genjutsu poderoso.

   A ameaça ajudou, ninguém mais cochichava sobre meu pai. Enquanto eu voltava brava pro banco ele ria da cena.

Madara: Eu amo quando você me defende, mesmo que eu não precise disso.

- Você é meu pai, é normal que eu te defenda.

Madara: Eu sinto muito pelo que fiz noite passada.

- Não é pelo que você fez ...

Madara: Eu escutei o que você disse pro Uchiha, eu só estou me desculpando porque não tinha levado em consideração os sentimentos da Senju.

- Falando dessa forma tão evasiva sobre alguém com quem você passou a noite não me deixa confortável.

Madara: Não leve tudo ao pé da letra querida.

- Isso significa o que ? Que a noite de ontem não foi relevante a ponto de se referir a ela pelo primeiro nome ?

Madara: Não foi isso o que eu disse ...

- Então me explique.

Madara: Tsunade é uma mulher incrível, você esta certa, eu poderia facilmente me apaixonar por ela mas como você também bem disse, eu terei que partir em alguma hora e não será justo se eu a fizer sofrer, então tentarei me manter distante dela para que não a faça sofrer por algo sem futuro.

- Não quero que você vá.

Madara: Eu também não quero ir mas eu tenho.

- Isso é tão injusto, logo agora que você, que eu ...

Madara: É por isso que eu quero aproveitar cada oportunidade pra ficar ao seu lado.

   Olhei nos olhos do meu pai e me emocionei, ele também estava emocionado.

Madara: Eu via, eu ouvia todos os seus desabafos, eu senti sua culpa por ter feito o que fez para me parar, eu quis me redimir mas eu pensei que já era muito tarde pra mim, pra nós.

- Eu pensei que estava louca quando falava sozinha, que você não podia ouvir, e que se pudesse não ia querer me ouvir.

Madara: Naquele campo de guerra você me disse que eu não amava ninguém além de mim, que não amava nada além de poder e do meu plano- senti uma pontada de arrependimento - Eu concordo que estava louco, sedento por vingança, mas eu não posso concordar com o fato de não amar nada além de poder e meu plano, eu amei muitas coisas na vida ...

- Minha mãe e ...

Madara: Eu amei meu clã, eu amei meus irmãos que foram mortos em guerras, eu amei ter conhecido Hashirama, eu amei minha amizade com ele, anos mais tarde eu amei reencontrar com ele e amei fundar Konoha, eu amei sua mãe desde a primeira vez que a vi, eu amei a hipótese de que poderia alcançar a paz com aquele jutsu de merda, eu amei quando descobri que seria pai e eu amei participar do seu desenvolvimento, e isso não mudou quando sua mãe se foi. Antes dela dar o seu último suspiro ela te entregou nos meus braços, a última coisa que eu disse pra ela foi: Eu te amo por que você me deu uma filha linda que se parece com você.

Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora