Capítulo 07

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Laís Metzeler

Depois do role de ontem, o qual eu cheguei morta e enterrada e nem me lembro como entramos em casa.

Eu e as meninas comemos um dogão, era 4h da manhã.
A Sasha quase veio embora carregada, trebada, chapada. Essa é sangue do meu sangue mesmo, não nega a irmandade, alcoólatra que só ela, meu deus.

Nada me tirava da cabeça o cara da praia, ó deus, não posso me apaixonar por alguém que eu nem conheço. Tenha piedade dessa alma iludida.

Acordei quase duas da tarde e as olhei pro chão e a Amanda ainda tava morta, como sempre, a pior pra acordar é ela.

Laís: Bom diaa.- falei vendo as meninas almoçando.

Bia: Acordou a bela adormecida.- ela riu.

Laís: Eu né, a Amanda tá igual uma pedra que nem se mexe.

Sasha: Mas ela acordou era umas nove e pouca. Parece que o pai dela ligou, sei lá.

Lúcia: Tira a cama das costas, Lais.- ela riu.

Laís: Tiraram o dia pra implicar comigo, hein?

Bia: É o ponto alto do meu dia.

Sasha: Mas vem cá, a pergunta que não quer calar, quem era o gato da praia?

Bia: Simm, verdade. Eu to com essa pulga atrás da orelha desde ontem.

Laís: Marcamos de ser encontrar hoje.

Lucia: Aonde hein?

Laís: No mesmo lugar, na praia.

Sasha: Que horas?

Laís: As onze.- falei e me sentei na mesa.

Bia: Voce nem conhece o cara.

Laís: Vale o risco.-rir.

Lucia: Que Deus te abençoe.

Laís: Amém.

[...]

Quando deu umas dez e quarenta, eu coloquei uma calça jeans preta, uma blusa cigana preta, um tênis branco e um moletom na cintura.
Peguei meu telefone e sai bem se fininho.
Cheguei  lá e ele tava tomando uma cerveja encostado no carro.

Laís: Iai -sorrir

Ph: Ela veio-ele riu

Laís: Cê mora por aqui? Chegou rápido ou já tava aqui a maior tempo? 

Ph: Cheguei agora pô, moro no morro.

Laís: No alemão?

Ph: Isso ai mermo.

Laís: Uau.. -me surpreendi.

Ph: Esse é o momento que tu mete um caô e vaza.

Laís: Por que eu faria isso?

Ph: Eu que te pergunto, pô.

Laís: Me fala sobre você então, ai eu te digo que eu vou embora ou não.

Ph: Jae então.

Ph: Meu coroa era dono do alemão, morreu eu era menor, minha coroa deu um suado pra criar a mim e depois entrou a Nanda na parada. Com 19 anos entrei de frente

Laís: Então, você é dono do alemão?

Ph: E tu vai entregar?

Laís: Não.. poderia, mas não vou.

Ph: E por que?

Laís: Você me transmitiu confiança, então, eu vou ser bem transparente contigo.

Ph: Manda, pô- ele riu fraco.

Laís: Sou filha do Tenente da polícia, Ricardo.- falei receosa.

Ph: Caralho irmão, onde que eu meti -ele passou a mão no rosto.

Laís: Relaxa, eu não vou te entregar.

Ph: Tu me garante isso?

Laís: Garanto, tu tem minha palavra.

Ph: Tu não me entrega e eu não faço nada contigo

Laís: Como eu sei que você tá falando a verdade?

Ph: Eu não tenho motivo pra fazer nada contigo pô, não sou um monstro, fica suave.

Laís: Se depender de mim, meu pai não vai saber nada de você. Ele mal sabe sobre mim, quem dirá com que eu ando.

Ph: Relação ruim?

Lais: A pior possível.

Ph: Bora entrar.

Ele deu a volta e entrou no carro, pensei por 3 segundos até abrir a porta do carona e entrar também.

Ph: Tem irmã ou irmão?

Laís: Tenho uma irmã, a Sasha e você?

Ph: Nanda.

Laís: Aah sim.

Ph: Qual foi do lance ontem? Lá na praia, tu tava chorando pra caralho.

Laís: Não quero falar disso.

Ph: Jae, to ligado que é barra falar sobre nossos demônios.

Laís: Você não tem noção do quanto.

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