Andressa olha e sorri para Durca, tentando dar a volta na mesa e chegar até a mesma.
- Não importa quem ela seja, deixa eu te lembrar como uma mulher real faz, benzinho. - tenta beijar Durca.
Durca, simplesmente, a segura pelos braços.
- Não lembro de ter te dado algum espaço ou alguma liberdade, saia da minha sala, da minha casa, da minha vida ou de qualquer outro lugar que você tente. Aliás... se quiser continuar a ter sua vidinha, volte imediatamente para o buraco de onde saiu. - diz Durca, levando Andressa até a saída de sua casa.
Assim que Durca fecha a porta, suspira aliviada de olhos fechados, mas ao abrir.
Dá de cara com Marina lhe encarando.
- Como você está?
- É realmente tudo verdade Durca? Ele se foi? - pergunta Marina com os olhos brilhando pelas lágrimas.
- Sim, mas você precisa se manter calma, ficou muito tempo dormindo, sabe, você precisa entender que isso acontece. Infelizmente. - diz Durca levando Marina até o sofá da sala.
- Quero ir ao velório de meu pai, ao menos me despedir. Tenho as coisas da casa dele a resolver... ahhh.... - Marina suspira desolada.
- Por ordens médicas, você não pode, além do mais... já cuidei de tudo. - falou Durca.
Ela só não esperava o que vinha a seguir...
Um tapa bem estalado em seu rosto.
- Como você tem a capacidade de fazer escolhas que envolvem minha vida sem falar comigo? São as coisas do meu pai! É o corpo dele! - exclama com raiva Marina.
- Eu não podia deixar o corpo dele parado até você ficar bem, comprei uma casa para você e as coisas mais importentes dele estão lá, cuidei da namoradinha dele, ela nunca mais vai aparecer, entenda que eu só quero o seu bem, quero cuidar de você, realmente fiquei mal com tudo que aconteceu Marina, me desculpe, só queria diminuir o fardo pra você.
- Não Durca! Você é acostumada a ter tudo que quer, na hora que quer, mas minha vida não é uma coisa que você manipula a hora que quer! Eu sou uma pessoa e eu tenho o direito de escolher o que fazer, quando e como, não é porque sou pobre e você rica que tem o direito de se meter na minha vida. Isso tudo é culpa. Culpa por eu estar com você quando tudo aconteceu. Mas saiba que a partir de hoje eu não trabalho mais para você. Quero o dinheiro da venda, não quero a casa que comprou para mim. Eu quero minha vida com as minhas escolhas. Não com as escolhas que a senhora vida pronta fizer. Perdi meu pai, nunca vou me perdoar, mas não perdi minha personalidade.
- Mas Marina eu só quis ajudar... Por favor... tente... Eu jamais faria isso para tentar te controlar...
- Menos papo Durca, não estou afim, vai me dar o dinheiro ou não? Quero sair logo daqui.
- Ok. Espere eu assinar o cheque. - diz Durca se encaminhando ao escritório.
Durca entrega o cheque a Marina, a mesma pega o cheque e diz:
- Eu gosto de você, mas não aguento isso, sou uma pessoa totalmente saudável, não uma inválida. - E sai sem deixar espaço para contestação.
Durca fica olhando o espaço vazio e imaginando o quão geniosa essa mulher é. Mas isso a faz mais admirável ainda. Sua vontade de ver ela ajoelhada a seus pés. Nada compara. Ela ia a ter. Fosse como fosse.
Mas o que Durca não percebeu, seria as mudanças. Que ela própria teria que passar. Ela achou que Marina ia voltar.
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Nosso Show Completo (EM REVISÃO)
AléatoireUma ama loucuras, com uma vida pronta, sem complicações ou questionamentos. A outra tem dedicação total as pessoas a sua volta, não viveu nada, ou quase nada, no seu interior vive a famosa chama. Um amor louco? Arrebatador? Ardente? Tudo pode flores...