Tudo era um sonho

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Avisos: Esse livro ainda não foi revisado e pode/contem erros ortográficos.


Me chamo Diana, tenho 25 anos e dois filhos que são a minha vida. Sou arquiteta e trabalho em uma construtora da cidade. Casei aos 20 anos como sempre sonhei, com o Richard meu grande amor. Nele encontrei amor, proteção, zelo, confiança e lealdade, tudo que sempre imaginei ter em um casamento. Pouco tempo depois, engravidei e então nossa felicidade estava completa. 

Até o primeiro ano de casados...

Em uma tarde voltando do trabalho muito cansada pelo peso dos bebes e toda rotina do trabalho, chego em casa e encontro o Richard com uma vadia na nossa casa em nossa cama. Fiquei transtornada, com toda dificuldade que já estava para caminhar, saí de casa as pressas totalmente destruída. 

Ligo o carro e sigo o mais rápido e responsável que consigo, para ficar o mais longe possível dele. Diversas ligações dele em meu celular, mensagens e até ligações da minha sogra (uma cobra), pego o telefone e ligo para Karen minha irmã. Não consigo falar nada sobre o que aconteceu, falo apenas para ela me encontrar numa cafeteria perto na saída da cidade. 

Começo a sentir umas dores, aliso a minha barriga pedindo para os bebes ficarem calmos que tudo já ia passar. Sento em uma das mesas, ainda sentindo dores não só físicas mas emocionais, ainda não acredito que ele foi capaz de fazer isso comigo.

-Diana, o que houve? Você parecia triste na ligação.

Minha irma chega na mesa que estava, bem no fim da cafeteria.

- O Richard... Ele... Ele...

Não consigo falar, apenas chorar.

-Ele me traiu, na nossa casa...

Karen fica sem reação, apenas senta ao meu lado e me abraça forte. As dores aumentam e sinto algo escorrendo pelas minhas pernas. 

-Diana, você está sangrando. Vamos para o hospital!

Essa é a ultima coisa que ouço antes de apagar.

Com dificuldades abro meus olhos e meu primeiro instinto é levar a mão até a barriga, bem, os bebes ainda estão aqui eu ainda posso senti-los. Olho para todos os lados do quarto branco com cheiro horroroso de hospital, vejo monitores ligados em minha barriga e procuro  Karen, não a vejo, mas ouço sua  voz ao telefone provavelmente falando com minha mãe.

A medica que acompanha a gestação entra no quarto e pela expressão dela, vem coisa ruim por ai.

-Olá Diana, como você está se sentindo?

Dr Maryane pergunta, anotando algumas coisas dos monitores.

-Como os bebes estão?

Pergunto aflita.

-Bem, eles estão bem. Porém, você esta perdendo liquido amniótico a o que coloca em risco a vida deles. Você ainda está com 35 semanas e o ideal seria esperar mais duas semanas. Precisamos monitorar vocês por algumas horas e se tudo correr bem vamos conseguir segurar até a semana 37.

Ela ajusta o soro e sai.

Faço uma oração pedindo a Deus que nos ajude, meus filhos são tudo que tenho. 

Ouço algumas vozes alteradas e a porta abre, entra o Richard com o rosto machucado, meu cunhado limpando a mão com o possível sangue do meu marido e minha irma irritada com eles.

-Vocês poderiam escolher outra hora e local para brigarem  e não em um hospital com a SUA ESPOSA (ela aponta para o Richard) que é SUA CUNHADA (aponta para o Brad) está debilitada e com duas crianças na barriga.

Eles baixam a cabeça e o Richard se aproxima.

-Vocês podem nos dar licença.

Ele pede com a voz mansa. Karen me olha como se perguntasse se estava tudo bem, e eu concordo com a cabeça. 

-Diana, eu vim para te  pedir desculpas.

Ele senta na cadeira ao lado da cama e segura minha mãe, eu recuso o gesto de carinho.

Ele fala muitas coisas e ainda que foi um erro grande, que nunca mais iria acontecer. Que nosso relacionamento esfriou um pouco por causa da gravidez, mas que ele estava arrependido. De certa forma ele tinha razão, devido ao cansaço do trabalho e a fadiga da gravidez mal conseguia dar conta da casa e nem atenção a ele.

Conversamos muito e apesar da raiva e do desgosto que estava sentindo, eu tive um pouco de culpa com o que aconteceu, eu não cumpri bem meu papel de esposa.

-Eu amo você e amo nossa família. Vamos superar isso juntos.

Richard me dar um beijo na testa e alisa a minha barriga.

E tudo estava bem, apesar do dia caótico pude descansar um pouco no hospital e no dia posterior já estava indo para casa e deveria ter repouso absoluto.

Chamas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora