🐾Capítulo 45

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📑Boa leitura😘


Davi

Sim, eu os segui! Ainda não estava acreditando no que estava bem a minha frente, ainda estava achando que tudo não passava de uma ilusão, ou apenas um mal entendido. Ela não poderia ter colocado outro em meu lugar em tão pouco tempo, ou poderia?

Eles seguiram para uma outra casa, não foram para a que morávamos. Ao menos isso. Ainda fiquei um bom tempo observando, verificando se ela sairia de lá, mas não. Naquele mesmo dia voltei a nossa casa, queria ver como estava o lugar, mesmo sem saber como entrar. Ao chegar lá, para minha sorte, ao forçar a porta ela abriu. Entrei e me deparei com o lugar exatamente do mesmo jeito que me lembrava.

Segui até nosso quarto e não encontrei nada além de algumas peças de roupas dela. Sai dali seguindo pelos outros cômodos, entrei em um dos quartos de hóspedes, o que imaginaria ser futuramente o quarto do nosso filho ou filha. Não havia nada além de um armário com todas as minhas coisas, até mesmo a jaqueta de couro que eu adorava.

Sem pensar a peguei e saí dali, voltando para a casa na qual estava instalado. Passei alguns dias seguindo Sophia e sempre o caminho era o mesmo, exceto algumas vezes que ela foi até um hospital. Sempre acompanhava sua hora de saída da clínica, esperando encontrar um bom momento para me aproximar. Até que esse dia chegou.

Ela não estava exatamente sozinha, tinha como companhia o mesmo cachorro das outras vezes, mas fora ela mais ninguém. Como sempre a segui e ela tomou um caminho diferente, o da nossa casa. Parei o carro distante da casa, mas ainda assim tinha uma boa visão dela saindo do seu carro e entrando na casa acompanhada do cão. Será que havia o adquirido depois de eu ter desaparecido? Pensei. Ela sempre quis ter um. Se dependesse dela, nossa casa seria cheia de animais, cães em especial.

Observei mais um pouco, estava tão certo de que aquele seria o dia perfeito para me revelar que comprei até um buquê das rosas que ela mais gosta, ou gostava. Espero que ainda conheça um pouco dos seus gostos. Peguei o mesmo, que estava no banco do carona e quando estava saindo do meu automóvel, outro estacionou logo atrás do carro de Sophia. Esperei por um momento, imaginando ser o seu atual companheiro, mas ninguém saiu do carro, me aproximei e reconheci a mulher que estava no banco do carona, era Regina desacordada.

Na direção do veículo um cara que parece não ter notado minha presença, ele estava no celular e falava algo sobre "estar de olho". Aquilo me alertou, como se estivesse à espera do ataque do inimigo, na mesma hora imaginei que ele estava falando de Sophia, mas o que estaria fazendo com Regina?

Assim que ele desligou a ligação, ainda sem perceber que eu estava por perto, abri a porta do seu lado, segurei-o pelo colarinho e o puxei para fora do carro, empurrando-o contra o mesmo.

— Por quê está atrás da minha mulher? — perguntei baixinho, porém com o tom de voz ameaçador.

— Sua mulher? — perguntou meio sufocado.

— Responda! — exigi.

— Quem vai me obrigar? — perguntou no mesmo momento que senti o cano da arma em meu estômago.

Ah não, outra vez não! Pensei e agi rapidamente. Não era o certo a se fazer, eu sei, mas não permitiria que aquilo acontecesse pela segunda vez, muito menos correr o risco de surgir na frente de Sophia morto de verdade. Segurei sua mão que estava com a arma, felizmente não estava engatilhada, bati contra o carro, logo ele a soltou, então lhe dei um soco, ele tentou revidar mas não conseguiu. O homem se desvencilhou de mim no mesmo instante em que um carro estava passando por onde estávamos. Ele rapidamente entrou no veículo, que nem ao menos chegou a parar direito, e saiu cantando pneu.

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