Com um largo sorriso estampado em sua face, Donghyuck - Haechan, para os íntimos - se aproximava de seu hyung, esse que não tirava os olhos de seu game boy. Ao perceber que nada importava para o mais velho, além daquele aparelho, puxou o brinquedo da mão do outro. Mark já sabia quem tivera puxado o game boy de sua mão, afinal, ele conhecia Haechan mais do que a mãe dele; mas isso não o impediu de ficar com raiva do amigo.
— Hyuck! Me devolve! — exigiu vendo o mais novo guardar seu game boy dentro da própria mochila.
— Não. Você só fica jogando e nem dá o cu 'pra eu cheirar! Eu sou invisível para você, Mark Lee?! — falou fazendo o mais velho negar com a cabeça e sorrir minimamente.
— Vamos, pare de falar besteiras. Você não é invisível. — após sua fala foi possível ouvir o barulho do sinal ecoar pela biblioteca, anunciando o início das aulas.
[...]
A manhã já estava na metade e Donghyuck estava muito longe da metade de relatar suas fofocas. Apesar de detestar fofocas, Mark escutava atentamente cada palavra que saía da boca do moreno. Na verdade, o canadense estava focado nos lábios avermelhados de Haechan.
A vontade de experimentar o sabor dos lábios de Donghyuck, era mais real que a existência dele na Terra. Mark sabia que esse desejo nunca iria ser realizado. Não por Haechan negar, mas sim por medo de perder uma amizade construída por anos, longos anos de pura amizade e diversão. E para destruir essa relação só precisava de um selinho. Jogar esse sentimento fora era a melhor opção para Minhyung, mesmo que ele sofresse, o importante é que Hyuck estava feliz.
— Hyung? Eu não sou espelho, só para você saber. — falou tirando Mark do seu transe.
— Eu sei disso. Vamos matar aula? Não tenho vontade de estudar nem que me dessem mil reais. — disse logo sendo puxado pelo coreano até a sala de aula, onde eles pegariam seus materiais.
Mark só queria ser sortudo que nem aquele pirulito que permanecia na boca de Donghyuck. Mas preferia esconder isso no fundo de sua mente criativa.
Já com tudo pronto, os dois pulavam o muro calmamente. Mark não ia se perdoar se Hyuck se machucasse, então iria fazer de tudo para que ele não ficasse com nem um arranhão se quer. Era como se ao bater os olhos em Donghyuck, logo ativava o modo protetor de Minhyung. Fora do local, Mark pôde relaxar.
— Hae, eu sei que você é o mestre dos concelhos, então acho que vai conseguir ajudar um amigo meu. Você pode? — perguntou meio apreensivo, já que o conselho iria servir para si mesmo.
— Desembucha.
— Assim, tem um amigo meu que queria, pelo menos, um selinho do amigo dele. Só que ele tem medo de perder a amizade que ele ralou muito para conseguir. O que ele faz? — após sua fala, Donghyuck o encarou com cara de quem não acreditou nesse papo furado, mas logo respondeu.
— Ele deveria acabar com esse desejo rápido. Se ele tem a amizade do amigo faz tempo, então ela 'tá muito forte e não vai ser por causa de um beijo que a casa vai cair. — ditou tudo enquanto pensava em mais alguma coisa para ajudar o falso amigo de Mark. — Diz para ele que é para ser gentil, porque se ele for logo beijando vai desmoronar tudo. Quem não gosta de 'boiolisse? — disse soltando uma risadinha no final.
— Oh grande, Lee Donghyuck, meu amigo lhe agradece. — apesar de tentar ser descontraído, sua mão suada entregava o nervosismo.
Sem nenhum assunto para discutir, calaram-se. O canadense estava meio constrangido, mas tentou seguir normal, o que era um desafio. De longe dava para ver a residência de ambos, isso fazia Mark suar frio. Haechan abria a porta de casa quando o amigo tornou a falar.
— Err... Hyuck... E-eu
— Você..? — o incentivou a continuar.
— Nada, não, coisa minha.
— Desembucha. — falou cheio de curiosidade, enquanto Mark respirava fundo.
— Não sei se consigo. — disse se aproximando do coreano, esse que já esperava o que viria depois. — Eu não quero te perder... — as lágrimas invadiam seus olhos e numa velocidade lenta escorriam pelas suas bochechas. — por causa de um desejo infantil.
— Nós esperamos isso por muito tempo. Faça o que você queria fazer desde o principio. — sussurrou rente aos lábios alheios. — Acabe com essa distância, hyung... — seu braço rodeava o pescoço do outro enquanto era segurado pela cintura. Ficaram ali por pouco tempo, mas o suficiente para que Mark conseguisse coragem o suficiente.
— Promete não me abandonar?
— Prometo.
Não estava de noite, muito menos chovendo, mas o momento estava romântico, como em um clichê. Alguns segundos depois da fala de Donghyuck, Mark pôde desfrutar dos lábios cheiinhos de Hyuck. O universo tinha finalmente se rendido ao casal que ainda iria se tornar verdadeiro.
Mark poderia tirar a prova de que aquele maldito doce tinha feito efeito. E assim foi. Ambos queriam isso, mas as vezes coisas nos impedem de fazer o que já está pronto para ser feito. Agora nada os impedia. O gosto que Minhyung previa era o mesmo que estava a saborear, um gostinho viciante que pegou o canadense de jeito.
Seus lábios se encaixavam tão bem, se moviam um pura sincronia, e em puro amor que exalava dali. E Mark tinha chegado a conclusão de que o doce de cereja era tão eficaz quanto o medo de perder Hyuck.
𝙔𝙤𝙪𝙧 𝙡𝙞𝙥𝙨 𝙖𝙧𝙚 𝙨𝙤 𝙨𝙬𝙚𝙚𝙩
hehe, não ficou tão bom quanto eu imaginei, mas eu boiolei. Espero que alguém tenha gostado e que tenha se sentido confortável enquanto lia.
Obrigado pelo carinho... Stay gold
@iwantsomemilk_ , te marquei!kkk
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Your Lips⋆˚.markhyuck
Fanfiction"Onde a única coisa que Mark queria era poder sentir qual era a sensação de beijar os lábios de seu amigo. Se aquele pirulito, que nunca saía de sua boca, tinha feito efeito". © 𝗺𝗼𝗼𝗻𝘀𝘂𝗴𝗮𝘀𝗻𝗼𝘄 ⋆ 𝗻𝗰𝘁 2020