capítulo 46

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O que dizer quando se passa um mês da morte da pessoa que ama? Consegue superar? Ou eu sou o único que não consegue esquecer a ultima palavra que ela falou? Sentindo que parte de mim se fui com ela, levando toda a minha alegria.

O som de trovão ecoou pelo quarto me acordando um tanto aturdido, sentei-me na beira da cama e olhei através das cortinas para ver como estava o tempo, chuvoso pelo terceiro dia consecutivo. O dia mal havia começado e já estava horrível, pra começar, acordei atrasado pra escola então me permiti faltar hoje, outra, tive pesadelos e mais uma alucinação dela. Tentei esquecer isso. Peguei meu celular sobre a cabeceira da cama e liguei a tela, vendo três chamadas perdidas de Ned, dei de ombro e vesti uma roupa quente.

Fui até a cozinha para tomar café da manhã e encontrei May bebendo seu chá matinal. Ao me ver, May sorri brevemente, voltando a dar um longo gole no chá que parecia estar quase fervendo. Sorri para ela indo pegar uma xícara.

- Está de folga hoje? - perguntei enquanto derramava o liquído marrom na xícara.

- É, e você? Se atrasou? - ela perguntou sem olhar para mim, eu assenti. - Entendo.

- Vou ir no complexo hoje, ver como andam as coisas, estou longe de tudo faz um bom tempo - comentei dando um gole no café.

- Claro, quer que eu te leve? Vou ter que ir ao mercado. - ela sugeriu e eu sorri demasiadamente desanimado.

- Quero sim, obrigado.

Com os meus fones nos ouvidos, esperava pacientemente tia May chegar ao complexo, o trajeto fui totalmente em silencio. Ainda caia alguns raios entre as nuvens, iluminando as mesmas, deixando o dia ainda mais desanimado.

Senti a May tocar meu ombro, me virei um pouco assustado para ela.

- pronto querido - ela falou olhando para mim.

- obrigado.

Fui até o portão apertando o interfone, e logo ouvindo a voz robótica de sexta-feira ecoar.

- Senhor Parker, deseja ser anunciado?

- não obrigado - respondi educadamente e vi o portão se abri, rapidamente adentrei o terreno.

O caminho era longo até o prédio, havia parado de chover mas ainda continuava nublado e até mesmo frio. Estava um tempo ótimo para dormir até tarde, mas os pesadelos eram fortes, me revirávam o estômago e, consequentemente, me tirando o sono.

- que surpresa te ver aqui depois de um mês longe - a voz do mais velho foi ouvida.

Direcionei meu olhar para ele. Tony arqueou as sobrancelhas me analisando de cima a baixo.

- Parker, você está péssimo. - Tony falou selando a mão ao queixo.

Dei de ombro para o comentário.

- resolvi ver como andas as coisas. - falei com as mãos nos bolsos desviando os olhos para um ponto na grama.

 - falei com as mãos nos bolsos desviando os olhos para um ponto na grama

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The Strange daughter  - avengersOnde histórias criam vida. Descubra agora