For away from you

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"Mia pequena! - Disse minha mãe me chamando, caminho até ela a abraçando. - Quero te ensinar algo novo hoje!

- Diz mamãe, diz! - Digo empolgada.

- Nunca acredite em uma pessoa completamente boa, nunca... porque essas são aquelas que irão te derrubar. - Ela disse"

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Acreditem ou não, Harry sumiu depois do tiroteio e por que eu ainda não sei onde ele está? Eu também não sei... na verdade, sua atitude de ter me salvado invés dele, me deixou perplexa... embora, eu esperasse isso de alguém como o Lucke, doce, gentil, sem ganancia e outros meros defeitos que Harry tem. Estou de repouso novamente mas, agora estou dentro da casa dos Gottschalk, o tiro passou de raspão em uma de minhas trompas uterina e saiu do corpo. Acreditem ou não, espantei a todos por chegar andando no hospital e calma, acho que a adrenalina me extasiou. Não pensem que não quero descobrir quem o fez e matá-lo mas, algo dentro de mim, indica que foi alguém da equipe do Lucke e o que mais me deixa com medo é.... Harry pode estar atrás de o matar.

- Sua comida. - Vitória entra, com sua feição cansada e ingênua mas, com seu sorriso no rosto e meu café da manhã em mãos, colocando sobre a cama.

- Espera. - Digo quando ela estava preste a sair. Ela retorna, sentando na beira da cama e me olha. - Onde está Harry? - Perguntei, esperando que ela soubesse onde ele estará.

- Eu vejo no fundo dos seus olhos que há algo com ele, desde que te vi pela primeira vez... o beijando na piscina. - Ela afirma, me fazendo engasgar e me entregando o copo de suco imediatamente.

- Ai! - Arfo pois, meu machucado, ainda doía externa e interiormente.

- Eu não sei onde meu menino está, meu coração sofre angustiado a cada noite em que ele não cruza aquela porta... - Diz ela distante. - Quando o vi, ensanguentado saindo pela porta...

- Espera. - Digo afoita. - Você o viu, na noite do hospital!

- Sim, eu o vi e não fui capaz de impedi-lo. Ele fará uma grande besteira. - Ela diz.

- Ele falou alguma coisa para você? - Perguntei.

- Não, ele apenas me olhou, com os olhos marejados mas, a sua expressão era de ódio. - Ela levanta, percebo que enxuga rapidamente uma lágrima e sai do quarto. Preciso falar com Lucke!

Levanto da cama, devorando rapidamente que ela me trouxe e virando o copo de suco. Tomo um banho, refaço o meu curativo com cuidado e visto uma calça preta, uma blusa branca qualquer e acho uma jaqueta preta e tênis branco. Seco meu cabelo rapidamente e saio pela porta. Ao descer as escadas vejo que Joe estava na sala trabalhando em seu computador, ele me olha de canto de olho:

- Tem um homem no portão, querendo falar com você! - Ele diz e afirmo.

Caminho serena até o portão vendo que não havia ninguém e então, vou a caminho da calçada para pedir um táxi e sou surpreendida por um carro preto que para quase encima de mim:

- Ei! - Digo brava, me afastando e sentindo meu ferimento doer pela brutalidade que me afastei do automóvel. Vejo homens de preto saírem em conjunto vindo me segurar, chuto um que se afasta, um tenta segurar meu braço e o empurro. - ME SOLTA!! - Alguém que não vejo, vem por trás de mim colocando um lenço em meu nariz e boca e........

Meu corpo vai te encontro com uma superfície dura e fria, me fazendo acordar assustada e com dor:

- Arghhhh. - Arfo sentindo a dor do impacto sob meu corpo. Ouço a porta batendo e sendo trancada, corro em direção a porta tentando abrir e bato na mesma repetidamente forte. - ME TIREM DAQUI!!!!! - Digo gritando o máximo que podia. - VOCÊS PEGARAM A GAROTA ERRADA, ME SOLTEM... ME SOLTEM. - Sentia que estava perdida, vulnerável, qualquer coisa podia acontecer e iria, eu sentia dentro de mim que não ia ser nada bacana. - ME SOLTEM AGORA. - Gritei de novo, com todo o ar que havia no meu pulmão e sinto meu machucado começar a doer incontrolavelmente. Sento no chão devagar, levantando a blusa, estava muito escuro, não conseguiria ver se havia sujeira, se estava inflamado. Rasgo um pedaço da blusa, dobrando e colocando encima. - Ahhhhhh.... eu estou machucada. - Sussurrei pois, sentia que meu machucado estava me deixando mole e sem força. - Está infeccionado... por favor.

Sinto alguém abrir a porta atrás de mim, arrastando meu corpo, me fazendo sentir mais dor:

- Para, para.... Arghhhh. - Gemi de dor. A luz se acende e um homem me olha, a luz bate tão forte em minha retina que esquivo da luz, tampando meu rosto com uma mão e a outra ainda estava cobrindo meu machucado.

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS A MACHUCARAM! - Ele parecia bravo mas, sua voz era irreconhecível. Lembro-me de meu machucado e o olho, tirando minha mão e o tecido, vendo muito sangue.

- Socorro....me-me-aju-da. - Digo deixando lágrimas saírem do meu rosto. - Eu vou morrer a-qu-qui. 

- Peguem meu carro agora! - Ouvia o mesmo ordenar, o mesmo toca em mim e nem forças para ver seu rosto, tinha em mim. Quando percebo, estou em um carro em alta velocidade, começo a tossir, com uma grande vontade de vomitar.

- Preciso...preciso...vomitar. - Digo entre dentes, voltando a tossir. - Vai me matar no primeiro dia que me sequestrou? - Disse com dificuldades, arrancando risos do tal homem misterioso.

- Eu ia te matar sem nem ter te visto mas, resultou nesse machucado. - Ele quem atirou na boate.

- Então, me deixa na porta do hospital para morrer, valerá da mesma forma. - Respondo.

- Não... hoje não. - Sua voz está em um tom muito divertido. - Hoje que descobri que você é um ponto fraco do Harry Gottschalk, então vou me divertir um pouco.

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Assim que cheguei no hospital, me levaram para o centro cirúrgico, graças a uma grande força acima de nós que por dentro, onde a bala passou, já estava cicatrizado e apenas infeccionou por fora.

- Ainda com dor? - Ela entra acompanhada de uma enfermeira.

- Sinto a região dolorida mas, não quero sair daqui agora. - Nego, me encolhendo na cama.

- Tudo bem, podemos ir te medicando esta noite e amanhã vemos como o ferimento reagiu. - Ela afirma checando minha temperatura. - Quer que eu avise seu marido?

- Meu marido? - Perguntei. - É.... Não, não, estamos brigados. - Menti e percebi a enfermeira me olhando.

- Tudo bem Amanda, o que precisar meu nome também é Amanda. - Ela riu gentilmente e saiu deixando a enfermeira anotando algo na prancheta em seus braços finos e pálidos.

- Preciso que me ajude. - Disse a olhando, a mesma se espanta como um bebê. - Preciso sobreviver.

- Eu já sei que aquele homem não é seu marido, nada emocionado com sua infecção. - Ela da de ombros.

- Eu preciso que você encontre Caroline Gottschalk. - Digo. - Diga a ela onde estou e que preciso dela. Você encontra ela rapidamente na internet.

- Tudo bem, tudo bem! - Ela concorda e sai do quarto, então alguém entra. O homem que tentou me matar, que atirou no Harry e me fez parar aqui. Agora, vejo nitidamente seu rosto, barba a fazer, cabelos extremamente penteado e negros, em seus olhos, via claramente que faria tudo pelo o que quer... Porém, ele não sabe, quem sequestrou.








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