Tire esse bicho daqui!

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No interior da Paraíba, há lindezas que você não encontra em lugar nenhum.
Há histórias incríveis que variam de um romance entre um cangaceiro destemido e uma brava mulher no sertão a estranhos acontecimentos que ninguém nunca soube explicar.

"Só sei que foi assim"

Em Jacaraú, dois homens, donos de fazendas eram vizinhos e rivais. Eles viviam feito cão e gato, não suportavam olhar pra cara um do outro.

Seu Pedro, o dono da fazenda de suínos, morava só, pois nunca se casou ou teve filhos. Tudo o que ele tinha na vida era aquela fazenda e uma sobrinha, a qual ele tinha muito apego. Mas ela morava na cidade grande.

Já Seu Antônio, criador de cabras e bodes, tinha uma família grande. Morava com sua mulher e duas filhas (as mais novas que ainda não haviam arrumado casamento). Vez ou outra apareciam um de seus 3 filhos homens para o visitar e traziam na maioria das vezes a alegria daquele velho, os 7 netos que deixavam aquele senhor mais doce do que mel de abelha recém colhido.

Mas essa história tem um personagem tão importante quanto esses dois intrigantes fazendeiros. Esse na verdade é, se não, o mais importante desse relato. Um bicho capenga e todo mal cuidado, mais caía do que andava. Com os olhos arregalados e as penas sujas de tanto serem espojadas no chão, a galinha aparecia de repente nas fazendas daqueles dois concorrentes e sempre, sem cautela ou delonga, era expulsa a vassouras, pedradas, barulho. Qualquer artifício que tirasse aquele ser da visão, era usado por aqueles dois homens.

"Esse bicho aqui de novo. Mariana, espante a galinha pra mim, estou almoçando!"

A galinha corria de um lado para o outro. Seu pequeno mundinho se resumia em lugares embiocados que ela encontrava na fazenda do Seu Pedro e do seu Antônio. Que fatalmente, eram descobertos depois de um certo tempo, pois a inteligência daquele animal era, de fato, bastante limitada.

"Diacho de animal... Xô!"

E assim aquela penosa vivia. Correndo pelos cantos, caindo pelos buracos, comendo o que via na frente. De quando em quando Seu Antônio encontrava ela roubando a comida dos caprinos. O flagrante sempre acontecia quando ele estava em casa.

"Será possível? Não tô comprando ração pra alimentar esse bicho todo troncho. Mariana, se atente nela..."

[Notas de Kani (。•̀ᴗ-)✧]

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[Notas de Kani (。•̀ᴗ-)✧]

Obrigada por ler minha querida história. Essa é meu primeiro projeto arquitetado e (até que em fim) lançado e após este eu espero lançar muitos outros. Tô estourando de felicidade!
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[Fim]

A Sorte não foi da galinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora