Capítulo 17 - Máfia dos Patos

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Eles subiram aquelas escadas. Já estavam nos últimos andares da fortaleza de sucata. Eucrânio ia a frente de todos, vestindo seu manto negro e portando o cajado mágico ultra poderoso. Ele fez um escudo de energia branca para proteger a todos pelos corredores.

Shad ia logo atrás com sua Motosserra Vexatória e vestindo regata preta. Aneline andava ao lado do Cogumelo Guri. A garota tinha medo dele, pois era um adorável. E como todo adorável, andava feliz de um lado para o outro. Ane tinha medo de encostar nesse cogumelo. Ela vestia uma túnica roxa de elfo e portava seu escudo de coração.

— Estamos quase chegando — disse Eucrânio.

Eles estavam perto de ver toda aquela torre desabar, isso sim. Mal sabiam que os andares inferiores estavam todos em chamas, e que patos de borracha e elfos pulavam dos andares para se salvarem da fumaça.

Na água da banheira, em torno da torre, haviam vários seres malignos flutuando em boias e andando em pedalinhos para longe da torre que despencaria. Já nossos heróis queriam enfrentar algo antes de saírem dali.

No corredor que antecedia a sala mais alta, eles foram abordados por vários elfos. Seres lindos e maravilhosos de pele verde e cabelos azuis sedosos ou encaracolados. Eles vestiam túnicas roxas como as de Aneline, e carregavam cestos nas costas onde estavam goblins bebês. Monstrinhos de cor bege, orelhas pontudas e olhos grandes.

— Cuidado! — Assim que Eucrânio alertou, vários daqueles goblins tacaram bombas verdes que logo explodiram, emitindo um gás verde tóxico.

Eucrânio conjurou sua magia, rebolando e balançando o cajado. De imediato, aquele escudo de energia branco se expandiu e bloqueou a passagem das bombas. Assim que o escudo se desfez, o gás começou a se expandir lentamente pelo corredor.

Os quatro tentaram recuar pelo caminho, mas foram impedidos por mais elfos do outro lado, que bloquearam a saída.

— O que iremos fazer?! — perguntou Aneline, preocupada. A porcaria do gás verde a tinha feito desmaiar no Castelo das Loucuras, e também causou a morte do querido Besouro KPopper. Ela tinha tanta raiva daqueles elfos, tanta raiva... mas estava sem seus antigos poderes e sem uma espada. Era uma garota comum.

— Deixa comigo! — Eucrânio voltou a rebolar e balançar o cajado, em um movimento que remetia a idosos dançando nos bingos de domingo.

Várias bolhas foram feitas na cabeça de todos, para os protegerem do gás. Cada dupla deveria cuidar de um lado. Os elfos sacaram seus arcos de madeira e já começavam a disparar flechas de luz.

Aneline se pôs à frente de Shad, e usou seu escudo reflexivo. A túnica de elfo que a garota utilizava lhe dava sentidos aprimorados. Mesmo que ela não soubesse disso conscientemente, obteve agilidade o suficiente para usar seu escudo reflexivo de coração e deter aqueles ataques de seres adoráveis. Cada flecha batia em seu escudo e era absorvida para dentro dele.

— Se protejam! — alertou a garota.

Ao ver tal coisa, Eucrânio protegeu a si e ao Cogumelo Guri com alguns escudos de energia branca. O esqueleto conseguia repelir todos os disparos de flecha com escudos projetados.

Os goblins emitiam risadas safadinhas e já preparavam mais bombas para serem jogadas. Eucrânio fazia todo o trabalho pesado, detendo os elfos do seu lado do corredor. O gás já havia sido dispersado.

O Cogumelo Guri? Ele estava apanhando meleca do nariz, alheio a tudo que acontecia. Sua meleca era dourada repleta de esporos brilhantes altamente tóxicos e mortais. Ele limpou aquilo na roupa do esqueleto dançante ao seu lado.

Do outro lado, Aneline protegia seu companheiro vampiro, que por mais que estivesse salivando para estrear sua Motosserra novinha em folha, contava com a garota de cabelos crespos para lhe proteger dos ataques. O escudo de Aneline estava luminoso como um farol após absorver tantas flechas de luz.

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