1 • The Beginning

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Sabina Hidalgo

Sabina: EU VOU EMBORA DESSA PORCARIA DE CASA, NÃO AGUENTO MAIS ESSA DROGA DE VIDA - Gritei, indo em direção ao meu quarto e logo pegando uma velha mochila, onde procurei colocar o máximo se roupa que conseguia.

Fernando: SABINA HIDALGO, VOLTA AQUI, VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM - meu pai gritou de volta, vindo atrás de mim

Sabina: Ah não vou papai? - falei com ar de deboche - E quem vai me obrigar a ficar? - Disse colocando a mochila nas costas, com toda coragem do Mundo junto à mim, pois meu pai era praticamente meu dobro, poderia me impedir com facilidade só. Mas ele apenas ficou me encarando não acreditando que sua "menininha" havia se tornado inconsequente - A questão é - continuei a falar - Eu não fico nem mais um segundo de baixo do mesmo teto dessa vadia, que você trouxe pra casa e ainda chama de mulher.

Fernando: Sabina, querida... - meu pai tentou se acalmar - Você está sendo injusta com Cindy, ela é como uma mãe para você - Senti vontade de vomitar e me sangue esquentar como se eu fosse explodir a qualquer momento, mais do que eu já havia.

Sabina: NUNCA MAIS - gritei. Mas logo respirei fundo tentando voltar à um tom aceitável de voz - Nunca mais mesmo, compare essa biscate com a minha mãe, aliás que Deus a tenha - falei pois minha mãe havia morrido quando eu tinha apenas 10 anos, e quando eu completei 14 meu pai conheceu Cindy, fazendo minha vida virar um inferno - Minha mãe era uma mulher digna, não precisava se aproveitar de ninguém para se dar bem na vida, eu cansei pai, de ver você sendo feito de idiota. E também cansei dessa vadi... - me seguro para Não falar "vadia" - Mulherzinha, tentando tomar o lugar da minha mãe, e me tratando com nada. Ela realmente conseguiu o que queria, eu vou embora. - Cindy observava tudo, as vezes dava até para ver um sorriso vitorioso saindo de seus lábios, mas rapidamente voltava a se fazer de vitima. Eu odiava meu pai sendo feito de idiota, ela só queria seu dinheiro. Ali eu não ficava mais, eu estava cansada de tudo isso.

00hrs30min. Eu realmente não sabia para onde iria nessa hora, mas resolvi arriscar, meu pai tentou me impedir. Porém, ao mesmo tempo que ele era mais forte que eu, eu era mais rápida. Na minha mochila, que agora, pesava em minhas costas enquanto eu andava pelas ruas um pouco mal iluminadas do meu bairro, haviam algumas peças de roupas, coisas para higiene e um pouco do dinheiro da minha mesada. Eu estava quase me arrependendo, com medo e com frio, apenas eu e minha insegurança. Pra onde eu iria? Droga.

Até que me veio a cabeça um apartamento que meu pai possuía, porém ficava um pouco longe, eu planejava pegar um táxi e pagar com o dinheiro que havia em minha mochila. Enquanto pensava comigo, passei por um grupo de garotos. Se eles não tivessem feito gracinhas, eu nem perceberia.

Xxx1 (Urrea): Ei garota. Isso é hora de princesinha estar na rua? - continuei andando o mais rápido possível, mas podia ver que eles estavam me seguindo.

Xxx2 (Krys): Qual é gatinha?!? Vai mais devagar, rápido assim só na cama - os garotos riram e até onde deu pra ver haviam 4, não pude ver muito, o medo me impedia de olhar para atrás, em minha cabeça eu só conseguia pensar "Continue Andando".

Xxx3 (Josh): Olha Krys. Eu acho que ela está com pressa hein?!? - um garoto com uma voz maravilhosamente rouca falou e, logo começou a rir.

Xxx4 (May): Ei delícia não corre não. - falou um dos garotos, não fazia ideia de quem se tratava. Eu estava morrendo de medo, confesso, mas ao mesmo tempo eu já estava me irritando com aqueles babacas e meus pés já estavam doendo muiiito de tanto eu andar rápido. Então, eu senti uma mão segurar meu braço com força.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 ↯ 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒅𝒂𝒍𝒈𝒐 (ℙ𝕒𝕦𝕤𝕒𝕕𝕒)Onde histórias criam vida. Descubra agora