If you wanna run away with me, I know a galaxy.

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Durante muito tempo eu me perguntei o que sentia quando estava ao lado de Hoseok.

Era uma sensação boa, eu me sentia seguro.

Mas não era só segurança, eu sentia algo mais que isso.

— Eu nunca mais vou beber na minha vida! - Ele diz tentando levantar da cama e cambaleando.

— Você disse isso semana passada, hyung.

Eu e Hoseok saíamos pra qualquer lugar de sexta à domingo já que no final de semana era impossível ficar na minha casa, meus pais brigavam entre si o tempo todo e quando paravam, brigavam comigo.

— Eu sei, ainda bem que você não bebe e me trouxe pra cá. Agora me dá um beijinho aqui. — Neguei e corri dele que veio atrás de mim ainda tonto por acabar de acordar.

— Você tá parecendo um zumbi andando assim. — Desisti de fugir e me rendi ao seu abraço que eu amava tanto e seus beijinhos pelo meu rosto.

— Eu tenho que voltar pra casa antes que meu pai brigue de novo, amor. — Desfiz do abraço procurando roupas minhas no armário.

— Ele brigou da última vez?

Não tinha contado à Hoseok que quando cheguei em casa na última semana meu pai me proibiu de mexer no celular e minha mãe disse coisas desagradáveis, nada que eu já não tenha passado antes.

— Não foi nada de mais, ele só pegou meu celular por alguns dias...

— Você disse que o celular tinha estragado. — Ele encostou o corpo no marco da porta e cruzou os braços.

— A-ah é, foi isso mesmo. — Praguejei mentalmente por gaguejar, eu não sei mentir pra ele.

Entrei no box e comecei a tomar banho evitando a conversa que eu sabia que não acabaria bem.

Embora eu trabalhasse e tivesse toda a autonomia necessária pra construir minha vida, meus pais faziam questão de decidir tudo. E não tenha nada que eu possa fazer, são meus pais.

— Esquece isso, tá? Eu volto na semana que vem depois do serviço.

— Você nem precisaria voltar se morasse aqui...

Girei a torneira cessando a queda d'água e suspirei, não posso me mudar para a casa de Hoseok.

— Eu não posso nem escolher minha própria roupa, quem dirá me mudar pra cá, amor.

Sua expressão de raiva mudou para triste, no fundo ele entendia.

— Prometo que um dia eu te tiro desse inferno tá bem?

Tentei mostrar que estava tudo bem por ele não poder fazer nada mas nunca consigo esconder meus sentimentos de Hoseok, ele sabe de tudo.

Coloquei o celular no bolso e a mochila nas costas sentindo seu olhar sobre mim.

— Não vai nem tomar café? Eu faço as panquecas que você ama e te levo de carro depois.

— Desculpa bebê, fica pra próxima.

Dei um beijo rápido e recebi outro no topo da cabeça, mais uma das coisas que eu amo em Hoseok, ele sempre fez questão de mostrar o carinho que tem por mim.

— Vai passar, eu te amo. — Suspirei o olhando nos olhos.

🌌

— Se divertiu com o seu namoradinho ou ele já cansou de você?

Esse era o tipo de coisa que eu costumava ouvir da minha mãe desde que assumi meu namoro, mas nunca fui inseguro e não me deixo levar.

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