Capítulo Único.

183 28 10
                                    

Eu estava na arena, Kakarotto olhava para mim sem entender o que eu pretendia ou o que tinha acontecido comigo.

Havia deixado o Mago Babidi tomar o controle sobre mim, para eu finalmente derrotar Kakarotto.

Meu coração estava dominado pelo ódio. Sim, esse era meu verdadeiro eu, minha verdadeira natureza. O Príncipe dos Saiyajins cruel e sanguinário, sem um pingo de sentimentos humanos. É esse Vegeta que eu quero ser. Não um verme sentimental, igual ao segunda classe que estava na minha frente.

Deixei meu orgulho de lado, me submetendo a deixar ser dominado, para adquirir poderes o suficiente para derrotar o verme insignificante de terceira classe.

Maldito seja Kakarotto, somente ao  pensar que ele já salvou minha vida...

Não, não posso aceitar isso. Vou derrota-lo hoje e conquistar meu orgulho saiyajin novamente.

Esse maldito me humilhou quando fui derrotado por ele, e me humilhou mais ainda quando se sacrificou para salvar as vidas na Terra. Salvando assim, a minha também.

Meu coração foi se acalmando durante esses sete anos. Achei que a Terra seria um belo lugar para viver, até uma família eu construí aqui.
Como? Como um guerreiro frio e cruel como eu se submeteu a isso?
Mas agora Kakaroto estava de volta e eu teria essa luta, nem que para isso eu...

Ergui meu braço e espalmei minha mão em direção a plateia – vermes malditos – e acumulo uma quantidade de ki equivalente para ter mais de uma centena de cadáveres ali.

- Nãoooooo! Vegetaaa! – O grito do verme de terceira classe ecoou no lugar quando a bola de ki vai em direção a arquibancada.

Escuto um grito feminino familiar em meio aos outros. Viro minha cabeça em direção ao grito e a vejo: Bulma sendo atingida junto aos outros pelo ki que eu lancei.

- NÃOOOO! - Gritei despertado.

Quando percebo, estou sentando na cama, com o corpo trêmulo, o coração acelerado e completamente desnorteado.

- O que foi, Vegeta? – A voz sonolenta me mostra que foi apenas um pesadelo.

Bulma sentou na cama coçando os olhos e tocou em meu ombro. Olhei para ela, estava tão linda...

Pegando-a completamente de surpresa a puxo para meu colo e a abraço fortemente. Ela arfou.

- Me perdoe, Bulma – sussurrei em seu ouvido.

- Hein? – Não podia ver sua expressão, pois, estava com o rosto enterrado em seu pescoço.

- Me perdoe por ter deixado o Mago Babidi me controlar. Me perdoe, por ter matado aquelas pessoas. Me perdoe... bem... me perdoe por tudo – disse de uma vez tirando aquele peso do peito.

Apertei mais o abraço.

Bulma afastou-se e colocou as duas mãos em meu rosto. Seus olhos azuis nunca deixaram os meus.

- Eu já o perdoei, Vegeta. – Sua voz continha uma doçura inigualável.

Como uma mulher dessas convive com alguém como eu? Mesmo ela sabendo do meu passado. Mesmo depois de todas as minhas falhas, ela está aqui. Comigo. Dormindo ao meu lado.

Ela nunca teve medo de mim. No começo achei que lhe faltava um parafuso, mas descartei essa possibilidade depois que vi sua inteligência. As coisas que ela construía. Ela mesmo fraca, tinha o espírito guerreiro. Era uma mulher forte, de personalidade forte.

Lembro-me da nossa primeira vez juntos, por Kami, como eu a desejava, como eu a queria. Seu cheiro, seu gosto, não saia da minha cabeça. Viciei nessa terráquea insolente rápido demais. Não conseguia ficar perto dela por muito tempo, senão a jogava na primeira parede que tinha, e a possuía no mesmo instante.

A noite eu ia ao seu quarto, não conseguia ficar mais longe do seu corpo. Na época, praticamente fugi de perto dela, fui para o espaço. Ela me distraia demais, e na minha cabeça, não conseguiria atingir o super saiyajin com aquela deliciosa distração na minha frente. Quando voltei, um filho nosso havia nascido.

Sim, o orgulhoso príncipe dos saiyajins era completamente apaixonado por essa terráquea.

- Por que você ainda está comigo? – Indaguei  num sussurro.

Precisava entendê-la, eu precisava desesperadamente saber o motivo dela me querer ao seu lado, mesmo depois de tudo que eu fiz.

- Porque eu te amo, Vegeta.

É inexplicável o que eu senti quando ela pronunciou essas palavras. Uma onda de sentimentos tomou conta de mim, como jamais imaginei que pudesse ser possível.

Agarrei sua cintura e a virei de costas na cama. Ela suspirou quando sentiu meu corpo em cima do dela.

- Que fique claro que eu só vou falar isso uma vez. Então me escute bem – anunciei com firmeza, e ela anuiu com os olhos vidrados nos meus. – Eu também te amo.

Antes que ela pudesse processar o que eu falei, beijei seus lábios com paixão, movendo minha boca na sua com fervor, sentindo sua língua tocar a minha enquanto meu sangue fervia.

Iria mostrar à ela como eu a amava, não apenas com palavras, mas de outra forma, e mostraria essa noite...
___________
Notas Finais:
Gente, vocês acreditam que tinha me esquecido dessa one. Faz tanto tempo que eu escrevi 🤣🤣🤣 e em primeira pessoa, quem diria 🤦🏼‍♀️🤣
É curtinha, eu sei, e deixa a muito a desejar parando justamente na parte em que Vegeta iria dar sua prova de amor 😈 mas às vezes eu gosto de ser má 🤣🤣🤣
Então é isso.
Kiss ❤️😘

Majin VegetaOnde histórias criam vida. Descubra agora