Criminal Love [noany] HIATUS

03; Hope

AVISO!!! Neste capítulo contém cenas explícitas de depressão, pensamentos suicidas e tentativa de suicídio. Se você é sensível ou sente gatilho ao ler esse tipo de coisa NÃO LEIA!!! Quando começar a parte do Noah, pule para o final ou nem sequer leia. 

Obrigada

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Any Gabrielly

Desejo e necessidade para matar.

É isto o que um psicopata ou um sociopata sentem. Pessoas com esses transtornos não conseguem viver sem fazer o mal, principalmente os psicopatas, que necessitam matar alguém para viver tanto quanto um ser vivo necessita de oxigênio para respirar.

Um sociopata é alguém antissocial e que não consegue compreender os sentimentos alheios. Não têm empatia, apesar de conseguirem sentir remorso. São manipuladores e sempre conseguem o que querem. Já os psicopatas, são uma versão mais perigosa dos sociopatas, não sentindo remorso algum ao fazer o que fazem.

Alguns jornais e policiais que rodam o mundo inteiro tentando me pegar costumam dizer que sou uma psicopata doente que mato pessoas por prazer, mas eles não sabem da principal diferença entre mim e um psicopata.

Eu odeio matar pessoas.

Não acho que ninguém tenha o direito de tirar a vida de um ser vivo, mesmo que não seja humano. As vezes, não vou mentir, tem algumas pessoas que não fazem eu me sentir culpada por matá-las. Mas esses casos a parte são de pessoas que já fizeram tanto mal que talvez mereça um pouco do sofrimento. Mas, mesmo assim, eu nunca concordei com esses assassinatos e não os faço porque quero ou porque acho legal ter o passatempo de matar pessoas, faço porque não tenho escolha. E é por isso que sempre que recebo uma nova missão, uma nova presa para perseguir e matar, eu não fico nem um pouco animada e muito menos ansiosa.

Mas dessa vez foi diferente.

Não que eu estivesse ansiosa para matar o tal filho perfeito do presidente, longe de mim. Eu estava ansiosa para "conhecer" o garoto e descobrir mais sobre ele. Descobrir porque todo mundo baba o ovo dele como se ele fosse a última bolacha do pacote.

Coisa que não me agradava porque eu nunca gostei da última bolacha do pacote.

Mas, por algum motivo, eu não conseguia controlar meus dedos tremendo de ansiedade enquanto eu movia o mouse para finalizar o último passo para ter total acesso a deep web no meu novo computador tecnológico da NASA. Respirei fundo e abri a embalagem do pirulito que eu tinha em mãos, o colocando na boca antes de abrir a página da deep web e digitar o nome do meu alvo na barra de pesquisa. Noah Urrea.

Quase cuspi o pirulito em cima do meu notebook quando as imagens do garoto apareceram na tela.

Cliquei na primeira imagem e a coloquei em tela cheia. Era uma foto simples, ele parecia estar indo para alguma festa. Camisa azul florida, primeiros dois botões abertos mostrando parte de seu peito levemente definido, uma gargantilha com um pingente circular no pescoço, cabelos castanhos, olhos verdes como um gramado bem cuidado e um sorriso que me causou coceiras no estômago.

Agora entendi porque Krystian falou tão bem desse menino. Ele realmente é lindo. Fiquei observando aquela foto por mais tempo do que eu deveria, até me dar conta do motivo real para eu estar olhando aquela imagem. Salvei a foto e a fechei, voltando para as outras informações que eu poderia obter ali.

19 anos, mora com os pais, não faz nenhuma faculdade, largou o ensino médio pela metade para se dedicar a sua carreira na música, estrela da música do momento, cresceu tendo tudo do bom e do melhor, amado pelo povo estadunidense, pelos amigos e pelos pais.