Monique vivia uma vida pacata e comum em Nova Iorque com seu cachorrinho Luke, até ser quase atropelada por um certo marmanjo com um carro ridiculamente lindo. Mesmo sendo arrogante, conversar com ele pode até ser legal. No que será que isso vai dar...
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Saio do táxi me sentindo um pouco pensativa, não falei uma palavra durante todo o percurso. Ainda posso ouvir as palavras do Matt repetindo em meus ouvidos.
Meu irmão pode te ajudar.
Seu irmão, Daryl Ortega. O cara que quase me atropelou com o carro, o cara cujo carro quase roubei e também, o cara com quem eu falei um monte de besteira.
O mesmo cara que o Matt me alertou na outra noite no Starlite.
Se já não estava lascada antes, hoje estou e com jeito.
Não tenho tempo a perder, ele passa rápido e meu irmão mais novo precisa de mim agora, mais do que nunca.
Mais cedo havia ligado para o Jason, estou indo lá vê-lo.
Eu ando pelo jardim do hospital, antes de entrar, indo até o seu quarto. Fico do lado de fora, pensando no que vou dizer a ele.
Não consigo me ver mentindo para ele, diante das circunstâncias. Jason não é mais um garotinho, precisa saber o que está acontecendo.
Respirando profundamente, abro a porta.
- Oi, Mana!
- Ei - murmurei.
- Você parece triste, está tudo bem? - Seu rosto foi tomado por preocupação ao notar meu leve desânimo.
- Sim, estou bem. E você, como está? - Assegurei, forçando um sorriso para disfarçar meus verdadeiros sentimentos.
Ele não responde e olha pela janela enquanto o observo discretamente. Ele não só ficou machucado fisicamente, como mentalmente. Olhando para mim de forma incerta, Jason parece hesitante em falar, quase como se estivesse envergonhado.
Triste em vê-lo assim, tento aliviar a tensão da melhor maneira.
- Aquela comida do hospital não parece muito boa de cara, quer que eu compre algo que você goste? - Me sorrindo minimamente, Jason abana a cabeça como se estivesse a lembrar de algo.
- Não precisa, obrigado. Por mais que eu não goste, preciso comer para manter o peso.
- Já que insiste, quem sou eu para questionar. - Ergo as mãos em forma de rendição. - Estou com uma vontade enorme de comer um hambúrguer cheio de queijo derretido, pensa só. - Provoco-o porque sei que essa é sua comida favorita.
- Golpe baixo, Monique! - Nosso pequeno conflito gerou algumas risadas, mesmo que bobas, mas muito sentimentais.
- Mas me conta, vai. Como está se sentindo? Sua bunda já virou farofa de tanto ficar deitado, ou pior? - Tento abordar meu irmão, que agora tem um humor melhor que antes, aparentemente.
Seus olhos rumam para outro lugar que não seja eu, novamente, então estes escurecem como se estivesse a entender.
- Você sabe que não precisa esconder tudo de mim, eu te conheço o bastante Jason.
