Eternamente Interligados por Vosso Amor

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Oi, oi galerinha! Venho aqui com minha primeira aparição no Kiribaku Month! Espero que gostem, boa leitura!!

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O amor de Kirishima Eijirou e Bakugou Katsuki sempre fora imenso, tal como o universo ou a veracidade de suas forças. Apaixonados desde o colegial, nada parecia vencer-lhes a vontade de se amarem e de se completarem. Na adolescência, seus amigos costumavam dizer que eles eram a parte que os completavam, nessa época, Eijirou inflava as bochechas e dizia:

—Nada disso! Isso não soa másculo! Bakugou não tem nada para o completar, pois ele já está totalmente completo. Eu simplesmente o transbordo. —Ao dizer isso, Ashido, amiga do casal, costumava pular e declarar como soava romântico, quando Bakugou somente fazia pequenas explosões nas pontas dos dedos e dava petelecos na cabeça do namorado, dizendo:

—Você é tão completo quanto eu, idiota cabelo de merda.

Quando eles se formaram na U.A, a maior escola de heróis do Japão, se tornaram uma dupla de pro-heros impecável. Se seus amigos, como Todoroki e Deku, tinham medo de se declararem um casal para o público, Bakugou fazia questão de lutar ao lado de seu amado e de o transbordar onde quer que estivessem, fosse em uma luta ou declarando possessivamente— para toda uma transmissão ao vivo— que o ruivo lhe pertencia. Nem mesmo ataques de vilões ou as adversidades da vida parecia ganhar de suas paixões e companheirismo.

A vida de ambos pareciam estar interligadas pelo fio vermelho do destino, especialmente quando, ao andarem de dedinhos entrelaçados, o calor parecia os envolver, como se comprovando a tênue linha que os fazia serem completamente perdidos um no outro: nas curvas, nos sorrisos, no peitoral, na bunda, nos olhos, no desejo, na necessidade de estarem juntos, de se tocarem e de estarem se amando a todo momento.

[...]

Muitas pessoas não acreditam quando alguém diz que o amor é eterno. Para muitos, isso não passa apenas de um blefe, algo simples e sem valor que pode ser remanejado ou substituído por outro, que pudesse ser, até mesmo, maior que o antigo. Entretanto, Kiri e Baku nunca pensaram assim, seu amor era eterno. Eterno como a água e sua terna lembrança, perpassando de corpo em corpo, ser em ser. Eterno como as incontáveis formas de arte, grafado desde palavras, ações e telas, até toques, pensamentos e sentidos que nunca se esvaem. A força de seu amor, bruto, másculo e doce ao mesmo tempo, os levou até a maioridade, os guiou pela vida adulta e os eternizou na velhice.

Bakugou, com seus fios ainda mais claros do que durante a juventude, ainda mantinha um corpo esbelto e em forma, mesmo com a chegada da velhice. Seus olhos ainda permaneciam atentos como os de um gavião e fumegavam como se pudessem te ler mesmo com o passar do tempo. Suas explosões ainda eram de tamanho estrondo e os fora da lei ainda temiam lhe encontrar na rua, mesmo que sua vida profissional estivesse menos ativa do que antigamente.

Como se seguisse os intuitos do corpo de Bakugou, embora com menor movimento de suas juntas e necessidade de fisioterapia ao chegar a velhice— afinal, endurecimento constante um dia pesaria—, o corpo de Eijirou seguia impecável, em forma e invejado por muitos idosos. Mesmo com todas as dificuldades que enfrentara em vida, seu sorriso ainda refletia uma luz e uma força maior do que qualquer outra coisa, junto com sua presença marcante e gentil. Sua individualidade, porém, era usada com menor frequência do que a de Bakugou, o ruivo preferiu trabalhar em prol de crianças e, principalmente, de jovens que, como ele um dia fora, mostravam insegurança consigo mesmo. Eijirou se tornara um grande Sol.

Ah! Claro que, com tantas coisas indo certo, algo precisava atrapalhar. Junto com a velhice, as maiores necessidades foram se apresentando e testando a paciência e tolerância de ambos, como os milhares de remédios que Katsuki se recusava a tomar e, obviamente, as incontáveis horas que Eiji perdia apenas tentando persuadir o querido esposo de tantos anos, ou as manhãs em que o loiro precisava ajudar seu amado a levantar da cadeira após o desjejum, pois a coluna ou os joelhos haviam travado.

Entre todas as dificuldades da vida de idosos que levavam, existia porém, a clarividade que maleava até mesmo o coração ranzinza de Katsuki: os filhos que adotaram e criaram com tanto carinho e dedicação lhes deram netinhos. Eijirou adorava ver os garotos correndo pela sala e pedindo para o vovô Tsuki fazer os tais "fogos de artifício" ou quando decidiam pular nas costas do ruivo e brincar de cavalo, assim como os vovôs fizeram no festival da U.A. Mais do que o público, as crianças que a vida lhe dera eram seus maiores fãs. Havia também a alegria em ver o crescimento dos filhos e que, acima de tudo, tudo o que prezaram para o mundo agora refletia na presença de Linah e Órion, que sempre chegavam irradiando carinho para com os pais; a gratidão refletida em seus olhos provavam que, mais do que qualquer ranking ou profissão, o heroísmo do casal Kiribaku estava na forma em que escolheram viver. E eles tinham acertado em cheio.

[...]

Com o passar dos anos, as pequenas doenças que possuíam antes acabava por debilitar cada vez mais os corpos de Katsuki e Kirishima, mas nunca lhes abatia o bom espírito. Quando a individualidade do loiro atacou-lhe a audição, o colocando em dificuldades em escutar sem um bom aparelho auditivo, Eijirou fez questão de cuidar de seu amor para que ele não se afetasse tanto com a nova impossibilidade que lhe atacava, lembrando-o sempre que a tristeza ou raiva o acometia, do quanto suas explosões um dia foram capazes de salvar vidas e de como o homem era másculo por nunca se queixar dos problemas que a mesma lhe causava, mesmo quando a dor de ouvido era imensa ou quando precisava ajeitar o volume do aparelho para escutar a risada dos netos.

Se Bakugou tinha Eijirou como apoio para os momentos difíceis, cabia a ele a necessidade crescente de lembrar ao "Cabelo de Merda" a proporção de seu amor, e esta, sempre fora tremenda. Quando, além da dificuldade de locomoção de Eijirou, a perca de memória lhe chegou, Tsuki não mediu esforços para lhe reavivar a memória sempre que o mesmo parecia perdido. Quando, em algumas noites, Kirishima tinha crises de choro e pânico, temendo que esquecesse tudo o que mais amava, Baku não se importava com mais nada: suas dores, falta de audição, mau-humor ou qualquer outra coisa não era empecilho para que ele sentasse na cama e, mesmo depois de tantos anos, ainda colocasse Eijirou em seu colo e, segurando seu rosto com severidade e encarando-lhe os olhos vermelhos e intensos tanto quanto seus próprios, dizia:

—Você nunca vai esquecer do que te é mais importante, caralho. Mas caso esqueça de qualquer coisa, ainda lhe lembrarei. Lembrarei sobre meu amor, sobre nossa família, sobre a porra da sua força e sobre o quanto você é maravilhoso e possuidor de luz. Te lembrarei da nossa eternidade e pode acreditar em mim quando eu digo essa droga, porque eu não sou de esconder nada de você: nosso amor é capaz de qualquer coisa, cabelo de merda,e eu te amo por mil milhões de mundos.

—Mas, e se eu esquecer? E se eu perder tudo, Baku?— Kirishima ainda dizia choroso, esfregando a bochecha na palma da mão quente de seu amado como quando adolescente.

—Eu estarei aqui para te lembrar, não importa quantas vezes eu precise dizer. Porque eu nunca vou deixar você partir, Eijirou, e isso é uma promessa.

[...]

Nem mesmo a idade apagara suas chamas, ou tornara rasa a vontade avassaladora que tinham de se amar. Seus beijos ainda se encaixavam, e mesmo em noites frias e entre dúvidas pavorosas sobre o que o futuro lhes reservava para encerrar-lhes a vida, nada calava seus amores, pois diferente de tantos, seus votos nunca disseram que tudo se encerraria na morte.

Bakugou Katsuki, você aceita amar e respeitar Kirishima Eijirou, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, transcendendo até mesmo os limites da vida, tempo e da morte?

Aceito.

E você, Kirishima Eijirou,aceita amar e respeitar Bakugou Katsuki, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, transcendendo até mesmo os limites da vida, tempo e da morte?

Com toda certeza!

Sendo assim, eu vos declaro casados e, assim sendo, eternamente interligados por vosso amor. Podem selar a cerimônia com um beijo, senhores noivos Red Riot e Ground Zero.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2020 ⏰

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