• ¿Qué estabas pensando? - (ZULEMA E MACARENA)

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POV MACARENA

Mais um dia se iniciava em Cruz del Norte. Todos os dias nesse inferno eram iguais e completamente tediosos.

Depois de anos, eu já havia me acostumado com fato de estar presa. Ninguém mais me incomodava naquele lugar. Podia até dizer que era respeitada.

Minha relação com Zulema já não era mais tão conflituosa, na verdade, até ignorávamos a presença uma da outra pelos corredores. Ou pelo menos tentávamos...

Digo porque não é fácil deixar de observá-la pela prisão. Depois de tudo que havíamos passado, todas as tentativas de assassinato, nosso ódio parecia finalmente estar controlado.

Não éramos amigas, mas eu também não sabia se podíamos ser consideradas inimigas. Sendo sincera, não sei se conseguiria matar a árabe caso fosse necessário.

Mas as coisas não poderiam estar melhores para mim, eu podia dormir a noite sem medo de ser morta, não haviam mais discussões para me estressar, não haviam loucos planos de fuga. Tudo estava sossegado, se não fosse por meu interior.

Mesmo estando feliz com a ausência de problemas na prisão, eu sentia falta de algo... talvez de nossas brigas. O jeito como a árabe me olhava com ira, seu olhar psicopata, sua proximidade física, estar cara a cara com seus lindos olhos verdes... Espera! Não. Eu não podia estar pensando nisso...

Só de levar meus pensamentos a árabe, podia sentir os batimentos do meu coração acelerarem.

Eu sabia que não poderia me permitir pensar na mulher. Pois toda vez que o fizera me sentia sendo levada a uma prisão, uma prisão de onde minha mente não conseguia escapar. Eu sempre terminava do mesmo jeito, com pensamentos eróticos sobre a mulher.

Mas também, como era possível não tê-los? Não havia como negar. Zulema possuía uma beleza de tirar o fôlego, seu olhar era profundo, seu corpo fascinante e isso sem falar do seu cheiro. A árabe tinha um perfume envolvente.

Era impossível estar muito tempo perto dela sem notar tais características.

Encerro meus pensamentos que já caminhavam pra um lado perigoso. Estava na hora de voltar para cela.

—-//—-

Ao chegar na mesma, estranho estar sozinha com Zulema, visto que ao todo éramos 6 mulheres que lá dormiam.

-Cadê todo mundo? - pergunto vendo a cela ser trancada, tentando entender o motivo da ausência de praticamente todas as minhas colegas

-Goya e Triana arrumaram confusão no refeitório. Estão no isolamento. - responde Zahir deitada em sua cama

-Tere? - pergunto subindo em minha cama

-Na enfermaria. Deve estar passando mal por conta das drogas.

-E Saray? - digo já deitada

-Foi ao hospital. Parece que tinha que resolver algo sobre a filha. - responde virando-se de costas para mim, ficando então de frente para a parede

Eu estava inquieta aquela noite, com dificuldade para dormir. Já fazia um tempo que não me tocava por medo de alguma das minhas companheiras de cela notar o que eu fazia.

Mas nesta madrugada eu só teria que garantir que uma mulher não notasse o ocorria debaixo da coberta. Então decido que era o momento certo para o fazer.

Zulema estava de costas para mim, não veria o que estava fazendo. Eu só tinha que prestar atenção para que se a mulher se virasse, eu interrompesse meus movimentos.

One Shots Zulema ZahirOnde histórias criam vida. Descubra agora