O preço do sonho - (CONCLUÍDA)

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" I wish I could fix it, I wish knew what to say
But everything feels like a lie these days
Don't know how not to feel that way, oh
They're reaching for reasons, it's all gonna be okay
But everyone feels like a liar these days
Don't know how not to feel that way

Queria poder consertar isso, queria saber o que dizer 
Mas tudo parece uma mentira esses dias 
Não sei como não me sentir assim, oh
Eles estão procurando por motivos, para que tudo fique bem
Mas todos parecem ser mentirosos esses dias 
Não sei como não me sentir assim "

Pov Hillary

Meus pensamentos estão a mil por hora...

Eu estava sentada no chão e bem em minha frente estava um Marcelo muito preocupado e ao mesmo tempo zangado, mas eu não poderia culpar ele.

Eu recebi uma mensagem para que eu me drogasse com calmantes e uma caixa com alguns comprimidos para mim tomar. Só que depois de ter engolido todos os comprimidos eu comecei a ter um a ataque de pânico e comecei a ligar pro Marcelo.

Liguei pedindo socorro e ele veio bem rápido, até parecia que ele já estava ali..

Marcelo me fez colocar todos os comprimidos para fora e me deu uma injeção para repousar.

— Você não aparece mais nas consultas, você tem ataques constantemente e se drogou com calmantes. O que você está pensando? - ele andava de um lado para o outro no meu quarto. 
— Por favor... Não fala pra ninguém... - disse entre lágrimas.
— Está querendo se matar? - ele ignora o que eu falei.
— Marcelo.. Você tem que me prometer... - eu seguro seu braço.
— Tarde demais. - ele puxa o seu braço e sai do meu quarto.

Ele não pode dizer pra ninguém, o Otávio foi bem claro em não querer que ninguém atrapalhe ele.

Eu não falava com meu pai a algum tempo, e não queria que ele fosse me ver, porque ele ficaria muito vulnerável, e eu sei que o Otávio vigia minha casa e esse é um dos motivos pra eu não conseguir dormir a noite.

Ele me vigia noite e dia, ele sabe os meus passos e eu estou cada dia mais vulnerável a Isso. Porque eu pensei que eu poderia ser forte, mas eu não posso, eu sou uma bomba relógio.

— Ela está aqui. - ouço o Marcelo falando e arregalo os olhos. — Aqui.. - ele entra no quarto e logo atrás dele aparece quem eu menos esperava.
— Ela está bem? - ele pergunta pro Marcelo.
— Ela está bem melhor. - ele diz e vem até mim. — Ela engoliu quase um frasco inteiro de comprimidos. - ele mostra os comprimidos.
— Porra.. - Guzman xinga bem alto. — O que você pensa que está fazendo com você mesma? - ele me olha com raiva? Sim!
— Desiste, ela não vai dizer. - Marcelo suspira cansado.
— Eu pensei que você gostasse pelo menos das pessoas que estão ao seu redor. - ele fala frustrado.
— Não deveria está aqui... - falo em um sussurro.
— Foda-se. - ele diz — Você não vai fazer mais nada contra você. - ele diz zangado.
— Você me traiu Marcelo. - falo olhando pra ele e lágrimas descem em meus olhos. — Eu confiei em você.
— Desculpa Hillary, mas eu te amo muito pra te deixar se afundar dessa forma. - ele diz sério. — Guzman, ela tem que ir em um hospital, eles precisam fazer uma lavajem pra ter certeza que ele colocou tudo pra fora. - Marcelo diz.
— Tudo bem, vamos levar ela. - ele pega o seu celular. — Joseph.. entra na reunião pra mim.. sim.. amanhã eu não vou poder ir... depois te explico... Tá. - ele desliga.
— Não vão me levar pra lugar nenhum. - aviso.
— Marcelo vai descendo e nos encontramos lá em baixo  - Guzman olha pra ele. 

Fazia uma semana que eu não via ele, desde o que aconteceu entre a gente, e ele me ligava e eu não atendia, e nem respondia suas ligações.

— Tudo bem. - Marcelo sai.
— Se troca. - ele não pede, ele ordena.
— Eu não vou pra lugar nenhum. - falo tentando ser o mais fria possível.
— Hillary se você não for se trocar, eu vou te arrastar desse quarto com essas peças que você está usando. - ele diz olhando pra minha camisola de seda.
— Guzman, eu não posso... - falo sentindo mais lágrimas descerem. — Por favor, vai embora.
— Não. - ele disse e se aproximou. — Se não se trocar agora, eu juro que te levo daqui assim. - fala me tirando da cama.