Em nome dos velhos tempos

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Notas da autora : Sim, eu sei que eu tenho duas fanfics para atualizar (por favor não desistam de mim, o capítulo da fanfic do Harry já tá na metade), mas eu precisava escrever essa one

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Era uma noite ( ou madrugada, já que o horário se passava da meia noite) quente de verão e Sirius se sentia solitário , fato irônico, tendo em vista que a casa —  a qual ele havia jurado que nunca retornaria, mas parece que o destino não estava ao seu favor — estava cheia. As crianças, principalmente os gêmeos, alegravam o local, Tonks conseguia descontrair o pessoal com as suas trapalhadas, Molly e Arthur eram completamente gentis a traziam uma certa leveza para o ambiente, e Harry, seu afilhado, havia acabado de chegar. Ele estava super feliz com a presença do garoto, não o entenda mal, mas mesmo estando rodeado de tantas pessoas, Sirius se sentia mais sozinho do que nunca.

O Black suspirou e se sentou em um dos sofás da sala, abrindo uma garrafa de vinho logo em seguida, nem se deu o trabalho de procurar um copo, bebeu direto da garrafa. Sirius riu, imaginando a expressão de sua "amável" mãe em ver o filho deserdado — a vergonha da família Black, como gostava de chamá-lo — esparramado no sofá, tomando um vinho caro ( provavelmente importado) e apoiando os pés na mesa de centro . "Ela deve estar se revirando no caixão " o homem pensou de forma amargurada, tomando um gole de vinho.

Sirius respirou fundo e olhou para o teto, sentia um vazio tão grande dentro de si que chegava a sufocar. Não sabia quanto tempo havia passado lá, segundos? Minutos? Horas? Ele não saberia dizer.

Quando estava prestes a se levantar e ir dormir, ele sentiu algo se aproximar. Uma voz, que já lhe era familiar, chamou sua atenção.

— Você não tem jeito mesmo, Sirius.— a voz era de Remus Lupin, que o olhava de forma reprovadora.

— Não seja chato, Aluado — o uso do apelido de adolescência causou um sorriso nostálgico no Lupin — venha, junte-se a mim.

O Black ofereceu a garrafa para o amigo, mas ele recusou, empurrando Sirius para o lado, abrindo espaço para ele sentar.

— No que está pensando ? — Remus perguntou, sentando ao lado do amigo.

— Nada demais — o Black fez pouco caso, colocando as pernas em cima do colo do amigo — ato esse que causou um revirar de olhos — e tomou mais um gole de vinho — só aproveitando o silêncio da noite.

— Sirius, você não me engana — o Lupin disse, olhando-o nos olhos. Sirius desviou o olhar — eu te conheço desde os onze anos, eu sei quando tem algo te incomodando.

— Eu tô normal, não tem nada me incomodando.— Ele murmurou de forma baixa, encarando o chão.

— Então por que você está acordado? Sirius, são literalmente uma da manhã!

— Posso perguntar o mesmo para você?

Remus encarou o chão, não tinha uma resposta para dar ao amigo. Bom, na verdade tinha, mas não queria trazer o assunto a tona. Ele suspirou e apoiou a cabeça no encosto do sofá, encarando o amigo. Não foi necessário palavras para entender, o olhar deles já dizia tudo: " James".

— Acho que não preciso me explicar.— Sirius disse de forma amargurada.

— Sirius... — Remus colocou a mão no ombro do amigo, mas foi interrompido no meio da frase.

— O que?! — Sirius perguntou de forma alterada, provavelmente por efeito do álcool — Vai dizer que eu não devo ficar remoendo? Que eu não devo me sentir culpado? Eu não sei se você sabe, mas tudo isso é MINHA culpa, se eu não tivesse desconfiado de você, se não tivesse tido a porra da idéia de trocar a merda do fiel do segredo, nada disso teria acontecido. Peter nunca teria contado a localização ao Voldemort, E O JAMES AINDA ESTARIA AQUI.

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