P. V. Jay Park
Enfim encontro a maldita bolsa, caída entre o armário, e ao abrir rapidamente avisto, não um, mas dois frascos. Ao ler os rótulos me assusto, pois, o dito por S/N na cor azul não se tratava de medicamentos para dor de cabeça e sim remédios controlados para TAG, que recomendava tomar uma cápsula ao notar alterações de humor. O segundo frasco na cor vermelha, sim se tratava para cefaleias, que por sua baixa dosagem eram recomendo três doses ao sentir salvas.
Com pressa corro em direção ao quarto, mas na metade do caminho, ao chegar na sala avisto meu erro cometido na academia durante a manhã no hall de entrada, fechado a porta e adentrando minha casa.
- O que está fazendo aqui? – Pergunto assustado e aflito, pois não gostaria que S/N a visse. – Estou muito ocupado, preciso que vá embora. – Dito voltando a caminhar. E ao chegar na suíte, noto a ausência da estraga prazeres, procurando-a nos demais cômodos.
- Está procurando algo? – Pergunta sarcástica.
- Não sei como conseguiu entrar, mas por favor, preciso que vá embora. – Repito.
- Ela não está ai! – Dita. – Ela teve que ir embora. Disse que tinha algumas coisas para resolver... não me lembro bem, mas o importante é que agora estamos só nós dois. – Fico irado por sua falta de esforço ao tentar mentir.
- O que você fez? Onde ela está? – Grito.
Avanço com ódio em sua direção, que recua assustada, provavelmente em equivocado pensamento que iria agredi-la por meu nível de raiva. Mas ao me vê passando-a pela mesma, já abrindo a porta, tenta me impedir, mas falha. Meu coração se parte ao ver S/N caída ao chão em frente a porta.
- Me ajuda a levantar? – Diz em lágrimas como uma bebê desamparada e com as mãos estendidas em minha direção, eu a amparo.
- Ainda não foi embora? – Questiona a mentirosa.
- Não consegui me levantar, você é cega? – Dita S/n com a birra e ingenuidade de uma criança. – E, também estou sem calcinha e não jantei. – Fala me arrancando um suave sorriso, mesmo diante daquela situação.
- Por que está ajudando essa garota Jay? – Diz com raiva.
- Porque ele é meu salvador e meu anjo da guarda! – Exclama a estraga prazeres fazendo com que eu me sinta um super herói.
- É complicado... Mas por favor, vá embora, pois não quero te envolver nisso. – Respondo sua pergunta tentando acalmá-la, e sinto que a mesma tenta acreditar.
- É assim que você as expulsa com educação? – Fala S/n, trazendo toda raiva da intrusa daquela noite.
- Sua vadia desgraçada... – Parte para cima de S/n, mas tomo a frente.
- Não ligue para ela ... Querida. – Tento lembrar seu nome, mas percebo que já havia sido excluído de minha memória. – Por favor querida, vá para casa eu te ligo depois...
- Não liga não.... – A estraga prazeres atrapalha novamente. – Ele nunca liga para as transas casuais dele.
- Cala a boca sua vadia... – Diz revoltada. – Não sou uma simples transa. Ele me chamou para vir aqui...
- Chamei? - Pergunto confuso por não me lembrar.
- Sim! – Explica. – Você concordou de terminarmos o que começamos na academia, lembra? – Não me lembrava. Provavelmente se tratava de algo que falava enquanto não prestava atenção.
- Então ela é o erro que me falou? – Pergunta S/n, colocando a mão sobre o estômago.
- Erro? - Questiona me esbofeteando em seguida, assim que me calo consentindo. – Então é verdade sobre estar me expulsando? – Novamente sou acertado enquanto S/n observava sem expressar nenhuma reação.
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Olhando a Vida nos Olhos
RomansQuando se está cansada de apenas sobreviver e resolve "olhar a vida nos olhos", a ansiosa S/n, se arrisca em uma nova forma de viver sua vida. Sem rumo ou um plano, por amor a dança e em busca de autoconhecimento; o destino faz com que ela esbarre...