Capítulo 19

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R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Acendo logo um baseado levando o mesmo até a boca, só assim pra aguentar os surtos da Natascha.

— Anda Russo, quem é a puta? — cruza os braços.

— Para de pagar de doida pra cima de mim, nós nem tem nada. — dou uma tragada no beck e solto a fumaça em seguida.

— Não temos nada? — arqueia a sobrancelha.

— Tu sabe que o que a gente tem é só sexo né, então para de cobrança mina.

— Você é meu Russo. — gargalho na sua cara. — Tá rindo do que?

— Some daqui Natascha, ja to aguentando estresse demais e ter que lidar com seus surtos desnecessários vai me irritar mais ainda. — falo tranquilo. — Então pica o pé daqui. — aponto para a porta.

Natascha me encara por alguns segundos e logo depois sai batendo o pé pra fora da boca, foi mais tranquilo do que eu imaginei, termino de resolver alguns bagulho na boca e quando eu sai já era tarde da noite, essa porra de ser dono do morro vai me deixar doidinho, coloco meu celular no bolso e pego meu capacete, tranco a porta da salinha e vou até a minha moto subindo encima da mesma e pico com ela até a minha casa, guardo a moto na garagem e vou entrando a cozinha dando de cara com a Rita tomando água.

— Tá com fome? — me encara e eu nego. — Tu ficou fora o dia todo Russo.

— Mandei entregarem comida pra mim lá boca Rita, relaxa. — dou um beijo em sua bochecha.

— Pode levar a Sol na faculdade amanhã? Sua irmã vai sair comigo e não vai ter ninguém pra levar ela.

— Ela vai querer me matar? — brinco e ela ri. — Eu levo sim pô, tá de boa.

— Tenta não provocar ela Rafael, por favor. — pede e eu estreito os olhos. — Eu sei que vocês não se bicam. — sorrio fraco.

— Não vou provocar Rita, fica suave. — ela sorri em agradecimento.

Me afasto dela e sigo para o meu quarto, indo logo pro banheiro tomar um banho relaxante, a cena da loira pelada vem na minha mente e eu amigo cresce. Não acredito que vou ter que bater punheta pensando nessa insuportável do caralho.

(...)

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

— Ei. — cutuco a perna da loira que estava distraído.

— O que? — fala seca.

— Queria te pedir desculpa, não deveria ter aberto a boca pra ninguém que eu te vi nua. — olho de relance pra ela que me encarava com a sobrancelha arqueada.

— Tá doente é? Pedindo desculpa, logo você, o macho que sempre gosta de se sair por cima. — respiro fundo, essa mulher não é fácil.

— To falando numa boa contigo Sol, da pra me tratar do mesmo jeito? — ela revira os olhos.

Estaciono o carro em frente a faculdade São Camilo e a mesma já vai tirando o cinto e antes que ela pudesse sair toco o seu braço levemente e ela me encara.

— Fala Russo. — me encara e eu rapidamente desvio meu olhar de suas olhos azuis e paro na sua boca.

Mordo meu lábio inferior e mesma estreita os olhos para mim, em um ato rápido a puxo pela nunca grudando nossos lábios de uma só vez, de início ela tentou relutar mas logo acabou cedendo ao beijo e quando me dei conta minha língua estava explorando cada canto de sua boca, seus lábios eram macios e seu beijo tinha gosto do gloss que ela havia passado, caralho.

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