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Verônica Miller, uma garota comum, que quase ninguém nota na escola, mas não pense que isso é incomodo para ela,como ela diz "aqueles que não são vistos não são incomodados",tudo que ela gosta é de ficar em casa tomando uma boa xícara de chá e...
— Mas que porra que aconteceu com o carro do Victor? —Jack fala rindo enquanto eu dirigia.
— Não sei, mas eu já sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer, ele é um otário com todo mundo. —Gargalhei lembrando da sua reação.
— Acha que ele ainda lembra daquela surra que você deu nele? —Jack pergunta apoiando o braço na janela.
— Claro que lembra, eu literalmente o apaguei na porrada, isso que acontece quando se é um babaca na minha frente. — Lembro do show que ele fez em uma festa que eu dei na minha casa.
Victor é um babaca igual ao pai dele, uma vez eu dei uma festa e convidei várias garotas que eram novas na cidade e eu já as conhecia fazia muito tempo. Eu estava jogando sinuca na boa com meus amigos enquanto a festa rolava, até que uma delas vem e me fala: "— Vim, dá para controlar um dos seus convidados, eu e minhas estamos querendo dançar, mas ele não para de encher a paciência." Depois disso eu fui conversar com ele e ele ficou tirando onda com a minha cara, então eu bati nele até ele apagar, nem foi tudo isso também, no quarto soco ele caiu feito uma pena. Depois desse dia ele nunca mais andou no mesmo corredor que eu, mas ultimamente ele anda querendo chamar minha atenção e dos meus amigos e para ser bem sincero isso está me tirando a paciência, bem, hoje ele teve o que mereceu.
— Sim, vai fazer o que mais tarde? —Pergunta me encarando.
— Eu vou para uma festa idiota com meus pais. —Falo nem um pouco animado. Eles sempre me obrigam a ir nesses eventos chiques.
— Que merda cara, vai rolar uma festa super foda na Cassandra hoje, ela disse que alugou um salão afastado da vizinhança para não ter problemas.
— Que droga, aposto que esse vai ser o melhor aniversario de todos que ela já fez.
— Me deixa aqui cara. — Paro o carro em frente a barbearia. — Vai ser mesmo, ela disse que vai aproveitar bastante, ela tem razão, não é todo dia que se faz 40 anos.
— Manda um beijo para ela e diz também que a oferta dela ser minha namorada ainda está de pé. —Jack gargalha descendo do carro.
— Falo cara. — Digo dando partida no carro.
Não demorou muito para chegar na minha casa, hoje o dia foi bastante tedioso, que pena que a ratinha faltou, eu estava com ótimos planos em mente. Assim que paço pela porta de entrada, vou direto para a cozinha tomar um copo de água.
— Mãe? — Falo arqueando uma das sobrancelhas.
— Oi filho — diz com um sorriso —, chegou tarde onde estava? — perguntou enquanto tentava abrir um pote de geleia.
— Eu fui no shopping comprar uma gravata para mim e por lá eu fiquei com o Jack. — Peguei o pote de sua mão e o abrir sem dificuldade.
— Obrigada filho, agora vai se arrumar. — Ela diz pegando uma faca.
Dou um beijo em sua bochecha e subo para o meu quarto. Assim que entrei vi meu terno sobre a cama, solto um suspiro e vou tomar um banho gelado, feito isso me vesti e pela primeira desde o Natal, penteei meu cabelo para trás de forma que não faça parecer que eu passei quilos e quilos de gel, depois passo meu perfume e vou me olhar no espelho.
— Como sempre, lindo. — Falo alinhando a gravata.
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