capítulo 4

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Marianne narrando:

Eu sei que ela viu o Esmael. Ele sempre aparece para as meninas que ele acha que têm potencial aqui, ok? Ele não foi para muitas, mas todas elas sabem manusear uma arma.

Magali e eu somos da máfia CAMORRA, sim, uma das piores do mundo. O líder dessa porcaria é um idiota e, inclusive, resolveu aparecer para a Mônica.

Isso vai dar muita confusão. Essa menina não é boba, ela sabe que eu conheço ele, então é melhor ser honesta desde o início.

Marianne: Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde. - Sentei ao lado dela e Magali do outro.

Magali: É realmente ele, até já apareceu para você. - Deu uma pausa. - Eu presumo que ele se apaixonou por você, Mônica.

Mônica: Vocês são loucas, sabiam? - Ela riu.

Magali: É sério, somos uma espécie de "traficantes". - A menina de cabelos mel e olhos pretos nos olhou com os olhos arregalados.

Marianne: Relaxa, não vamos te fazer mal, e sabemos que você, apesar de ser do 'asfalto', sabe que seu irmão também era desse mundo.

Meu Deus, como ela sabe disso? Ninguém sabe.

Mônica: Sim, eu sei, mas ninguém sabia disso. - Olhei assustada para ela.

Marianne: Olha, relaxa, não vamos te fazer mal. Só não confie em ninguém aqui. - Olhei para ela.

Ela estava respirando muito rápido, e pelo que eu conheço, ela está tendo uma crise de ansiedade. Olhei para ela e fiz ela respirar junto comigo.

Marianne: Olha pra mim, respira junto comigo. - Puxei pelo nariz e soltei com a boca. - Agora solta com a boca.

Marianne: Vamos fazer uma lista dos 5. Me fala cinco coisas que você gosta. - Magali estava alisando as costas dela.

Mônica: Gosto de música, de dançar, de lutar. Sou louca por armas e amo motos.

Marianne: 4 coisas que você está vendo aqui. - Levantei o indicador e girei me referindo ao quarto.

Mônica: Aquele quadro, mesinha de cabeceira, poltrona e escrivaninha. - Falou olhando ao redor.

Marianne: 3 sentimentos que você está sentindo agora. - Eu estava sentindo ela se acalmar.

Mônica: Angústia, medo e euforia.

Marianne: 2 coisas que você odeia. - Ela já estava respirando normalmente.

Mônica: Corinthians e Soraia.

Marianne: E por último, 1 coisa que você precisa. - Soltei a mão dela, e ela nem percebeu.

Mônica: Descansar. - Disse olhando para um ponto fixo. - Obrigada, Marianne.


Marianne: Disponha, agora vai descansar um pouco.

Sai da cama dela, e Magali fez o mesmo e foi para a cama dela. Mônica se ajeitou na cama e virou para o lado, ficando de frente para a parede.

Mônica narrando

Quando a Marianne falou sobre ser da Camorra, eu gelei. Fiquei realmente com muito medo quando ela mencionou que sabia sobre meu irmão. Fiquei apavorada.

Minha garganta se fechou, e eu não conseguia respirar direito. Sempre escondi isso, e ninguém sabia.

Eu pensei que ela fosse me julgar, mas não. Elas me ajudaram. Me senti segura e sem medo. No entanto, fiquei receosa quando ela tentou me ajudar.

Tenho certeza de que ela vai cobrar esse favor depois. Todo mundo é assim, e eu tenho que aceitar e cuidar para nunca mais ficar assim na frente de ninguém.

Engoli meu choro e fiquei de frente para a parede e dormi tão profundamente que nem percebi.

No outro dia

06/03

Acordei com um barulho muito alto e levantei com uma dor de cabeça intensa, muito intensa mesmo. As meninas estavam levantando como se nada tivesse acontecido.

Mônica: Que droga é essa? - levantei com a mão na cabeça e me desenrolei.

Magali: É o alarme, você se acostuma com o tempo - ela levantou e começou a arrumar a cama.

Mônica: Minha cabeça está explodindo - amarrei meu cabelo e arrumei minha cama.

Marianne: Eu tenho um remédio na gaveta do banheiro - fui em direção ao banheiro. Está na segunda gaveta, dentro de uma maleta.

Peguei o remédio, engoli seco e fui direto para o banho. Tirei a roupa e entrei debaixo do chuveiro com água gelada, tomando um banho completo da cabeça aos pés.

Em menos de 10 minutos, saí do banheiro e vesti meu uniforme. Comecei a finalizar meu cabelo.

Magali: Posso ajudar em algo? Assim você termina rapidinho - não disse nada, apenas concordei e deixei que ela me ajudasse. Terminamos rapidamente e coloquei a meia-calça e o sapato.

"Marianne: Estão prontas, meninas - ela estava com o uniforme e o cabelo preso em um rabo de cavalo.

Magali: Não podemos atrasar, a Isabelle odeia atrasos - levantei da poltrona e fomos para o refeitório.

Quando chegamos, todas já estavam sentadas e Isabelle de costas para nós.

Isabelle: Estão 10 minutos atrasadas - falou sem olhar para trás.

Mônica: Desculpa, a culpa foi mi... - fui interrompida.

Isabelle: Não quero desculpas. Vocês estão de detenção até segunda-feira e... - ela também foi interrompida quando a porta atrás de nós se abriu.

Xx: Isabelle, não é para tanto...

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