Toma lá da cá

Recaindo ladeira a baixo (parte 5/final)

O clima está aparentemente bem entre os moradores do 1001 e do 1002 já haviam se passado 5 meses desde que reataram os casamentos, está bem até demais, os almoços são frequentes, virou tudo uma troca de favores voltaram a ser como antes, só que a comida vinha de um lado para ser cozida do outro, as alfinetadas sempre presentes, mas nem tudo são flores, o gênio forte dos Dassoin começou a voltar, nem a cama resolvia as confusões entre eles.

Porém de alguma forma, as coisas ainda estavam calmas, Mário Jorge começou a chegar tarde do trabalho, Arnaldo atendia até tarde, Celinha vivia na feira sem levar Bozena, Rita sempre alegando ter clientes a noite, todos percebiam que havia algo estranho entre os 4, eles se negavam a ver.

Em um sábado a tarde os Dassoin e os Moreira resolveram ir ao cinema todos juntos, deixando os apartamentos aos cuidados da empregada, Isadora estava comandando uma operação do porco fumado direto de casa pois estava com dor de cabeça enquanto Tatalo e Adônis planejavam uma nova forma de ganhar dinheiro, todos na casa de Rita e Mário Jorge, quando Bozena entra com uma sacolinha em mãos, fazendo os adolescentes ficarem curiosos.

- que isso ai Bozena é de comer? - pergunta Tatalo se levantando e indo pegar e a empregada não deixa, dessa forma fazendo Isadora desligar o telefone para descobrir o que tem dentro da sacolinha.

- Agora tem comida aqui tatalo, o que que é isso Bozena?- Isadora olhou a empregada demonstrando sua autoridade.- passa pra cá.- estendeu a mão.

- não te interessa daí, é da dona Rita e do Dr. Mario Jorge.- Isadora dá os ombros perdendo o interesse, mas nesse momento Adônis levanta e vai ate a paranaense.

- Bozena como que tem coisas da Rita e do Mário Jorge na minha casa se a hora que eu sai você tava separando as roupas dos meus pais para lavar e guardando outras.- enquanto Bozena tenta pensar em uma resposta, Isadora vai por trás dela e pega a sacolinha e olha dentro, Bozena fica desesperada, por que não pode mais esconder o que suspeita.

- Gente esses 4 são fogo, Bozeninha onde você achou isso.- disse enquanto retirava uma calcinha preta de renda de dentro da sacola.

A empregada não responde, e Isadora joga a calcinha na mesinha de centro e depois vira a sacolinha sobre a mesma mostrando mais duas, uma vermelha escura e a outra vinho, e duas gravatas uma amarela e outra verde claro.

- e como você sabe que essas calcinhas não são da minha mãe Bozena, mesmo se não forem podem ser da parenta.- Disse Adônis confuso.

- Meu ingenero Adônis a pepé não usa calcinha.- disse Isadora lembrando o fato sobre a amiga.

- ingênuo Isadora, ingênuo.- desse Tatalo mas a loira deu os ombros, iguinorando a correção.

- Dona Celinha não usa essas cores daí, e eu já vi essas no armário de dona Rita.- Isadora ao ouvir isso chega perto da empregada e pergunta novamente.

- onde você achou isso Bozena.- a empregada não sabia mentir.

- dentro do jaleco do doutor Arnaldo e uma outra no bolso da calça, e as gravatas na bolsa de dona Celinha que ela deixou pra eu lavar, eu entrego mesmo, lutei mas não consigo fingir daí.

- só sei que se for isso mesmo esses quatro vão se dar mal.- disse Adonis sentando ao lado de Tatalo.

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Arnaldo jogou Rita na cama que dividia com Celinha, a morena não aguentava se saudade dos braços do dentista, palavras desconectas eram jogadas no ar em meio aos beijos desesperados.

- Rita vem vamos tomar um banho juntinhos, quero ver seu corpo molhado.- disse enquanto apertava a coxa da corretora ainda coberta pela calça jeans.- sem pressa a Celinha foi pra feira com a Bozena então voltam só no final da tarde.