Capítulo 24 ✔

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Em pé na sacada do meu apartamento, eu observo os relâmpagos vagueando pelo hostil céu noturno de Dreamland

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Em pé na sacada do meu apartamento, eu observo os relâmpagos vagueando pelo hostil céu noturno de Dreamland. Mesmo aqui em cima, parecendo imponente e calmo, estou apenas disfarçando meus tremores internos. Como tudo foi por água a baixo tão rapidamente?

“... não somos compatíveis. Está tudo errado. Nunca deveríamos ter começado nada disso. Droga! Para de complicar tudo e apenas aceite que acabou.” As palavras de Anna voltam para me assombrar mais uma vez.

Quando perguntei se mentia ao alegar que me amava, o que ela disse mesmo?

“É, era mentira minha e você acreditou tão fácil.” Falou-me que eu era um tolo por acreditar em seu amor. Mas se ela pensa que simplesmente vou desistir de nós dois, então também deveria considerar-se tola porque — ao contrário de minha possível estupidez em crer em um sentimento sincero entre nós — ela está duvidando do que sinto e estou mais do que disposto a provar que nada do que temos é um conto de mentira.

É surreal, forte, inesquecível.

Eu jamais poderia aceitar o fim sem qualquer razão realmente válida depois de entender o que sinto por está menina.

Normalmente, eu não faria objeções e até mesmo concordaria com o maduro senso de minha aluna. Mas ultimamente, essa mesma menina tem atormentado meus sonhos e sei que sou incapaz de cumprir com o que me pediu no hospital.

Na primeira vez em que tentei esquecê-la e seguir com a minha habitual vida tediosa, hesitante pelas ameaças do senhor Hayes, eu falhei miseravelmente. Quando em minha demoníaca e insignificante existência precisei tanto de alguém?

E como o traiçoeiro homem que sou, eu sei perfeitamente como iniciar meu malévolo plano para trazê-la de volta para a meu imperfeito paraíso. Um detalhe muito conveniente, eu diria. Anna esqueceu-se de sua bolsa em meu apartamento, a mesma que tinha consigo quando a trouxe para cá naquela fatídica noite.

É uma brilhante desculpa para incomodá-la um pouco. Mas eu estaria disposto a pagar o preço pelo devaneio de chegar tão perto desta proibida menina? Droga, eu tenho esperanças demais. Talvez ela tenha me domesticado? Quando me tornei tão estúpido? Tenho vinte e cinco, não quinze. Qual o meu problema?

Respiro fundo e puxo os punhos da camisa tentando aparentar mais confiança.

 A ansiedade em poder vê-la outra vez deixa-me inquieto e quase impaciente no banco de trás do táxi. Não quis correr o risco de meu carro ser facilmente associado a minha pessoa. Isto continua sendo extremamente perigoso.

Talvez seja está a razão de me sentir tão obstinado em relação a minha aluna? O perigo que ela representa é lascivo, insinuante e fatal. Uma dose inebriante e tentadora para um homem tão acostumado com a negra solidão como eu.

Amores Proibidos - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora