Te amo desde a infância [OBIDEI CONCLUÍDA]

CAPÍTULO ESPECIAL

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Um capítulo especial contado por Kakuzu, um breve resumo sobre sua vida
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    Takigakure sempre foi uma terra sem lei e tomada pelo tráfico, um lugar cheio de guerras entre gangues e por conta disso perdi meus pais que morreram tentando me proteger das balas perdidas. As únicas pessoas que sobraram da minha família foram o meu tio e a minha prima Fū.

    Hoje em dia não é mais assim, as guerras pararam e a paz foi declarada quando meu tio foi feito líder de Takigakure por justa causa.

    A história que irei contar é sobre o meu passado até os dias de hoje. Eu tinha 15 anos quando a guerra acabou.

— Eu já que não quero assumir essa responsabilidade não — já tem quinze minutos que estou dizendo a mesma coisa. Não sei porque ele ainda insiste nisso, não fui feito para ser líder desse lugar.

— Um dia você vai ter que assumir o meu lugar... Vai, gira a chave aí, se esse carro não ligar agora não sei mais o que fazer.

    Estamos desde cedo tentando consertar o meu carro de corrida.

    Sempre fui apaixonado por corrida, mas não posso competir porque ainda não tenho dezoito anos, idade mínima para participar. Por enquanto, só participo das corridas ilegais e clandestinas.

— Finalmente esse carro pegou — comemorei e saí do carro — Vou poder voltar a correr.

— Você tem que parar com isso ou vai acabar preso, não quero sobrinho meu preso por causa de corrida clandestina.

— Antes preso por corrida clandestina do que preso por fazer parte de uma facção criminosa. Não vo discutir isso com você.

    Entrei em casa furioso, ele não pode me obrigar a fazer uma coisa que eu não quero, não sei cuidar nem de mim direito quem dirá de um lugar como esse.

    Passei pela sala e encontrei minha prima sentada no sofá, nosso olhares se cruzaram e ela entendeu o recado.  Ela me seguiu e nos trancamos dentro do meu quarto.

    Trato Fū como uma irmã, ela é só um ano mais nova do que eu e isso nos tornou muito próximos, temos os mesmos interesses e gostos em comum. Sentei na cama e ela de frente para mim.

— Ele continua falando na sua cabeça e você não aguenta mais? Já sei disso. Se ele fica assim só de você negar a liderança imagina quando ele souber que você é gay... e fuma maconha.

— E você vai continuar de boquinha calada senão eu vou contar que você ficou com o Takashi — Fū travou no lugar e arregalou os olhos — Acha que eu não sei dos seus podres? Guarde o meu segredo que eu guardo o seu. Temos um trato?

— Temos. Vai participar da corrida no sábado? Fiquei sabendo que seu namoradinho vai participar, ou seja, vocês vão ser rivais pela segunda vez.

— Como se eu fosse deixar ele ganhar — sorri confiante — Falando nisso vou ver ele, vou dizer a ele que independente do resultado nosso relacionamento não vai mudar nada, quero ficar bem com ele.

    Sempre marco de me encontrar escondido com Hayato no lugar mais afastado da cidade para garantir que ninguém nos descubra. Nosso esconderijo é no alto da grande árvore, falando assim parece ridículo, mas aqui é longe o suficiente e bem deserto.

    Ao chegar dei um assobio baixo e ele assobiou devolta em resposta, nosso sinal para saber que chegamos. Escalei a árvore sem nenhuma dificuldade, vantagens de ser alto. Me sentei ao lado dele e ele me beijou.