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_Antes de mata-la, diga-me. Quem é você? - Branca perguntou-me, mas acho que a verdade parecia clara também para mim. - Por que todo este sacrifício para mantê-la viva? Que diabos esperam de você? - Ela deu passos mansos com expressão intrigada -  Você... Eu não entendo. Sério. Não há mágica em você, Não é da realeza e no entanto eles quase perderam suas vidas naquela passagem suicida - ela se referia ao funil-tornado-redemoinho. - Quem é você? 

Ela segurou o cetro em sua mão, voltando a caminhar em círculos raciocinando o que poderia ser. Depois de um tempo voltou-se a nós.

_Eles acreditam que eu posso unir os quatro reinos elementares, contra vossa majestade. Eu sei que sou apenas uma humana comum, que desejo voltar para minha família. Não pertenço a este mundo. Se enganaram quando foram me buscar.

_Eu não sei quem é você garota, mas não posso permitir que uma ameaça assim se mantenha viva! De uma coisa todos nós aqui estamos certos: Fenício nunca erra! Você morre aqui!

Branca apontou seu cetro para mim, mas todo o chão tremeu. Todo o lago congelado se partiu, a luz vinda de baixo - das aguas da fonte da juventude - inundaram todo o lugar que começou a desmoronar. Uma enorme criatura surgiu entre os escombros, era o grande animal que havíamos visto na fonte de águas curativas. Sua calda dançava no ar varrendo os carrascos de uma extremidade a outra.

Outros animais apareceram vindos do solo, renas puxando uma charrete guiada por anões trazendo um senhor idoso de longa barba. A rainha riu histérica na eufórica presença do homem que ela mais sonhava em cifra a vida.

Seu cetro balançava no ar, e jatos de luz desferiam golpes ao velho que pronunciava palavras estranhas e rebatia a varinha - oculta no cetro -  da rainha.

_Estou muito feliz pela tua presença! - Branca bradou para ele desferindo mais uma investida.

_Não posso dizer o mesmo Alana! - O velho se defende e desferiu uma sequencia de ataques que lançou branca na direção da enorme esfinge.

Isso dividiu a atenção de Branca, ela não poderia lutar contra os dois. Fenício era muito astuto. Ela elevou o cetro enquanto fenício a observava e o fincou ao chão quebrando todo o solo congelado. O lugar ia desmoronar de vez.

_Eugênio!! - Bradei para ele em busca de alguma resposta 

_E agora Fenício? O que você vai fazer? - Branca Vociferou para ele;

O homem velho, apesar de sua frágil aparência saltou de seu trenó, ergueu seu cajado, uma imensa luz se formou. As chamas lambiam todo o lugar fazendo o gelo se derreter. A luz vinda debaixo criava novos arco-íris enormes.

_Gênio!! - O velho gritou o anão - Faça!

O pequeno correu ao meu encontro, enquanto os outros pulavam para a morte. Eugênio era pequeno, mas tinha alguma força. Empurrou-me abismo adentro, mas para minha surpresa estava sendo sugada novamente. Agora um arco-íris nos abraçava.

Nas tonalidades das cores primas que se misturavam formando o arco-íris me debati com pequenas criaturas.

_Quem são vocês? Ou melhor: O que são vocês e o  que querem?

_Eu sou fenício! Já se esqueceram de mim? - O velho disse para as criaturas.

_Ora... Ora seu velho... Conhece as regras não é mesmo?

_Oh sim! Sim! "De qualquer lugar, e aquilo que te é mais caro no mundo"

_Vão! - A criatura nadou para seus semelhantes, e imediatamente uma dúzia saltou para fora da estrada cilíndrica.

_São lamprechauns. Eles guardam as passagens e tesouros de Iris. Não podem permitir que ninguém entre sem ser autorizado e se você entra, os pequeninos tiram de você o bem que julgarem mais valioso.

Herdeira do Trono - A Rainha das Trevas BrancasOnde histórias criam vida. Descubra agora