Júlia narrando:
-Ok, eu mandei mensagem pra minha mãe que a gente iria almoçar com Victor num restaurante e eu quero fazer exame de sangue. Tava pesquisando aqui e tem uma clínica boa, mas é um pouco longe. Não vou fazer aqui perto porque vocês sabem que meus pais conhecem esse povo. Enfim, Victor, cê tem o dinheiro? Quando eu chegar em casa te pago. -Falei tudo de uma vez e todo mundo ficou me olhando.
-Não precisa, Nat, deixa que eu pago. -Victor me olha pelo espelho e eu assinto.
-To mandando mensagem pra minha mãe também. -Júlia pega o celular.
-Júlia, fala que você tá comigo, ela confia em mim. -Felipe se gaba e a gente sorri. Fomos conversando, até porque o clima não iria ficar tenso o tempo todo, mas mesmo assim o frio na barriga não passava.
Uns 30 minutos depois chegamos na clínica, não era grande e foi por isso que eu escolhi ela.
-Bora tarde! Queria fazer exame de sangue, pra Beta HCG. -Falo pra moça que está atrás do balcão, ela assente e sorri.
-Boa tarde! Pra fazer sua ficha precisamos da sua identidade. -Dei a identidade a ela e rapidinho tava pronto. -É 30,00. Cê paga ali no começo do corredor. -Assinto e eu e Victor vamos lá.
Ficamos os quatro sentados e não tinha muita gente, uns 10 minutos e me chamaram de uma sala no final do corredor.
-Quer que eu te acompanhe? -Victor pega em meu braço e eu nego.
-Relaxa, vai ser rápido.- Ele assente e eu vou. Eles recolhem meu sangue rapidinho e até pergunto quando o resultado sai. O carinha do laboratório diz que com 2 horas o resultado sai, já que é simples e eu assinto.
-O resultado sai daqui a 2 horas. Vamo comer alguma coisa e eu faço os testes de farmácia. -Vamos pro carro em busca de um restaurante. Eu não comi muito, algumas pessoas pediram foto com o Victor e depois fomos numa sorveteria pra ver se passava o tempo.
-Eu quero ser madrinha. -Júlia fala tomando um pouco de seu sorvete.
-Vão ser gêmeos, certeza! -Felipe completa e eu me benzo com a cruz.
-Repreendido vocês dois. Não tem bebê nenhum aqui, vou até fazer os testes. -Victor só me observava. Vou ao banheiro com Júlia e pegamos os testes, eu tava morrendo de medo.
-Porra que esses minutinhos não passam logo, vai se fuder. -Falo impaciente. -Olha- Me viro e dois testes deram uma listra forte e outra fraquinha, o outro deu uma listra apenas. Começo a chorar, eu fico desesperada.
-Júlia, meus pais vão me matar. -Ela me abraça e diz que vai ficar tudo bem, que o teste não é totalmente confiável; me acalmo e voltamos pra mesa.
Falo pro Victor e ele me abraça de lado, diz que vai ficar tudo bem e que independente do resultado, ele vai estar comigo. Os meninos saem e nos deixam a sós.
-Me desculpa por não ter te falado que tinha voltado a namorar, eu sei que eu "sumi", mas é que sei lá, eu não sabia como te falar.
-"Oi, Natália, tudo bem? Eu voltei com a Thaylisse, espero que a gente continue amigo". É simples, po, eu tô de boa. Fiquei chateada sim pela falta de comunicação que tu teve comigo, não porque tu me deve, mas porque pensei que tu me considerasse amiga e confiasse em mim.
-Não, po, confio em ti pra caralho e tu é foda, eu amo tua amizade e não quero perder contato contigo. Sabe que pode contar comigo pro que for preciso e sei também que a gente tem maturidade pra separar as coisas, eu errei mesmo em ter me afastado do nada, mas me desculpa, tá? Não faço mais. -Ele fala pegando em meu ombro e eu sorrio.
-Ta bom, seu cuzão; de verdade, Vi, eu não sou de confiar nas pessoas rápido mas cê foi tão desgraçado que eu já me importo tanto contigo. -Ele ri e me abraça, solta um "obrigado" abafado entre o abraço.
-Agora vamo logo pegar aquele resultado antes que eu morra. -Pagamos tudo e quando fomos saindo, adivinha? Mais fotos com Victor. Tirei e entramos no carro.
-Quero reembolso de fotógrafa. -Ele ri
-Faz nada de graça, baixinha? -Eu rio e Júlia fica me chamando de prostituta.
Não demorou muito pra chegarmos à clínica, peguei o resultado e paguei logo a consulta com um médico de lá. Eu e Victor entramos, ele quase me carrega, porque me faltaram pernas, eu tava tremendo demais e eu tava a ponto de chorar.
-Boa tarde, senhora Natália. Boa tarde, senhor. Sentem-se, por favor, sou o Doutor Marcelo. -Nos sentamos, Victor responde, eu apenas sorrio.
-O exame que ela fez ta aqui, Doutor. -Victor dá o exame, meio envergonhado e eu permaneço calada.
-Bom, Natália, você desconfiava de gravidez? -Ele pergunta e eu abro a boca mas nao sai nada. Victor segura minha mão.
-A menstruação dela atrasou e ela também sentiu uns enjoos, tonturas, dor de cabeça e quis fazer o teste de laboratório. -Ele assente, fazendo um barulho de concordâncias e escreve algumas coisas.
Certeza que eu tô grávida, se não ele não estaria fazendo tantas perguntas. Meus olhos se enchem de lágrimas e eu pisco várias vezes tentando afastá-las. Victor acaricia minha mão e eu suspiro, tentando não chorar ali.
-Doutor, eu tô grávida mesmo? -Minha voz sai falha, mas tenho certeza que ele ouve.
Olha só, morexxxx, mais um e comentemmm e curtam, tô amando interagir com vocês 💗💗
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Uma linda mulher |Xamã| CONCLUÍDA
General Fiction"É quente, será que esse infinito cabe a gente? Ela se rende, vem falar no meu ouvido Se tu valesse um pouquinho, Xamã, eu casava contigo" Natália é uma jovem paulista de 16 anos, que vê sua vida virar do avesso ao conhecer duas pessoas que a coloc...
