La petit mort

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 N/A Se você é sensível a temas como ansiedade, depressão, prostituição, drogas, álcool, suicídio, e dependência emocional, NÃO leia

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Quando terminavam, Hoseok gostava de sentar-se na poltrona de couro que ficava de frente da cama do quarto habitual e observá-lo, sempre com seu copo de vodca com energético diluído em mãos

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Quando terminavam, Hoseok gostava de sentar-se na poltrona de couro que ficava de frente da cama do quarto habitual e observá-lo, sempre com seu copo de vodca com energético diluído em mãos. Ficava atento a cada movimento.

A queen-size fora deixada em ruínas, assim como o mais novo em cima dela. De bruços, ele se mantinha apoiado sobre os cotovelos, segurando o queixo com uma das mãos e lhe observando por cima dos ombros, seu rosto molhado pelas gotículas de suor evidenciava ainda mais sua beleza esculpida pelos deuses, os olhos, tão cautelosos e sublimes, prontos para fazer qualquer um cair em sua armadilha. 

A respiração estava alterada devido ao recente orgasmo, as bochechas levemente ruborizadas e os cabelos grudados na testa cobrindo discretamente seus olhos. Suas pernas, um pouco levantadas sobre o acolchoado se movimentavam vagarosamente, assim como seu quadril. Taehyung era dono de uma beleza estonteante, sempre tão gracioso, delicado, e belo como o próprio Lúcifer.

O magnetismo e sensualidade natural de Taehyung eram capazes de fazer qualquer um direcionar os olhos a si, por mais simples que fosse o ato a ser executado. E ele sabia disso. Taehyung possuía uma aura marcante. Ele é daqueles que te instiga sem nenhum tipo de vergonha ou hesitação, ele sabia como enlouquecer qualquer um, afinal, ele trabalha com isso.

A cintura fina e delgada marcada em tons escarlate por cada um dos dedos compridos o fazia refletir sobre todos os tons que era capaz de pintar Taehyung como seu. O mais velho gostava de pensar em Taehyung como um quadro em branco, ou argila, feito unicamente para ser moldado por si.

Lhe agradava como a pequena camada de suor sobre o torso magro fazia a pele caramelada ficar ainda mais bonita e brilhante. Desde a simetria inexplicável de seu corpo, até a pintinha que possuía na ponta do nariz eram adoradas por Hoseok. Cada pedaço dele era poesia, e Hoseok era o poeta.

Taehyung sabia que Hoseok admirava seu corpo como um cão faminto, e como um bom exibicionista que é, fez questão de se posicionar contra os feixes de luz neon derivados do letreiro do motel barato onde se encontravam sempre, a luz surgia pelas persianas e iluminava o quarto parcialmente. A cor vermelha exagerada dava a impressão de um ambiente sufocante e ainda mais quente, mas aquilo não os desagradava, pelo contrário, para Hoseok, observar a pele amorenada de Taehyung e sua aparência etérea brilhar sob a luz neon era como admirar a própria Afrodite de Cnido.

— Sua aparência pode matar. — Proferiu, de maneira séria, sem tirar os olhos do tronco absurdamente esbelto do homem que lhe arrancava suspiros.

Ele riu nasalado, olhando para Hoseok intensamente.

A verdade, que se tornaria o infortúnio de Hoseok algumas horas adiante, é a de que o jovem escultor nunca entendera a profundidade do olhar de Taehyung, e todas as coisas que eles lhe gritavam, a forma como eles o puxavam cada vez mais fundo.

A Little Death • vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora