Verão?

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O dia estava calor demais para um "quase inverno chegando", resolvi calçar um tênis e dá uma agitada na minha vida fitness que nunca existiu. A melhor parte de tudo mesmo é se sentir bonita nesse shortinho e esse top apertadinho. Se bem que os fones com uma música maneira é essencial! Se concentrar na corrida e esquecer que tudo existe também é importante! Água....Droga eu estou com sede.

Joguei minhas chaves na bancada, não parecia ter alguém em casa, só queria um banho gelado e bastante água, água, água, água....

-Pelo visto não sou a única excluída da sociedade. - virei meu copo em um gole encarando Christopher jogado no sofá vidrado em alguma coisa no celular. Ver ele em casa nos fins de semana era mais que impossível, mas considerando que Poncho estaria dando atenção pra Horlambergue esses dias, ele tava sendo tão trocado quanto eu.

Ele ignorou completamente minha presença por um tempo, mas se levantou logo depois fixando o olhar em mim. 

-Você...

-Fiquei gostosa nessa roupa, eu sei, valeu. - sorri sabendo que ele não tem nenhum elogio pra me dá além desse.

-Convencida não?

-Você que sempre diz, dessa vez eu só adivinhei. - vi a expressão séria e sensual dele dá espaço à um sorrisinho de lado. - Vai ficar ai sozinho?

-Você está aqui né, podemos nos fazer companhia gata. - piscou com cara de safado.

Retribui o sorrisinho malicioso, voltando pra cozinha.

-Tô descendo pra praia, quer ir?- perguntei em um berro enquanto procurava um sorvetinho no freezer. Não tive resposta, ou melhor, a resposta foi sua respiração quente na minha nuca me causando arrepio em cada célula do meu corpo, percebi que paralisei e voltei à procurar.....aquilo lá... - AAAAAAA PARA. - esquivei me soltando, enquanto minha pele queimava.

-Vamo ai.- respondeu abrindo o único pote de sorvete que eu achei. - Eu dirijo. - continuou dando colheradas me observando de canto. - Qual foi? Nunca chamou um mano pra sair que topou na hora? - sorriu.

-Ã.... Ai cala a boca. - voltei a terra tentando raciocinar o tamanho da merda que eu tinha acabado de fazer, sair só com o Christopher? Sério? O plano era uma viagem sozinha pra relaxar e esquecer os problemas, mas fica difícil quando eu resolvo levar a porra do problema junto.

Tivemos que alugar uma range rover por causa do espaço maior, mesmo sendo duas pesso....

-Vamo morar lá caralho? - Christopher fechou a cara vendo a quantidade de bolsas minhas, coé? eu só tava prevenindo.

-Olha Ucker mais uma palavra sua e eu desfaço o meu convite, puta que pariu muleque chato!

Ele bateu o porta malas entrando impaciente no banco do motorista, idiota.
No som ele colocou um rap antigo que até que eu gostei, a vegetação verdinha passava como um flash por causa da velocidade.

-Ucker - Chamei alto ainda olhando pela janela.

Ele abaixou o som concentrado na estrada.

-Kié?

-Quando você era pequeno e viajava de carro também achava que as árvores tinham pernas e corriam?? - soltei uma gargalhada e ele revirou os olhos.-Chatão você em, credo!

O tédio me pegou por completo, minutos pareciam horas ali dentro, eu queria colocar o meu biquíni logo e me torrar naquele sol.
Aproveitei o silêncio e fiquei observando aquele seboso, e a única pergunta que vinha na minha cabeça era "e se?"
Sem dúvidas Ucker parecia uma argola falsificada, qualquer coisinha amassa ou perde e não funciona mais. Sua impaciência e cara de cú por qualquer coisinha era o motivo de eu querer virar um socão na sua boca.
Me aproximei disfarçadamente mexendo o mínimo que eu podia, deslizei minhas mãos por cima da sua bermuda e reparei seu corpo levando um "choque" com o meu toque.
Alisei um pouquinho, passando minha mão por sua virilha. Já que ele não disse nada, ousei mais enfiando minha mão debaixo da sua bermuda de praia acariciando seu pênis que já estava duro em minha mãozinha.
Fiz movimentos de vai e vem devagar olhando pelo espelho retrovisor sua cara inquieta mordendo os lábios e lutando pra prestar atenção no que ele fazia.
Isso me excitou mais ainda, me curvei no carro encostando minha língua na cabecinha, ele estava petrificado e respirava acelerado oscilando os olhos.
Senti uma das suas suas mãos agarrando meu cabelo fazendo eu penetrar seu pênis quase inteiro, roçando na minha garganta, chupei aumentando a velocidade enquanto seu pau se encharcava com minha saliva.
Continuei sugando cada centímetro enquanto ele continha seus gemidos rocos.
Christopher firmou sua pegada no meu cabelo, balancei o meu dedo em negativo pra ele e penetrei mais rápido em minha boca, as veias de seu braço estavam saltando, quanto mais ele segurava mais eu chupava, até que gozou na minha boca....Pensei em xingar ele, mas acabei engolindo tudo sem falar nada.
Limpei os cantos da minha boca e voltei pro meu lugar, sorri satisfeita vendo a carinha de relaxado dele.

PAPAI CADÊ MINHAS BATATINHAS?
EU QUE COMPREI, ELAS ERAM MINHAS
MAS VOCÊ COMEU ELAS TODINHAS
EU CHOREI, MAS VOCÊ NÃO PERCEBEU

PAPAI, VOCÊ ME AMA MESMO??
EU QUERIA TANTO SABER O QUANTO
QUE PAI É ESSE QUE COME AS BATATINHAS DA FILH...

-PORRA! Já chega né? Não fode. -  berrou interrompendo a minha cantoria, revirei os meu olhos puta.

Dei pausa no meu desenho no tablet.

-Christopher, você sabia que o Rei Gelado cuidou da Marceline quando ela era uma criança? -falei segurando o choro. - Isso faz sentido, por isso ela nunca fez mal pra ele, meu Deus eles são muito meus amores. - suspirei enquanto ele estacionava na orla da praia.
Christopher recostou no banco fechando os olhos por um momento, e depois virou pra mim sério.

-Você é uma criança, na real. - falou soltando uma risada gostosa, ele segurou o meu queixo e me deu um selinho demorado saindo em seguida.
Não sei o que ele tava falando, ele tinha a mesma idade que eu, a diferença é que eu tinha mais noção que ele e a Anahí juntos.

A praia estava cheia, eu já imaginava por causa desse calor dos infernos, o tiozinho já veio com seu converseiro oferecendo o espaço de luxo com uma organização de cadeiras brancas em uma parte privilegiada da praia, onde só tinha madames e velhos enjoados.

-Vamo.

-Não né! - Protestei parando no caminho. - ali tá sem graça quero ir pra lá. - apontei o outro lado que tinha pessoas aleatórias fazendo coisas aleatórias.

-Não começa, vamos.

-NÃO! Eu te convidei, a ideia foi minha, então vamos fazer do meu jeito caralho! - me estressei pegando minha montanha de coisas e andando na direção que queria, ele apenas me seguiu calado mas eu sabia que ele queria me sufocar.

Encontrei um canto favorável embaixo de um coqueiro, estendi minha canga e me livrei daquelas roupas apertadas.
Trouxe o protetor com o volume menor na intenção de pegar marquinha, fiz isso de costas sentindo o olhar de Christopher vidrado em mim, eu gostava desse poder, de saber que eu instigava ele à ponto dele querer disfarçar, como fez quando me virei sorrindo.

-Lindo não? - comentei alongando minhas pernas.

-E como..... - mordeu os lábios.

E foi a minha vez de pensar pelo libido, quando ele tirou a camisa.
Eu estava acostumada com aquela cena, mas eu sempre salivava como se  fosse a primeira vez. "TIRA O RESTO" meu lado safado suplicava em mim, mas me controlei.
Ele chegou perto me arrancando um beijo lento, eu tremi perdendo o meu equilíbrio, não queria que ele me soltasse. Mas ele soltou, brincando com o meu lábio inferior olhando nos meus olhos.

Linha Tênue (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora