Capítulo 1

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Josey, 4 anos, está muito animado no carro. Junto com sua mãe, Naya, 33 anos, canta alegremente no carro.

Chegando ao estacionamento do lago Piru, Josey ajuda sua mãe com sua mochila onde estão seus brinquedos e roupas.

– Mamy, essa vai ser a melhor de todas as aventuras.

– Sim, monkey, será a melhor de todas.

Naya aluga um barco de veraneio por quatro horas.

– São só você e o seu filho, senhora? – pergunta um dos funcionários do lago.

– Sim, só nós dois.

– Ok. Os coletes estão no barco, após 4 horas, a senhora terá que retornar. Caso ultrapasse do horário, um dos nossos funcionários irá atrás do barco. É um procedimento padrão.

– Sim, eu sei. Sempre venho pra cá.

– Então tudo certo, divirtam-se.

– Obrigada. Vamos, Jojo.

– Hehhh.

O barco se afasta do píer. Josey e Naya começam mais uma de suas aventuras de mãe e filho.

– Está vendo quantas árvores, monkey?

– Sim!!! Podemos ir pra "floresta" depois?

– Na verdade é um bosque, e sim, depois de nadarmos com os crocodilos, vamos para lá.

– Heh crocodilos.

– Haaaha. Você é o melhor, buddy,

Naya para e ancora o barco. Coloca o colete em Josey e se preparam para ir nadar.

Naya entra primeiro e depois fala para Josey pular que ela irá pegá-lo em seus braços, e assim ele faz.

Os dois nadam e se divertem, ora mergulham um pouco para que o pequeno veja os peixes por baixa d'água, ora só brincam de jogar água um no outro.

Os dois parecem estar em sua própria bolha, parece que nada no mundo existe neste momento, somente os dois. Tamanha é a interação que não notam que o barco aos poucos está se afastando.

Passados alguns minutos, Naya sente a mudança na corrente e acha melhor voltar para o barco antes que ela fique muito forte. Vê que o barco já está muito longe deles.

– Josey, vamos voltar para o barco, tá bom?

– Mas mammy, eu tô me divertindo.

– Vamos, querido, senão fica muito tarde pra vermos os macaquinhos na floresta.

– Okay.

Os dois vão nadando para o barco. Josey já está cansado, então Naya carrega seu bebê metade do caminho. É desgastante, ela está fora de forma e todo esse esforço está fazendo ela perder o fôlego. As ondas da correnteza estão aumentando.

– Mammy eu tô cansado.

– Só mais um pouquinho, honey.

Naya mantém seu tom de voz brando e carinhoso para não preocupar Josey, mas começa a se preocupar em não conseguir chegar ao barco.

Ela está perdendo as forças, nadar contra correnteza já e difícil, com o seu filho nos braços está muito pior, mas ela não desiste e continua a nadar, colocando cada vez mais força em suas braçadas.

– Viu querido? Já estamos chegando.

Josey, apesar de ser carregado a maior parte do percurso por sua mãe, está cansado até pra responder.

Eles se aproximam do barco, os dois estão bem ofegantes. Naya ajuda Josey a subir no barco através da escada auxiliar.

– Vai, meu amor, sobe, um pé... depois o outro...

Josey consegue entrar no barco. Assim que vê seu bebe seguro no barco, ela tenta subir, mas está sem forças e acaba se afastando um pouco do barco, que não está ancorado.

– Vamos, mammy...

Naya acena pra Josey, mas não consegue nadar de volta para o banco, algo está puxando ela para o fundo do rio.

Josey, grita pela mãe mas não vê ela voltando depois que, afundou na água.

– Mammy!!! Mammy!! Volta. Vamos ver os macacos.

Alguns minutos, que para uma criança sozinha é uma eternidade, e Josey, já bem casado de nadar e gritar, começa a chorar baixinho e a chamar pela mãe.

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