Capítulo 2

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-Sua mãe está esperando Marcela temos uma reunião lembra?! -Bianca falava olhando bem séria

-Desculpa, eu perdi a noção do tempo. -falou ajeitando a roupa ficando de frente pra Bianca

-Vamos?

-Bianca, essa é a Gizelly.

-Como vai Gizelly?

Gizelly estendeu o braço pra cumprimentar, mas não obteve a recíproca.

Bianca puxou Marcela pelo braço chamando mais uma vez

-A gente se vê. -Marcela a olhou e falou com maior sorriso

-Quando?

-Eu apareço... tchau.

Assim Marcela despediu-se de Gizelly e trocaram últimos olhares antes de ver Marcela indo embora com Bianca.

POV Gizelly

Depois do beijo da Marcela notei que meu coração batia mais forte e eu tinha mais vontade de ver ela, abraçar, sentir o cheiro dela e beijar. Levantei de onde estava, pois estava ainda feito estátua pela magia do beijo da loira, que beijo, que mulher é aquela. Dei uma volta na praia e decidi voltar pra casa da dona Márcia e vi ela descendo as escadas e começamos a conversar:

-Gostou do visual da praia aqui Gizelly?

-É, muito bonito aqui. -falei com os olhos em direção ao mar e escorei na parede

-Aqui todos me conhecem, quando vim pra cá não tinha nada, era mato e mais mato. Resolvi firmar por aqui mesmo, eu amo o mar, você gosta?

-Gosto... - decidi subir pra tomar um banho, quando Márcia me chamou

-Pera aí Gizelly volta aqui, tu não tá bem? Eu sei que perdi o Mário, mas to inteira e você na saúde que tá nessa coisa toda aí menina.

-Eu perdi o meu pai

-Desculpa eu... não podia imaginar que era um troço desses. -ela respondeu olhando pro chão

-Tudo bem.

-Eu falo demais, sou uma boca de sacola mesmo, não queria te chatear com isso

-É... Márcia acho melhor eu arrumar outro lugar pra ficar

-Por que? Meus filhos estão lhe incomodando? Me diga -ela arregalou os olhos e sentiu preocupada

-Não não, eles são uns amores comigo, você tinha razão tem gente morando demais aqui não quero incomodar.

-Não esquenta com isso, a gente vai arrumar um cantinho pra você, agora me fala você desenha mesmo? -ela vinha na minha direção e colocou a mão no meu ombro direito sorrindo

Ela conseguiu me fazer sorrir após aquele ar de tristeza que havia deixado com as minhas injúrias e lamentações, acenei com a cabeça que sim.

-Se tu desenha bem tudo bem, agora se tu não desenhasse tava tudo bem também, porque comida não vai faltar e eu senti que você é uma moça muito da gente boa.

-Obrigada dona Márcia.

-Nada de dona, chame pelo meu nome Márcia, é melhor, vou me sentir uma velha me chamando de dona.

-Tudo bem... Márcia. -falei dando um abraço nela.

No Espírito Santo, as investigações não paravam, o delegado decidiu ir até o cemitério onde Osmir foi enterrado e o carro foi deixado na frente, fazendo algumas anotações, entrevistando algumas pessoas que trabalhavam por lá. O carro é levado até a delegacia para apreensão do veículo.

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