- Está melhor?- perguntou Draco ao fim de algum tempo
- Sim...- respondeu Joana num sussurro
- Quer me dizer o que se passa?- ele pergunta calmamente
Joana ficou um pouco calada olhando para o chão pensando.
- É que... Isso tudo tem sido tão difícil sabe? Todos os dias recebo olhares de ódio e desprezo por causa de algo que eu não fiz de propósito. Sou acusada publicamente de ser "perigosa". E para piorar tenho pesadelos com o Tom Riddle...- disse Joana suspirando
Draco permaneceu em silêncio. Não sabia o que dizer. Nunca foi ensinado a mostrar muito os seus sentimentos e não sabia o que dizer ou fazer para a animar.
E então Joana pensou em lhe explicar tudo o que Riddle lhe dizia nos sonhos, lhe contou sobre a "ligação" e sobre o avô. Mas não falou. Decidiu não incomodar Draco com isso.
- É tanta coisa que não sei se vou aguentar tudo. Está tudo acontecendo rápido demais...- completou ela
- Eu imagino que não esteja sendo fácil. Mas não se preocupe, vai ter sempre os seus amigos ao seu lado. E também me vai ter a mim. Tudo vai melhorar, acho que precisa de ter paciência. E vai ultrapassar isso tudo, eu sei que sim. - disse Draco a abraçando de lado
- Obrigada. Por estar aqui e me apoiar.
- De nada. Eu vou sempre estar aqui.
Houve uma pausa
- Porquê que estava aqui?- perguntou Joana
- Er... Eu andava à sua procura.- disse Draco
- Porquê? Aconteceu alguma coisa?
- Não, nada. Só queria estar com você.- mentiu Draco. Ele queria lhe falar da carta, mas depois de a ver assim, ele não queria preocupar ela mais. Mais preocupações era do que ela menos precisava naquele momento.
Joana fez um pequeno sorriso meigo.
- Então e você? O que fazia aqui?- perguntou Draco
- A...- começou Joana a dizer mas hesitou. Deveria lhe contar? Bem, porque não?- Anda, eu te mostro.
Joana se levantou e estendeu a mão a Draco que se levantou também e a agarrou. Joana começou guiando Draco pelo corredor.
Pararam em frente da porta da sala
Joana tirou a chave do bolso- Onde arrumou essa chave? Não me diga que a roubou.- murmurou Draco
- Não, acha? Esta chave é minha.- disse enquanto abria a porta mostrando a sala a Draco.- O Professor Dumbledore me deu essa chave no ano passado e me deixou ficar com essa sala, para quando eu quisesse ficar sozinha e ter um tempo para mim.
Draco olhava para a paisagem
- Tem de me prometer que não conta a ninguém sobre isso.
- Prometo.- disse Draco voltando a olhar para ela.- Mas quantas pessoas sabem disto?
- Só você.
O sorriso de Draco se alargou.
(...)
Mais tarde quando saíram, encontraram no caminho Blaise Zabini.
- Draco!- exclamou ele.- Andava à sua procura! É melhor vir depres... Ah, olá Frost, sou o Blaise Zabini.- disse lhe estendendo a mão
- Olá, Zabini.- respondeu ela estendendo a mão também.
- Er... Pode me chamar de Blaise. Os amigos do Draco são meus também.- disse sorrindo
- Então me pode chamar de Joana.- disse ela sorrindo também.
- Ainda bem que se deram bem.- exclamou Draco.- Agora, o que estava dizendo?- ele pergunta a Blaise.
- Estava dizendo que é melhor vir depressa. Pansy está fazendo um escândalo por ter "desaparecido"- explicou ele fazendo aspas com o dedos.- até disse que daqui a pouco vai chamar o professor Snape e fazer uma busca.
Joana revirou os olhos, achava a garota insuportável.
- Que exagerada. E também não me fui embora à tanto tempo.- diz Draco
- Por acaso foi. Você foi procurar a Fr-Joana à quase uma hora e meia.
- Foi à tanto tempo assim?- se surpreendeu Joana.- O tempo passou tão rápido, nem tinha percebido.
Eles continuaram o caminho e depois se separaram indo Draco e Blaise por um caminho e Joana por outro.
(...)
Com a promessa de umas lições para defesa contra os Dementors dadas por Lupin, a ideia de não ter de voltar a ouvir a voz de Voldemort e do avô e o facto de os Ravenclaw terem atrasado os Hufflepuff no jogo de Quidditch no final de novembro, fez com que o humor de Joana mudasse completamente.
Afinal, os Gryffindor não estavam fora da corrida, embora não se pudessem dar ao luxo de perder outro jogo. Wood reencontrou a sua super energia e treinou a equipa com mais entusiasmo que nunca durante as chuvas gélidas que se mantiveram persistentes até dezembro. Joana não viu sinal de nenhum Dementor dentro dos campos. A raiva de Dumbledore parecia os ter mantido nos seus postos, junto das entradas.
Duas semanas antes do fim do período, o céu aclarou subitamente para um deslumbrante branco opalino e os campos lamacentos surgiram, uma bela manhã, cobertos de uma geada resplandecente. Dentro do castelo, o espírito natalício enchia o ar. O professor Flitwick, que dava encantamentos, já decorada a sua sala de feitiços com luzes cintilantes que, afinal, eram fadas verdadeiras e esvoaçantes. Todos os alunos conversavam, animados, sobre os planos para as férias.
Joana, Ron e Hermione tinham decidido ficar em Hogwarts.
E para grande satisfação de todos, à exceção de Harry, ia haver outro passeio a Hogsmeade no último fim de semana do período.
- Podemos fazer lá todas as compras de Natal.- sugeriu Hermione.- Os meus pais vão adorar aqueles fios dentais de hortelã-pimenta do Doces dos Duques.
Na manhã do sábado da visita a Hogsmeade, Joana, Ron e Hermione se despediram de Harry. Iam agasalhados com mantos e cachecóis de lã.
(...)
Mais tarde eles os três estavam no Doces dos Duques, mesmo debaixo de um cartaz, observando uma bandeja de balas com sabor a sangue.
- Baah, não, acho que o Harry não vai gostar desses. Devem ser para vampiros.- disse Hermione
- E esses?- perguntou Ron, mostrando uma taça com bolinhas de creme de barata
- Nem pensar nisso!- exclamou uma voz atrás deles
Ron quase deitou a taça ao chão com o susto
- Harry!- disse alto Joana.- Que está você fazendo aqui? Como é que...
- Uau!- exclamou Ron, impressionado.- Aprendeu a Aparatar do nada?
- É claro que não!- respondeu ele.- Fred e o George, me deram esse mapa.- disse ele mostrando uma folha de pergaminho que tinha na mão.- Se chama O Mapa Do Maroto
- Mas isso está em branco.- observou Hermione
Harry abriu o pergaminho apontou a varinha sobre ele e murmurou
- Juro solenemente não fazer nada de bom.
E nesse momento, finas linhas de tinta, começaram se espalhando como se fossem uma teia a partir do ponto em que a varinha de Harry tocara. Por fim, algumas palavras começaram surgindo grandes, retorcidas, verdes, proclamando
Os Srs. Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs.
Provedores de Material de Apoio a Feiticeiros Malandros,
Têm o prazer de apresentar
O MAPA DO MAROTO
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✩Joana Frost✩ [3]
FantasiJoana Frost ia para o seu terceiro ano depois de descobrir mais sobre si mesma. Neste ano mais coisa iriam acontecer. Mais um mistério para resolver, novas descobertas e talvez um amor para desenvolver. Como será que iria lidar com todos os alunos a...