capítulo 27

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- Está melhor?- perguntou Draco ao fim de algum tempo

- Sim...- respondeu Joana num sussurro

- Quer me dizer o que se passa?- ele pergunta calmamente

Joana ficou um pouco calada olhando para o chão pensando.

- É que... Isso tudo tem sido tão difícil sabe? Todos os dias recebo olhares de ódio e desprezo por causa de algo que eu não fiz de propósito. Sou acusada publicamente de ser "perigosa". E para piorar tenho pesadelos com o Tom Riddle...- disse Joana suspirando

Draco permaneceu em silêncio. Não sabia o que dizer. Nunca foi ensinado a mostrar muito os seus sentimentos e não sabia o que dizer ou fazer para a animar.

E então Joana pensou em lhe explicar tudo o que Riddle lhe dizia nos sonhos, lhe contou sobre a "ligação" e sobre o avô. Mas não falou. Decidiu não incomodar Draco com isso.

- É tanta coisa que não sei se vou aguentar tudo. Está tudo acontecendo rápido demais...- completou ela

- Eu imagino que não esteja sendo fácil. Mas não se preocupe, vai ter sempre os seus amigos ao seu lado. E também me vai ter a mim. Tudo vai melhorar, acho que precisa de ter paciência. E vai ultrapassar isso tudo, eu sei que sim. - disse Draco a abraçando de lado

- Obrigada. Por estar aqui e me apoiar.

- De nada. Eu vou sempre estar aqui.

Houve uma pausa

- Porquê que estava aqui?- perguntou Joana

- Er... Eu andava à sua procura.- disse Draco

- Porquê? Aconteceu alguma coisa?

- Não, nada. Só queria estar com você.- mentiu Draco. Ele queria lhe falar da carta, mas depois de a ver assim, ele não queria preocupar ela mais. Mais preocupações era do que ela menos precisava naquele momento.

Joana fez um pequeno sorriso meigo.

- Então e você? O que fazia aqui?- perguntou Draco

- A...- começou Joana a dizer mas hesitou. Deveria lhe contar? Bem, porque não?- Anda, eu te mostro.

Joana se levantou e estendeu a mão a Draco que se levantou também e a agarrou. Joana começou guiando Draco pelo corredor.

Pararam em frente da porta da sala
Joana tirou a chave do bolso

- Onde arrumou essa chave? Não me diga que a roubou.- murmurou Draco

- Não, acha? Esta chave é minha.- disse enquanto abria a porta mostrando a sala a Draco.- O Professor Dumbledore me deu essa chave no ano passado e me deixou ficar com essa sala, para quando eu quisesse ficar sozinha e ter um tempo para mim.

Draco olhava para a paisagem

- Tem de me prometer que não conta a ninguém sobre isso.

- Prometo.- disse Draco voltando a olhar para ela.- Mas quantas pessoas sabem disto?

- Só você.

O sorriso de Draco se alargou.

(...)

Mais tarde quando saíram, encontraram no caminho Blaise Zabini.

- Draco!- exclamou ele.- Andava à sua procura! É melhor vir depres... Ah, olá Frost, sou o Blaise Zabini.- disse lhe estendendo a mão

- Olá, Zabini.- respondeu ela estendendo a mão também.

- Er... Pode me chamar de Blaise. Os amigos do Draco são meus também.- disse sorrindo

- Então me pode chamar de Joana.- disse ela sorrindo também.

- Ainda bem que se deram bem.- exclamou Draco.- Agora, o que estava dizendo?- ele pergunta a Blaise.

- Estava dizendo que é melhor vir depressa. Pansy está fazendo um escândalo por ter "desaparecido"- explicou ele fazendo aspas com o dedos.- até disse que daqui a pouco vai chamar o professor Snape e fazer uma busca.

Joana revirou os olhos, achava a garota insuportável.

- Que exagerada. E também não me fui embora à tanto tempo.- diz Draco

- Por acaso foi. Você foi procurar a Fr-Joana à quase uma hora e meia.

- Foi à tanto tempo assim?- se surpreendeu Joana.- O tempo passou tão rápido, nem tinha percebido.

Eles continuaram o caminho e depois se separaram indo Draco e Blaise por um caminho e Joana por outro.

(...)

Com a promessa de umas lições para defesa contra os Dementors dadas por Lupin, a ideia de não ter de voltar a ouvir a voz de Voldemort e do avô e o facto de os Ravenclaw terem atrasado os Hufflepuff no jogo de Quidditch no final de novembro, fez com que o humor de Joana mudasse completamente.

Afinal, os Gryffindor não estavam fora da corrida, embora não se pudessem dar ao luxo de perder outro jogo. Wood reencontrou a sua super energia e treinou a equipa com mais entusiasmo que nunca durante as chuvas gélidas que se mantiveram persistentes até dezembro. Joana não viu sinal de nenhum Dementor dentro dos campos. A raiva de Dumbledore parecia os ter mantido nos seus postos, junto das entradas.

Duas semanas antes do fim do período, o céu aclarou subitamente para um deslumbrante branco opalino e os campos lamacentos surgiram, uma bela manhã, cobertos de uma geada resplandecente. Dentro do castelo, o espírito natalício enchia o ar. O professor Flitwick, que dava encantamentos, já decorada a sua sala de feitiços com luzes cintilantes que, afinal, eram fadas verdadeiras e esvoaçantes. Todos os alunos conversavam, animados, sobre os planos para as férias.

Joana, Ron e Hermione tinham decidido ficar em Hogwarts.

E para grande satisfação de todos, à exceção de Harry, ia haver outro passeio a Hogsmeade no último fim de semana do período.

- Podemos fazer lá todas as compras de Natal.- sugeriu Hermione.- Os meus pais vão adorar aqueles fios dentais de hortelã-pimenta do Doces dos Duques.

Na manhã do sábado da visita a Hogsmeade, Joana, Ron e Hermione se despediram de Harry. Iam agasalhados com mantos e cachecóis de lã.

(...)

Mais tarde eles os três estavam no Doces dos Duques, mesmo debaixo de um cartaz, observando uma bandeja de balas com sabor a sangue.

- Baah, não, acho que o Harry não vai gostar desses. Devem ser para vampiros.- disse Hermione

- E esses?- perguntou Ron, mostrando uma taça com bolinhas de creme de barata

- Nem pensar nisso!- exclamou uma voz atrás deles

Ron quase deitou a taça ao chão com o susto

- Harry!- disse alto Joana.- Que está você fazendo aqui? Como é que...

- Uau!- exclamou Ron, impressionado.- Aprendeu a Aparatar do nada?

- É claro que não!- respondeu ele.- Fred e o George, me deram esse mapa.- disse ele mostrando uma folha de pergaminho que tinha na mão.- Se chama O Mapa Do Maroto

- Mas isso está em branco.- observou Hermione

Harry abriu o pergaminho apontou a varinha sobre ele e murmurou

- Juro solenemente não fazer nada de bom.

E nesse momento, finas linhas de tinta, começaram se espalhando como se fossem uma teia a partir do ponto em que a varinha de Harry tocara. Por fim, algumas palavras começaram surgindo grandes, retorcidas, verdes, proclamando

Os Srs. Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs.
Provedores de Material de Apoio a Feiticeiros Malandros,
Têm o prazer de apresentar
O MAPA DO MAROTO

✩Joana Frost✩ [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora