CAPÍTULO 43

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LILYANNA MORRISON

Nem acredito que voltei ao lugar onde fui criada pelas freiras, me sinto tão incerta como chegar nelas. A única mesmo que não vou me esquecer, vai ser dona Felicia. Não sei se ainda ela é diretora do orfanato, mas se ainda for, tenho certeza que só tem alegria nesse lugar.

Agradeci por minha sogra e Susan terem vindo comigo, como Gael estava capotado na cama, fiquei com pena de acorda-ló. Meu homem só anda falando coisas para me provocar, ainda posso sentir seu gosto na minha boca. Gael é perigoso, mas mal ele sabe, que uma mulher grávida é mil vezes pior.

Eu nem sabia que uma mulher poderia ficar com tanto fogo apenas por está grávida. Fiquei com medo quando ele entrou no quarto, agora fiquei com essa mania de conversar com meu feijãozinho toda noite. Acho lindo, mas fiquei mordida de medo, Gael por sua vez anda tão desligado que nem percebeu meu ato, apenas veio em sua cabeça que eu estava com dor de barriga. É inacreditável, mas agora somos um casal e como um casal, devemos compartilhar muito mas do que a cama.

- Vamos ficar por aqui querida, amo ver essas crianças correndo e com toda essa animação, vou me juntar. - Minha sogra se acomoda em um banco de concreto e fica admirando com um belo sorriso.

- Lily, qualquer coisa, estou lá na bagunça. - Susan fala, mas a seguro pelo braço fazendo com que ela me olha confusa.

- Você está bem? - Desde ontem achei ela tão triste.

- Estou bem amiga, não precisa se preocupar comigo por causa de bobagem. - tá bom que acredito, Susan não é burra, ela sabe dos seus sentimentos por Noah, só não vai admitir.

- Tudo bem, vou lá falar com a madre e já venho para comprarmos nossos vestidos para hoje a noite.

- Nem me fale, estou tão orgulhosa de você minha amiga. - Fala animada. - Deixei tudo pronto para hoje a noite.

- Quê bom. - Minha sogra e Susan se mataram para minha surpresa para meu arrogante, agora só me resta esperar. - Obrigada por vim comigo. - Falo.

- Sempre amiga, agora Vai-lá que fiquei apaixonada por aquele boné. - Só ela mesmo, espero que ninguém saia correndo por causa das maluquices da minha amiga.

Sigo para entrada dando de cara um anjo num canto chorando, eu não sei o que me deu, mas meu coração se partiu por ver aquela menina dos olhos escuros tão sozinha quando tem várias crianças no pátio brincando.

Me aproximo sem assusata-la, vai que ela pensa que sou uma sequestradora de crianças.

- Olá. - Chamo sua atenção, e fico encantada com essa bonequinha. Parece ter uns três  pra quatro anos, era tão delicada que dava vontade de apertar e não soltar mas. - Porquê está chorando meu bem? - Agacho ficando a sua altura e a olho com ternura.

- Eu caí, e a tia Sol brigou comigo. - Resmunga fazendo um pequeno biquinho me atraindo ainda mas por seu jeitinho meigo de falar. Não conheço essa Sol, mas já odeio, como ela pode brigar com uma criança por apenas se divertir.

- Posso saber aonde se machucou, assim posso curar com um beijo. - Brinco ganhando um pequeno sorriso branco. Merda! Não posso chorar.

- Foi bem aqui. - Aponta para o joelho que estava com um pequeno corte pela queda. Essa coisinha me encantou, se Gael tivesse aqui, tenho certeza que ele também ficaria apaixonado.

- Quer saber de um segredo? - Pergunto ganhando um olhar curioso da pequena menina dos olhos escuros. - Quando olhar para as estrelas a noite, faça um pedido, que tudo se realizará na sua vida. - Dou um beijo em cima do seu machucado e a pequena me abraça quase fazendo com que ambos caísse.

POR VOCÊ  "Livro 1"Onde histórias criam vida. Descubra agora